A Capilaroscopia na Avaliação de Doenças Autoimunes
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2017000400007 |
Resumo: | Introdução:A capilaroscopia periungueal é um método simples, seguro e não invasivo, fundamental na avaliação da microcirculação in vivo, e crucial na distinção entre fenómeno de Raynaud primário e secundário. O fenómeno de Raynaud assume a sua maior importância nas doenças do espectro da esclerose sistémica , onde pode traduzir precocemente o envolvimento vascular e alterações na microcirculação, antes do aparecimento de outras manifestações clínicas ou envolvimento de órgãos, criando uma oportunidade para a prevenção de complicações vasculares. Métodos:Foram analisados, retrospetivamente, os dados clínicos e dos resultados da capilaroscopia periungueal de 110 doentes seguidos numa consulta de doenças auto-imunes, maioritariamente do género feminino. Resultados:O principal motivo para a realização da capilaroscopia periungueal foi o estudo do fenómeno de Raynaud, na sua maioria casos secundários (67,4%), sendo a patologia subjacente mais frequente a esclerose sistémica. Não se encontraram alterações de relevo na arquitetura dos capilares em 27,3% (n = 30); os restantes apresentavam alterações minor da morfologia em 28 casos, presença de megacapilares/ansas capilares dilatadas em 41 doentes (37,3%), áreas avasculares ou de rarefação capilar em 35 (31,8%), presença de microhemorragias em 36 doentes (32,7%) e sinais de neoangiogénese em cinco (4,5%). A grande maioria dos doentes com esclerose sistémica apresentava Raynaud secundário. Apenas dois doentes com esclerose sistémica não apresentavam alterações major na capilaroscopia periungueal, tendo os restantes um padrão esclerodérmico bem definido. Conclusão:Salienta-se que a eficácia da CPU no diagnóstico precoce da esclerose sistémica, monitorização da progressão da doença e predição de envolvimento de órgãos, a tornam num instrumento não invasivo essencial, como suportado pela sua inclusão nos critérios de classificação da esclerose sistémica. |
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