Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/11333 |
Resumo: | A Heterotopia da Suprarrenal é uma patologia considerada rara, que é encontrada na maioria das vezes de forma acidental. Embora a sua etiologia não seja totalmente conhecida, sabe-se que muito provavelmente é uma patologia com origem na fase embrionária, daí a maior incidência de casos serem relatados em idade infantil. Em adultos, principalmente do sexo feminino, considera-se que seja subdiagnosticada e isto parece ocorrer devido a uma clínica frequentemente assintomática e ao seu tamanho normalmente pequeno que fazem com que seja de difícil diagnóstico. Neste trabalho é descrito um caso clínico de uma mulher de 73 anos que foi encaminhada para uma consulta de ginecologia no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) por queixas de metrorragias pós-menopausa. O exame ginecológico identificou um tumor vegetante localizado no colo do útero. A biópsia do tumor foi sugestiva de adenocarcinoma endometrióide. A Ressonância magnética (RMN) pélvica demonstrou que o tumor estava limitado apenas ao colo do útero. O tumor foi classificado como adenocarcinoma endometrióide do endocolo, no estádio II da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e tratado com quimioradioterapia primária, seguida de Histerectomia de Wherteim-Meigs com linfadectomia pélvica e lombo-aórtica. Na análise das peças operatórias foi identificada a presença de uma Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio esquerda. A revisão da literatura sobre a heterotopia da suprarrenal que foi feita a partir deste caso clínico, permitiu perceber que a heterotopia da suprarrenal, pela sua raridade, suscita muitas questões, principalmente com a identificação das suas implicações a longo prazo, mas também quanto a opções de tratamento e metodologia de follow-up. |
id |
RCAP_d85fc5ffd8812e75c0b77d93642fd3d5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11333 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de FalópioUm Caso ClínicoEctopiaGinecologiaHeterotopiaSuprarrenalTrompa de FalópioDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaA Heterotopia da Suprarrenal é uma patologia considerada rara, que é encontrada na maioria das vezes de forma acidental. Embora a sua etiologia não seja totalmente conhecida, sabe-se que muito provavelmente é uma patologia com origem na fase embrionária, daí a maior incidência de casos serem relatados em idade infantil. Em adultos, principalmente do sexo feminino, considera-se que seja subdiagnosticada e isto parece ocorrer devido a uma clínica frequentemente assintomática e ao seu tamanho normalmente pequeno que fazem com que seja de difícil diagnóstico. Neste trabalho é descrito um caso clínico de uma mulher de 73 anos que foi encaminhada para uma consulta de ginecologia no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) por queixas de metrorragias pós-menopausa. O exame ginecológico identificou um tumor vegetante localizado no colo do útero. A biópsia do tumor foi sugestiva de adenocarcinoma endometrióide. A Ressonância magnética (RMN) pélvica demonstrou que o tumor estava limitado apenas ao colo do útero. O tumor foi classificado como adenocarcinoma endometrióide do endocolo, no estádio II da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e tratado com quimioradioterapia primária, seguida de Histerectomia de Wherteim-Meigs com linfadectomia pélvica e lombo-aórtica. Na análise das peças operatórias foi identificada a presença de uma Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio esquerda. A revisão da literatura sobre a heterotopia da suprarrenal que foi feita a partir deste caso clínico, permitiu perceber que a heterotopia da suprarrenal, pela sua raridade, suscita muitas questões, principalmente com a identificação das suas implicações a longo prazo, mas também quanto a opções de tratamento e metodologia de follow-up.Adrenal Heterotopia is a rare condition that most times is found accidentally. Although its etiology is not fully known, it’s known that it’s probably a pathology originating in the embryonic phase, hence the highest incidence of cases being reported in childhood. In adults, mainly females, it is considered to be underdiagnosed and this appears to be due to an often asymptomatic clinic and its normally small size, that make it difficult to diagnose. This work describes a clinical case of a 73-year-old woman who was referred to a gynecology consultation at Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira with complaints of post-menopausal metrorrhagia. Gynecological examination identified a vegetating tumor located at the