Estudo de seroprevalência de Encephalitozoon cuniculi em coelhos na zona do Porto

• Autor(a) principal: Pereira, Joana Carolina Gonçalves
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7415
• topic: Encephalitozoon cuniculi; Porto (Portugal); Coelho (oryctolagus); Prevalência; Microsporidia; Testes sorológicos; Assintomático; Sintomático

Encephalitozoon cuniculi é um fungo unicelular, intracelular obrigatório que pertence actualmente ao Filo Microsporidia, sendo considerado um organismo patogénio oportunista em seres imunodeprimidos. Este tem como principal hospedeiro o coelho, no entanto, está provado que este microsporídeo pode infectar quer animais selvagens como outras classes de animais, incluindo o próprio ser humano. O estudo apresentado nesta dissertação de mestrado surgiu fruto da necessidade de uma avaliação do estado de seroprevalência de encefalitozoonose em coelhos como novos animais de estimação das famílias portuguesas, na zona do Porto, fazendo uma possível associação dos factores intrínsecos e extrínsecos estudados com a seroprevalência, uma noção do estado de prevalência do agente em coelhos assintomáticos ou sintomáticos. Este estudo foi realizado entre os meses de Março a Junho de 2016, recorrendo ao método de diagnóstico serológico de imunoensaio de carbono (CIA), a 78 coelhos, de ambos os sexos, de idades compreendidas entre os 6 meses e 9 anos, sendo que 6 apresentavam sintomatologia neurológica compatível com síndrome vestibular. A seroprevalência obtida foi de 38,5% (cerca de 30 coelhos positivos num universo de 78), onde dos 6 animais sintomáticos, 3 foram positivos (cerca de 50% de animais positivos). Neste estudo é verificada maior seropositividade em animais sintomáticos, contudo, a seroprevalência de animais assintomáticos para a encefalitozoonose é considerada elevada, tendo em conta as formas de disseminação do microsporídeo. Assim, justifica-se que a encefalitozoonose seja considerada como diagnóstico diferencial de sinais neurológicos, renais ou oculares.