O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineense

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, António, 1982-
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/62385
Resumo: Este trabalho versa sobre o Modelo de Regulação e Supervisão das MFs no Ordenamento Jurídico Guineense. No entanto, para chegarmos a este ponto, fomos obrigados a percorrer a história das MFs nos diversos quadrantes, de modo a perceber a sua designação, razões e o seu alcance. Tecemos os conceitos de Microfinanças consagrados nos ordenamentos jurídicos guineense e português. Em função disso, optamos por fazer críticas e sugestões às conceções que achamos não adequadas à realidade da indústria microfinanceira. Referenciámos também as figuras similares às IMFs onde fizemos analogia, com o propósito de identificar o modelo mais eficiente, tendo em vista a satisfação da demanda dos indigentes e o incremento do setor em causa. Desta comparação, concluímos que o modelo de financiamento seguido pelas Fintech e Crowdfunding com vista a oferta de serviços desta natureza aos pobres com projetos viáveis de negócio, apresenta mais caraterística de eficácia e eficiência em detrimento da fórmula adotada pelas MFs. Falámos do regime português do financiamento colaborativo e, além do seu conceito, nuances e contornos, identificámos a lei reguladora desta atividade. Além do mais, outras questões que mereceram o nosso destaque prendem-se com o objeto dos pequenos serviços financeiros destinados aos mais carenciados. Nestes pontos, o que subjaz tem que ver com atividade financeira, consistindo, não apenas na receção de fundos do público, mas também na concessão destes serviços de diminuta importância às pessoas com carência de obter financiamento através dos bancos clássicos, motivada pela falta de garantias, tanto elas reais como monetárias. Neste trabalho tornámos em evidencia a pertinência das leis reguladoras da atividade de MFs para sociedade guineense no seu todo, mas especialmente à camada mais desfavorecida, atendendo às dificuldades financeiras desta. Neste particular, notámos que tais normas têm como finalidade inibir as práticas que se consubstanciam em crimes de burlas, devido às situações de fragilidade em que se encontram os pobres. No entanto, realçamos também o papel primordial das IMF. Os produtos de MFs mereceram debates suficientes nos pontos a seguir. O Microcrédito, Micropoupança e Microsseguro traduziram-se nos serviços essenciais desta atividade. As instituições de MFs foram definidas e recenseadas algumas organizações ou estruturas que operam neste domínio no território nacional, onde demonstrámos que as mesmas não cumprem cabalmente as normas que regulam esta atividade na Guiné-Bissau. Analisámos duma forma crítica o regime jurídico guineense relativo às MFs. Nesta abordagem, expusemos sumariamente os preceitos e discutimos os seus conteúdos, contornos e alcance, assim como extraímos algumas conclusões e propostas para a produção de melhorias no sistema jurídico das MFs guineense.
id RCAP_ca109b1c2a19f45490d9ad457c8e53b9
oai_identifier_str oai:repositorio.ul.pt:10451/62385
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineenseMicrofinançasSistema jurídicoRegulaçãoSupervisãoPobresTeses de mestrado - 2022Ciências SociaisEste trabalho versa sobre o Modelo de Regulação e Supervisão das MFs no Ordenamento Jurídico Guineense. No entanto, para chegarmos a este ponto, fomos obrigados a percorrer a história das MFs nos diversos quadrantes, de modo a perceber a sua designação, razões e o seu alcance. Tecemos os conceitos de Microfinanças consagrados nos ordenamentos jurídicos guineense e português. Em função disso, optamos por fazer críticas e sugestões às conceções que achamos não adequadas à realidade da indústria microfinanceira. Referenciámos também as figuras similares às IMFs onde fizemos analogia, com o propósito de identificar o modelo mais eficiente, tendo em vista a satisfação da demanda dos indigentes e o incremento do setor em causa. Desta comparação, concluímos que o modelo de financiamento seguido pelas Fintech e Crowdfunding com vista a oferta de serviços desta natureza aos pobres com projetos viáveis de negócio, apresenta mais caraterística de eficácia e eficiência em detrimento da fórmula adotada pelas MFs. Falámos do regime português do financiamento colaborativo e, além do seu conceito, nuances e contornos, identificámos a lei reguladora desta atividade. Além do mais, outras questões que mereceram o nosso destaque