cervix. The tumor biopsy was suggestive of endometrioid adenocarcinoma. Pelvic magnetic resonance imaging demonstrated that the tumor was limited only to the cervix. The tumor was classified as endometrioid adenocarcinoma of the endocervix in stage II of FIGO and treated with primary chemoradiotherapy, followed by Wherteim-Meigs Hysterectomy with pelvic and paraaortic lymphadenectomy. In the analysis of the surgical specimens, the presence of an adrenal heterotopia in the left fallopian tube was identified. The literature review on the adrenal heterotopia, that was made for this clinical case, allowed us to understand that the adrenal heterotopia, because of its rarity, raises many questions, mainly in the identification of its long-term implications, but also regarding treatment options and follow-up methodology.Moutinho, José Alberto FonsecauBibliorumAraújo, Luís Miguel Fernandes de2021-11-22T17:17:42Z2021-05-262021-04-262021-05-26T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/11333TID:202789527porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:53:47Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/11333Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:51:09.163398Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio Um Caso Clínico |
title |
Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio |
spellingShingle |
Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio Araújo, Luís Miguel Fernandes de Ectopia Ginecologia Heterotopia Suprarrenal Trompa de Falópio Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina |
title_short |
Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio |
title_full |
Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio |
title_fullStr |
Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio |
title_full_unstemmed |
Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio |
title_sort |
Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio |
author |
Araújo, Luís Miguel Fernandes de |
author_facet |
Araújo, Luís Miguel Fernandes de |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Moutinho, José Alberto Fonseca uBibliorum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Araújo, Luís Miguel Fernandes de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Ectopia Ginecologia Heterotopia Suprarrenal Trompa de Falópio Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina |
topic |
Ectopia Ginecologia Heterotopia Suprarrenal Trompa de Falópio Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::Medicina |
description |
A Heterotopia da Suprarrenal é uma patologia considerada rara, que é encontrada na maioria das vezes de forma acidental. Embora a sua etiologia não seja totalmente conhecida, sabe-se que muito provavelmente é uma patologia com origem na fase embrionária, daí a maior incidência de casos serem relatados em idade infantil. Em adultos, principalmente do sexo feminino, considera-se que seja subdiagnosticada e isto parece ocorrer devido a uma clínica frequentemente assintomática e ao seu tamanho normalmente pequeno que fazem com que seja de difícil diagnóstico. Neste trabalho é descrito um caso clínico de uma mulher de 73 anos que foi encaminhada para uma consulta de ginecologia no Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) por queixas de metrorragias pós-menopausa. O exame ginecológico identificou um tumor vegetante localizado no colo do útero. A biópsia do tumor foi sugestiva de adenocarcinoma endometrióide. A Ressonância magnética (RMN) pélvica demonstrou que o tumor estava limitado apenas ao colo do útero. O tumor foi classificado como adenocarcinoma endometrióide do endocolo, no estádio II da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO) e tratado com quimioradioterapia primária, seguida de Histerectomia de Wherteim-Meigs com linfadectomia pélvica e lombo-aórtica. Na análise das peças operatórias foi identificada a presença de uma Heterotopia da Suprarrenal na Trompa de Falópio esquerda. A revisão da literatura sobre a heterotopia da suprarrenal que foi feita a partir deste caso clínico, permitiu perceber que a heterotopia da suprarrenal, pela sua raridade, suscita muitas questões, principalmente com a identificação das suas implicações a longo prazo, mas também quanto a opções de tratamento e metodologia de follow-up. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-11-22T17:17:42Z 2021-05-26 2021-04-26 2021-05-26T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.6/11333 TID:202789527 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.6/11333 |
identifier_str_mv |
TID:202789527 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799136401156997120 |