A família chama por mim, mas o trabalho não tem fim...: necessidades e desafios do ponto de vista psicossocial das famílias expatriadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Farcas, Diana
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/5537
Resumo: Esta investigação explora a relação bidireccional dos factores familiares na adaptação intercultural do expatriado, através de dois estudos com abordagens metodológicas diferentes. No estudo quantitativo, utilizou-se um questionário online, preenchido por 136 sujeitos expatriados (Midade=44.25 DP=7.35) e 171 cidadãos Portugueses (Midade= 42.60; DP=7.39) que compõem o grupo de controlo. Os resultados encontrados indicam que os dois grupos percepcionam uma maior interferência do trabalho na família do que da família no trabalho. A interferência do trabalho na família, pode ser reduzida através do suporte prestado pelo supervisor dentro da organização (r=-0.179, p=0.035), da adaptação em termos gerais (β=- 0.169, p=0.049) e da satisfação com a vida (β=-0.365, p<0.001). Por outro lado, uma interferência da família no trabalho diminui o grau de satisfação com a vida dos sujeitos expatriados (β=-0.234, p=0.007) e dos cidadãos Portugueses (β=-0.346, p<0.001), enquanto as exigências parentais minimizam a interacção dos expatriados com os locais (β= 0.221, p= 0.005). Em termos culturais constata-se que os sujeitos expatriados cujos países de origem têm uma cultura semelhante à Portuguesa, possuem um grau de adaptação geral superior (t(55.68)=-2.702, p=0.009) e estão mais satisfeitos com a vida (t(132)=- 2.151, p=0.033) do que aqueles que pertencem à culturas diferentes da Portuguesa. De modo a complementar estes resultados, realizou-se um estudo qualitativo baseado na condução de entrevistas semi-estruturadas junto dos profissionais que trabalham diariamente com as famílias expatriadas em Portugal. Os resultados encontrados são semelhantes aos obtidos no estudo quantitativo, concluindo-se que existem diferenças na forma com os factores familiares influenciam a adaptação intercultural e viceversa.
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