prendem-se com o objeto dos pequenos serviços financeiros destinados aos mais carenciados. Nestes pontos, o que subjaz tem que ver com atividade financeira, consistindo, não apenas na receção de fundos do público, mas também na concessão destes serviços de diminuta importância às pessoas com carência de obter financiamento através dos bancos clássicos, motivada pela falta de garantias, tanto elas reais como monetárias. Neste trabalho tornámos em evidencia a pertinência das leis reguladoras da atividade de MFs para sociedade guineense no seu todo, mas especialmente à camada mais desfavorecida, atendendo às dificuldades financeiras desta. Neste particular, notámos que tais normas têm como finalidade inibir as práticas que se consubstanciam em crimes de burlas, devido às situações de fragilidade em que se encontram os pobres. No entanto, realçamos também o papel primordial das IMF. Os produtos de MFs mereceram debates suficientes nos pontos a seguir. O Microcrédito, Micropoupança e Microsseguro traduziram-se nos serviços essenciais desta atividade. As instituições de MFs foram definidas e recenseadas algumas organizações ou estruturas que operam neste domínio no território nacional, onde demonstrámos que as mesmas não cumprem cabalmente as normas que regulam esta atividade na Guiné-Bissau. Analisámos duma forma crítica o regime jurídico guineense relativo às MFs. Nesta abordagem, expusemos sumariamente os preceitos e discutimos os seus conteúdos, contornos e alcance, assim como extraímos algumas conclusões e propostas para a produção de melhorias no sistema jurídico das MFs guineense.This paper is about the Regulation and Supervision Model of MFs in the Guinean Legal System. However, to get to this point, we were obliged to go through the history of MFs in the various quadrants, in order to understand their designation, reasons and their scope. We wove the concepts its enshrined in the Guinean and portuguese legal systems. As a result, we chose to make criticisms and suggestions to the conceptions that we think are not adequate to the reality of the microfinance industry. We also referenced the figures similar to MFIs where we made analogies, with the purpose of identifying the most efficient model, in view of meeting the demand of the indigent and increasing the sector in question. From this comparison, we concluded that the financing model followed by Fintechs and Crowdfunding in order to offer services of this nature to the poor with viable business projects, presents more effectiveness and efficiency characteristics in detriment of the formula adopted by MFs. We talked about the portuguese regime of collaborative financing and, besides its concept, nuances and contours, we identified the law that regulates this activity. Moreover, other issues that deserved our attention are related to the object of small financial services for the needy. In these points, what underlies has to do with financial activity, consisting not only in the receipt of funds from the public, but also in the granting of these minor services to people in need of obtaining financing through the classic banks, motivated by the lack of guarantees, both real and mon-etary. In this paper, we have highlighted the relevance of the laws regulating the activity of MFs for the Guinean society as a whole, but especially for the most disadvantaged groups, given their financial difficulties. In this particular case, we noted that such norms are intended to inhibit practices that con-stitute fraud crimes, due to the fragile situations in which the poor find themselves. However, we also emphasize the primordial role of MFIs. The products of MFs deserved enough discussion in the following points. Microcredit, Micro-Savings and Micro-insurance were translated into the essential services of this activity. MFIs were defined and some MFIs operating in Guinea-Bissau were identified, where we showed that they do not fully comply with the rules that regulate this activity in Guinea-Bissau. We have critically analyzed the Guinean legal regime related to MFs. In this approach, we briefly ex-posed the precepts and discussed their contents, contours and scope, as well as extracted some conclusions and proposals for the production of improvements in the legal system of Guinean MFs.Saraiva, Rute Neto Cabrita e Gil, 1974-Repositório da Universidade de LisboaCorreia, António, 1982-2024-02-01T13:03:14Z2022-11-082024-02-012022-11-08T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/62385porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-05T01:22:42Zoai:repositorio.ul.pt:10451/62385Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:08:25.971316Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineense
