Utilização de Cateteres Venosos Centrais numa Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2004.4921 |
Resumo: | Resumo A colocação de cateteres venosos centrais (CVC) em crianças é uma técnica com riscos consideráveis pelo que a sua indicação deve ser criteriosa e executada por profissionais experientes. Objectivos 1) Estudar a incidência de complicações dos CVC e relacioná-las com factores de risco.2) Auditar o protocolo em vigor desde 1998 na Unidade de Cuidados Intensivos do Departamento de Pediatria do HFF. Doentes e Métodos: Durante 3 anos foram colocados 121 CVC em 88 crianças com uma duração total de cateterismo de 1198 dias; idade media de 39,95m, PRISM médio de 31, 30 (25%) estavam ventilados e 23 (19%) tinham patologia cirúrgica. Os CVC foram colocados segundo a técnica de Seldínger, mais frequentemente nas subclávias; as crianças foram sedadas com midazolam e ketamina durante o procedimento.As complicações foram classificadas em imediatas ou tardias e estas últimas em infecciosas e não infecciosas. As complicações infecciosas foram classificadas segundo os critérios do "International Sepsis Fórum" de Fevereiro de 2001. Para a análise estatística foi utilizado o teste do Chi-quadrado. Resultados 93 (76,8%) cateteres foram colocados nas veias subclávias, 15 (12,4%) nas femorais e 12 (9.9%) nas jugulares internas. 72 (59,5%) tinham lúmen duplo e 9 (7,4%) triplo. A duração média do cateterismo foi de 9,9 dias. Foi administrada alimentação parentérica cm 51 (42,1%) cateteres. Era 86 (71%) cateteres não houve complicações. Em 3 (2,5%) houve complicações imediatas relacionadas com a colocação do cateter. As complicações nao infecciosas observadas foram: 15 (12,4%) oclusões, 6 (5%) exteriorizações acidentais, 4 (3,3%) compromissos mecânicos, 2 (1,7%) tromboses e uma embolia. Registaram-se 3 (2,47%) complicações infecciosas relacionadas com o CVC, o que corresponde a 1 infecção por cada 393 dias de cateterismo. A sua incidência está estatisticamente relacionada com a duração do cateterismo superior a duas semanas (p = 0,01). Os microorganismos isolados foram; Enterococcus faecalis, Candido giabatra, Klebsiela pneumoniae. Conclusões 1) As complicações na canalização da subclávia podem diminuir significativamente quando este é o vaso preferencialmente puncionado e se utiliza uma sedação adequada;2) O risco de infecção com ponto de partida do cateter eslá significativamente relacionada cora a duração do cateterismo (> a 14 dias). |
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Utilização de Cateteres Venosos Centrais numa Unidade de Cuidados Intensivos PediátricosOriginal articlesResumo A colocação de cateteres venosos centrais (CVC) em crianças é uma técnica com riscos consideráveis pelo que a sua indicação deve ser criteriosa e executada por profissionais experientes. Objectivos 1) Estudar a incidência de complicações dos CVC e relacioná-las com factores de risco.2) Auditar o protocolo em vigor desde 1998 na Unidade de Cuidados Intensivos do Departamento de Pediatria do HFF. Doentes e Métodos: Durante 3 anos foram colocados 121 CVC em 88 crianças com uma duração total de cateterismo de 1198 dias; idade media de 39,95m, PRISM médio de 31, 30 (25%) estavam ventilados e 23 (19%) tinham patologia cirúrgica. Os CVC foram colocados segundo a técnica de Seldínger, mais frequentemente nas subclávias; as crianças foram sedadas com midazolam e ketamina durante o procedimento.As complicações foram classificadas em imediatas ou tardias e estas últimas em infecciosas e não infecciosas. As complicações infecciosas foram classificadas segundo os critérios do "International Sepsis Fórum" de Fevereiro de 2001. Para a análise estatística foi utilizado o teste do Chi-quadrado. Resultados 93 (76,8%) cateteres foram colocados nas veias subclávias, 15 (12,4%) nas femorais e 12 (9.9%) nas jugulares internas. 72 (59,5%) tinham lúmen duplo e 9 (7,4%) triplo. A duração média do cateterismo foi de 9,9 dias. Foi administrada alimentação parentérica cm 51 (42,1%) cateteres. Era 86 (71%) cateteres não houve complicações. Em 3 (2,5%) houve complicações imediatas relacionadas com a colocação do cateter. As complicações nao infecciosas observadas foram: 15 (12,4%) oclusões, 6 (5%) exteriorizações acidentais, 4 (3,3%) compromissos mecânicos, 2 (1,7%) tromboses e uma embolia. Registaram-se 3 (2,47%) complicações infecciosas relacionadas com o CVC, o que corresponde a 1 infecção por cada 393 dias de cateterismo. A sua incidência está estatisticamente relacionada com a duração do cateterismo superior a duas semanas (p = 0,01). Os microorganismos isolados foram; Enterococcus faecalis, Candido giabatra, Klebsiela pneumoniae. Conclusões 1) As complicações na canalização da subclávia podem diminuir significativamente quando este é o vaso preferencialmente puncionado e se utiliza uma sedação adequada;2) O risco de infecção com ponto de partida do cateter eslá significativamente relacionada cora a duração do cateterismo (> a 14 dias).Sociedade Portuguesa de Pediatria2014-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2004.4921por2184-44532184-3333M. Cardoso, BrunoN. Almeida, HelenaFrança, IsabelCasella, PaoloMachado, Mª Céuinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:55:08Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/4921Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:24:33.874906Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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