A "Arte de Grammatica da Lingoa mais vsada na costa do Brasil"

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Maria do Céu
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Assunção, Carlos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/6443
Resumo: A gramaticalização de línguas extra-europeias despertou e avançou por vários continentes ao ritmo da promoção dos vernáculos europeus, tendo sido os criadores de gramáticas vulgares também os primeiros a tributar acolhimento ao espaço linguístico extra-europeu. Num contexto em que se instalara a ideia de diversidade linguística, “pourquoi les européens auraient-ils eu l’idée de s’engager dans la tâche dificile de rédiger des grammaires de langues purement orales, s’ils ne l’avaient déjà eu pour leurs propes vernaculaires?” (Auroux, 1994: 98). Entre nós, Fernão de Oliveira e José de Anchieta, cada um à sua maneira, conferiram a outros idiomas, que não o latim, o status de línguas gramaticais. Na vizinha Espanha, a publicação da gramática de Antonio de Nebrija e a descoberta da América por parte de Cristóvão Colombo no mesmo ano de 1492, catalisaram a marcha acelerada da normatização linguística do novo mundo americano. Começa então a dinâmica de um processo linguístico que, protagonizado sobretudo por missionários jesuítas e franciscanos ao longo do século XVII, se eleva da consciência da diversidade linguística à defesa de idiomas exóticos até há pouco desconhecidos, e culmina com a sua disciplinização gramatical pelo modelo latino.
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spelling A "Arte de Grammatica da Lingoa mais vsada na costa do Brasil"José de Anchietaestudos sintácticosA gramaticalização de línguas extra-europeias despertou e avançou por vários continentes ao ritmo da promoção dos vernáculos europeus, tendo sido os criadores de gramáticas vulgares também os primeiros a tributar acolhimento ao espaço linguístico extra-europeu. Num contexto em que se instalara a ideia de diversidade linguística, “pourquoi les européens auraient-ils eu l’idée de s’engager dans la tâche dificile de rédiger des grammaires de langues purement orales, s’ils ne l’avaient déjà eu pour leurs propes vernaculaires?” (Auroux, 1994: 98). Entre nós, Fernão de Oliveira e José de Anchieta, cada um à sua maneira, conferiram a outros idiomas, que não o latim, o status de línguas gramaticais. Na vizinha Espanha, a publicação da gramática de Antonio de Nebrija e a descoberta da América por parte de Cristóvão Colombo no mesmo ano de 1492, catalisaram a marcha acelerada da normatização linguística do novo mundo americano. Começa então a dinâmica de um processo linguístico que, protagonizado sobretudo por missionários jesuítas e franciscanos ao longo do século XVII, se eleva da consciência da diversidade linguística à defesa de idiomas exóticos até há pouco desconhecidos, e culmina com a sua disciplinização gramatical pelo modelo latino.Faculdade de Letras da Universidade do Porto2012-12-05T16:23:09Z2012-12-052005-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10174/6443http://hdl.handle.net/10174/6443porA "Arte de Grammatica da Lingoa mais vsada na costa do Brasil", de José de Anchieta, no quadro da gramaticalização de vernáculos europeus. In: Estudos em Homenagem ao Professor Doutor Mário Vilela972-8932-06-5cf@uevora.ptcassunca@utad.pt298Fonseca, Maria do CéuAssunção, Carlosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-03T18:45:44Zoai:dspace.uevora.pt:10174/6443Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:01:07.987342Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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