A web 2.0 entre a inteligência colectiva e o elogio do amador
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/8421 |
Resumo: | Com a Internet e a Web 2.0, em particular, estamos face não apenas a um novo meio de comunicação mas, a “um novo tipo de organização sociotécnica que facilita a mobilidade no e do conhecimento, as trocas de saberes, a construção colectiva do sentido, em que a identidade sofre uma expansão do eu baseada na diluição da corporeidade, ou seja, o que se perde em corpo ganha-se em rapidez e capacidade de disseminar o eu no espaço-tempo.” (Oliveira,201:153). Esta potencialidade de participação dos utilizadores como produtores de conteúdos gera um cenário inovador em que cada um pode contribuir para a construção de um repositório do conhecimento da humanidade, que na proposta de Pierre Lévy (1997) se passou a designar de Inteligência Coletiva ou espaço do saber. Apesar do optimismo dos autores que vêm na Internet a oportunidade inaudita de gerar uma inteligência coletiva, não se pode deixar de considerar a visão mais crítica de outros autores que, como Andrew Keen (2008), alertam para a valorização desadequada da participação do utilizador da Internet, que muitas vezes usa da técnica do corta-e-cola e remistura, sem qualquer respeito pelos direitos de autor, sem qualquer critério de qualidade estética e intelectual, mas que consegue disponibilizar sem filtros essa sua produção. Daí que possamos estar face a um elogio excessivo do amadorismo. Entre a inteligência colectiva e o elogio do amador há necessidade de desenvolver uma higiene do espírito fundada no desenvolvimento da capacidade de análise crítica. |
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