title O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineense
spellingShingle O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineense
Correia, António, 1982-
Microfinanças
Sistema jurídico
Regulação
Supervisão
Pobres
Teses de mestrado - 2022
Ciências Sociais
title_short O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineense
title_full O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineense
title_fullStr O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineense
title_full_unstemmed O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineense
title_sort O modelo de regulação e supervisão de microfinanças à luz do ordenamento jurídico guineense
author Correia, António, 1982-
author_facet Correia, António, 1982-
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Saraiva, Rute Neto Cabrita e Gil, 1974-
Repositório da Universidade de Lisboa
dc.contributor.author.fl_str_mv Correia, António, 1982-
dc.subject.por.fl_str_mv Microfinanças
Sistema jurídico
Regulação
Supervisão
Pobres
Teses de mestrado - 2022
Ciências Sociais
topic Microfinanças
Sistema jurídico
Regulação
Supervisão
Pobres
Teses de mestrado - 2022
Ciências Sociais
description Este trabalho versa sobre o Modelo de Regulação e Supervisão das MFs no Ordenamento Jurídico Guineense. No entanto, para chegarmos a este ponto, fomos obrigados a percorrer a história das MFs nos diversos quadrantes, de modo a perceber a sua designação, razões e o seu alcance. Tecemos os conceitos de Microfinanças consagrados nos ordenamentos jurídicos guineense e português. Em função disso, optamos por fazer críticas e sugestões às conceções que achamos não adequadas à realidade da indústria microfinanceira. Referenciámos também as figuras similares às IMFs onde fizemos analogia, com o propósito de identificar o modelo mais eficiente, tendo em vista a satisfação da demanda dos indigentes e o incremento do setor em causa. Desta comparação, concluímos que o modelo de financiamento seguido pelas Fintech e Crowdfunding com vista a oferta de serviços desta natureza aos pobres com projetos viáveis de negócio, apresenta mais caraterística de eficácia e eficiência em detrimento da fórmula adotada pelas MFs. Falámos do regime português do financiamento colaborativo e, além do seu conceito, nuances e contornos, identificámos a lei reguladora desta atividade. Além do mais, outras questões que mereceram o nosso destaque prendem-se com o objeto dos pequenos serviços financeiros destinados aos mais carenciados. Nestes pontos, o que subjaz tem que ver com atividade financeira, consistindo, não apenas na receção de fundos do público, mas também na concessão destes serviços de diminuta importância às pessoas com carência de obter financiamento através dos bancos clássicos, motivada pela falta de garantias, tanto elas reais como monetárias. Neste trabalho tornámos em evidencia a pertinência das leis reguladoras da atividade de MFs para sociedade guineense no seu todo, mas especialmente à camada mais desfavorecida, atendendo às dificuldades financeiras desta. Neste particular, notámos que tais normas têm como finalidade inibir as práticas que se consubstanciam em crimes de burlas, devido às situações de fragilidade em que se encontram os pobres. No entanto, realçamos também o papel primordial das IMF. Os produtos de MFs mereceram debates suficientes nos pontos a seguir. O Microcrédito, Micropoupança e Microsseguro traduziram-se nos serviços essenciais desta atividade. As instituições de MFs foram definidas e recenseadas algumas organizações ou estruturas que operam neste domínio no território nacional, onde demonstrámos que as mesmas não cumprem cabalmente as normas que regulam esta atividade na Guiné-Bissau. Analisámos duma forma crítica o regime jurídico guineense relativo às MFs. Nesta abordagem, expusemos sumariamente os preceitos e discutimos os seus conteúdos, contornos e alcance, assim como extraímos algumas conclusões e propostas para a produção de melhorias no sistema jurídico das MFs guineense.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-11-08
2022-11-08T00:00:00Z
2024-02-01T13:03:14Z
2024-02-01
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10451/62385
url http://hdl.handle.net/10451/62385
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137172465385472