Condensações Superficiais em Edifícios – Estudo Prático
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10314/3089 |
Resumo: | As novas edificações têm vindo a ser objeto de melhorias nas técnicas construtivas em que um dos objetivos é o de lhe conferirem melhores condições de conforto e funcionalidade. A preocupação com o meio ambiente e a pegada ecológica do homem, a legislação comunitária e nacional tem surgido com tal frequência que temos assistido nos últimos anos a várias iniciativas legislativas e outras de alteração com vista a correções e aperfeiçoamentos da existente por forma a minimizar a fatura energética. No campo da térmica dos edifícios, a legislação atual é exigente e se forem atingidos os objetivos nela indicados, o custo com a energia irá reduzir significativamente, sendo necessário produzir construções com excelente isolamento térmico e utilização de equipamentos mais eficientes. A legislação também preconiza a utilização de equipamentos destinados à utilização de energia “limpa”, ou de origem renovável. Porém, o nobre objetivo de se construírem ou reconstruírem edifícios bem isolados termicamente para minimizar consumos energéticos tem colocado no mercado imóveis “doentes”, isto é, imóveis que, devido à grande preocupação em garantirem um bom desempenho térmico com recursos ao isolamento da envolvente opaca e envidraçados, foi descurada uma vertente essencial: a ventilação dos espaços. Foram edificados edifícios cuja envolvente não facilita e mais, dificulta a renovação do ar e por vezes com envolvente de fraca permeabilidade ao vapor de água e ainda com caixilharia de grande estanquicidade ao ar, resultando em espaços sem ventilação para garantir a qualidade mínima do ar interior (QAI) necessária à vida humana. A falta de ventilação dos espaços não permite a renovação do ar, potenciando a humidade relativa interior e provocando com muita frequência o fenómeno da condensação, em especial nas pontes térmicas e, por vezes, nas caixilharias (vidros e perfis). Sempre que a condensação ocorre em superfícies, esta é visível e de fácil remoção, bastando para tal proceder à sua limpeza. Contudo se nada se fizer, pode originar bolores, fungos e danificar os revestimentos. Para além das condensações superficiais, existem as condensações internas (no interior da envolvente). Estas são de difícil deteção e quando se denunciam, já poderá ter causado grandes estragos, pois o dano surge no interior dos elementos da construção e progride para as faces. Na zona da Guarda, sendo uma zona fria onde surgem temperaturas negativas, a água oriunda das condensações internas pode congelar e aumentar o seu poder destrutivo. A condensação é de difícil eliminação pois é um fenómeno que depende de vários parâmetros, uns controlados pelo utilizador do espaço e outros que lhe são alheios, como são as condições climáticas, em especial, a temperatura e humidade exteriores, vento, entre outros. Assim sendo, as condensações em edifícios são um fenómeno físico complexo, que deve merecer especial atenção na fase de projeto, construção e utilização dos edifícios, com vista à garantia de envolventes cada vez mais saudáveis e eficientes. |
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