Os papéis travesti na voz feminina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ana Isabel Pinto dos
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/8853
Resumo: O estudo e a construção de uma personagem de ópera são fundamentais para o desempenho de um cantor em palco. Desta forma, ao cantor não só lhe compete o desempenho vocal por excelência, como também lhe compete a capacidade de transmitir uma mensagem ao público através da sua destreza representativa, que está sempre inerente a um determinado texto e contexto que constitui o papel da personagem. Um cantor também é indiscutivelmente um actor e por isso o treino vocal não é distanciado de outros aspectos como o dramatismo, a fisicalidade e a condição emocional da personagem interpretada pelo cantor, enquanto artista, músico e actor. Nesta monografia aborda-se a compreensão do surgimento dos papéis travesti na ópera, papéis estes que foram originalmente escritos para os cantores castrati e que devido a diversos factores passaram a ser interpretados por mulheres disfarçadas de homens, e outros papéis que foram escritos exclusivamente para as vozes femininas em travesti a partir do século XVIII. A referência ao repertório de papéis travesti que existem para as vozes femininas, destacando os papéis travesti que existem para a voz mezzosoprano. A descrição de sete personagens travesti para cantoras mezzosoprano (personagens estas que foram escolhidas para o recital final de canto da autora), quanto à sua acção no enredo da ópera, quanto ao conteúdo do texto pertencente às ária cantadas e quanto à escrita musical dessas mesmas árias, com referência a entrevistas de várias cantoras famosas de hoje em dia acerca da sua visão dessas mesmas personagens. E o trabalho laboratório desenvolvido sobre a criação da imagem e da emoção de cada personagem, no auxílio da construção da personagem e da performance vocal num cantor – actor, utilizando as personagens travesti escolhidas. Este trabalho laboratório foi baseado na metodologia “Quadro Imagem – Voz” criada pelo autor João Henriques no seu trabalho final de mestrado (Pedagogia Imagem-Voz: O Espaço Interior no Ensino Técnicodo Canto – Tese Dissertação na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, 2012)que consiste na criação de um estado imagético que desencadeia um determinado estado emocional no intérprete, com base na personagem utilizada, que vai ter influência sobre determinadas reacções físicas – a postura e a respiração. A imagem, a emoção, a postura e a respiração são classificáveis tendo em sempre em consideração a história da personagem na ópera e o texto dessa mesma personagem.
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