Convivência social e bullying em adolescentes com doença crónica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/50073 |
Resumo: | Este estudo teve como objetivos compreender de que forma a doença crónica impacta a relação com os pares, a aceitação e o convívio no âmbito dos grupos, na adolescência, e verificar se a doença crónica se associa, ou não, ao envolvimento em situações de bullying, nos papéis de vítima, agressor ou vítima/agressora. Com esse intuito, foi estudada uma amostra de conveniência, que incluía 112 adolescentes com doença crónica, entre os 13 e os 18 anos de idade, de ambos os sexos, com recurso à metodologia mista. Foram aplicados três questionários de autorrelato à totalidade dos participantes e, posteriormente, selecionados quatro adolescentes para realização de entrevistas semi-diretivas. Os resultados demonstraram que: i) 30,4% dos adolescentes referem modificações na convivência social com os pares associadas ao diagnóstico, maioritariamente relacionadas com alterações físicas e falta de informação sobre a doença; ii) a convivência social com os colegas é mais prejudicada, verificando-se uma maior aceitação e um apoio social mais efetivo, relativamente à doença, por parte dos amigos; iii) o maior impacto da doença crónica na relação com os pares relaciona-se com o risco acrescido de vitimização; iv) verifica-se a prevalência do papel de vítima/agressora e o recurso à exclusão social como principal forma de bullying tanto no âmbito da agressão como da vitimização. Estes resultados sugerem a necessidade de uma intervenção articulada entre a comunidade escolar e os serviços de saúde, promotora da literacia em saúde e das competências socioemocionais, como garantia da inclusão e proteção dos adolescentes com doença crónica. |
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Convivência social e bullying em adolescentes com doença crónicabullyingvitimizaçãoagressãodoença crónicaadolescênciagrupos de paresvictimizationagressionchronic illnessadolescencepeer groupsEste estudo teve como objetivos compreender de que forma a doença crónica impacta a relação com os pares, a aceitação e o convívio no âmbito dos grupos, na adolescência, e verificar se a doença crónica se associa, ou não, ao envolvimento em situações de bullying, nos papéis de vítima, agressor ou vítima/agressora. Com esse intuito, foi estudada uma amostra de conveniência, que incluía 112 adolescentes com doença crónica, entre os 13 e os 18 anos de idade, de ambos os sexos, com recurso à metodologia mista. Foram aplicados três questionários de autorrelato à totalidade dos participantes e, posteriormente, selecionados quatro adolescentes para realização de entrevistas semi-diretivas. Os resultados demonstraram que: i) 30,4% dos adolescentes referem modificações na convivência social com os pares associadas ao diagnóstico, maioritariamente relacionadas com alterações físicas e falta de informação sobre a doença; ii) a convivência social com os colegas é mais prejudicada, verificando-se uma maior aceitação e um apoio social mais efetivo, relativamente à doença, por parte dos amigos; iii) o maior impacto da doença crónica na relação com os pares relaciona-se com o risco acrescido de vitimização; iv) verifica-se a prevalência do papel de vítima/agressora e o recurso à exclusão social como principal forma de bullying tanto no âmbito da agressão como da vitimização. Estes resultados sugerem a necessidade de uma intervenção articulada entre a comunidade escolar e os serviços de saúde, promotora da literacia em saúde e das competências socioemocionais, como garantia da inclusão e proteção dos adolescentes com doença crónica.This study aims to understand how chronic illness affect relationships with peers, acceptance and socialization in groups during adolescence, and to verify whether or not chronic illness is associated with involvement in bullying situations, in the roles of victim, aggressor or victim/aggressor. For this purpose, a convenience sample of 112 adolescents with chronic illnesses between the ages of 13 and 18 of both sexes was studied, using a mixed methodology. Three self-report questionnaires were administered to all participants and then four adolescents were selected for semi-structured interviews. The results showed that: i) 30,4% of adolescents report changes in social interaction with peers associated with the diagnosis, mostly related to physical changes and lack of information about the disease; ii) social interaction with colleagues is further hindered, with greater acceptance and more effective social support regarding the disease from friends; iii) the greater impact of chronic illness on relationships with peers is related to an increased risk of victimization; iv) there is a prevalence of the role of victim/aggressor and the use of social exclusion as the main form of bullying both in terms of aggression and victimization. These results suggest the need for a coordinated intervention between the school community and health services, promoting health literacy and socio-emotional skills, as a guarantee of inclusion and protection for adolescents with chronic illness.Martins, Maria José D.Repositório ComumVinha, Susana Isabel Narigueta da2024-02-28T11:13:41Z2024-01-172024-01-17T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/50073TID:203531400porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-07T12:22:55Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/50073Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:13:40.657929Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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Este estudo teve como objetivos compreender de que forma a doença crónica impacta a relação com os pares, a aceitação e o convívio no âmbito dos grupos, na adolescência, e verificar se a doença crónica se associa, ou não, ao envolvimento em situações de bullying, nos papéis de vítima, agressor ou vítima/agressora. Com esse intuito, foi estudada uma amostra de conveniência, que incluía 112 adolescentes com doença crónica, entre os 13 e os 18 anos de idade, de ambos os sexos, com recurso à metodologia mista. Foram aplicados três questionários de autorrelato à totalidade dos participantes e, posteriormente, selecionados quatro adolescentes para realização de entrevistas semi-diretivas. Os resultados demonstraram que: i) 30,4% dos adolescentes referem modificações na convivência social com os pares associadas ao diagnóstico, maioritariamente relacionadas com alterações físicas e falta de informação sobre a doença; ii) a convivência social com os colegas é mais prejudicada, verificando-se uma maior aceitação e um apoio social mais efetivo, relativamente à doença, por parte dos amigos; iii) o maior impacto da doença crónica na relação com os pares relaciona-se com o risco acrescido de vitimização; iv) verifica-se a prevalência do papel de vítima/agressora e o recurso à exclusão social como principal forma de bullying tanto no âmbito da agressão como da vitimização. Estes resultados sugerem a necessidade de uma intervenção articulada entre a comunidade escolar e os serviços de saúde, promotora da literacia em saúde e das competências socioemocionais, como garantia da inclusão e proteção dos adolescentes com doença crónica. |
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