O foco regulatório em prevenção e as atitudes positivas em relação ao uso de preservativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Lucia Helena Rangel
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/18476
Resumo: A infecção pelo HIV e o prognóstico da SIDA continua sendo uma preocupação mundial. Na tentativa de prevenir o surgimento de novos casos, além de cuidados diretos de saúde, programas de prevenção, educação sexual, etc., é importante entender as motivações, a predisposição comportamental e as atitudes do indivíduo, principalmente aquelas relacionados à prevenção e a sexualidade. Segundo a Teoria do Foco Regulatório (TFR, Higgins et al., 2001) as pessoas são motivadas a comportaremse de maneiras diferentes conforme o resultado pretendido, segundo uma autorregulação individual com mecanismos distintos: o foco em prevenção: orientado para evitar resultados negativos e o foco em promoção: orientado para alcançar resultados positivos. As atitudes dos indivíduos diante de um objeto referem-se a uma avaliação (positiva ou negativa). As atitudes não são observáveis, mas podem ser inferidas a partir dos comportamentos. Os comportamentos, por sua vez, são disposicionais e passíveis de controle pelo indivíduo (apresentação dos desejáveis e inibição dos indesejáveis). Realizamos um estudo transversal, com 263 participantes portugueses, média de idades 24,80 anos (DP = 4,50), para testar uma hipótese de que indivíduos motivados para a prevenção tenham atitudes mais positivas com relação aos preservativos (nas dimensões: confiança, prazer, estigma de identidade, embaraço no uso, na compra e na soma destas dimensões). Sendo esta associação mediada pela restrição do seu comportamento sexual, devido a importância do autocontrole para a exibição do comportamento desejável. Verificamos que a restrição do comportamento sexual medeia a associação entre o foco em prevenção e o embaraço na negociação e uso de preservativos (H5). As outras hipóteses não foram confirmadas. A restrição do comportamento sexual associa-se significativamente nas dimensões estudadas das atitudes, exceto em relação ao embaraço na compra de preservativos.
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