Empresas Militares Privadas na Guerra do Iraque: Virtudes e Defeitos no Desempenho Operacional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neto, Guilherme
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/6909
Resumo: As Empresas Militares Privadas marcam a sociedade contemporânea internacional na afirmação como actor preponderante no que ao emprego da força diz respeito. A escolha deste tema, teve por base a sua actualidade, a controvérsia que gera e o facto de continuar a ser um fenómeno em expansão, facto pelo qual a procura de respostas é ainda uma constante e tem como principal objectivo analisar a possibilidade da sua complementaridade com os exércitos convencionais e verificar até que ponto essa relação será eficaz. A pressão exercida pela opinião pública e pelos “média” condicionou e potenciou esta problemática, assistindo-se a um jogo de interesses onde se verifica um equilíbrio entre a oferta e a procura destes serviços no contexto actual. Procurou-se fazer uma abordagem às raízes do que está na génese desta problemática e uma sinopse desde a antiguidade até ao período Pós Guerra Fria, altura onde se verifica o crescimento exponencial das Empresas Militares Privadas. Neste contexto visou-se explicar o fenómeno e o seu enquadramento na mudança do sistema internacional após a queda do muro de Berlim e consequentemente a queda do regime comunista da União das Repúblicas Soviéticas Socialistas. Porém é após o 11 de Setembro de 2001, retratado nos ataques terroristas aos símbolos económicos e militares dos Estados Unidos que as Empresas Militares Privadas solidificam a sua posição, no que concerne aos conflitos contemporâneos. A Guerra do Iraque revelou-se também preponderante na proliferação das empresas militares privadas. A Blackwater, a Triple Canopy, a Aegis Defense Services, entre outras de importante relevo são algumas das Empresas Militares Privadas, que ali actuam, tendo como objectivo a rentabilidade económica num mercado em que a procura de segurança se apresentou promissora com a privatização da violência. Verificou-se também as implicações que, a interacção destas com os Estados, produzem no âmbito jurídico e no sistema internacional. Como conclusão há a referir que sobre as Empresas Militares Privadas se podem fazer duas leituras e em dimensões opostas, isto é, podem ser extremamente importantes ou prejudiciais, dependendo de um conjunto de variáveis. Estas vão desde o objectivo da missão, tipo de conflito, teatro de operações, tipo de contrato, controlo exercido pelos contratantes, bem como todo o ambiente envolvente da sua actuação. Em suma, cabe aos Estados e entidades interessadas realizar estudos quer de mercado, quer de objectivos, que permitam conhecer indicadores mais precisos relativamente à utilização destas empresas em complementaridade aos Exércitos
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Procurou-se fazer uma abordagem às raízes do que está na génese desta problemática e uma sinopse desde a antiguidade até ao período Pós Guerra Fria, altura onde se verifica o crescimento exponencial das Empresas Militares Privadas. Neste contexto visou-se explicar o fenómeno e o seu enquadramento na mudança do sistema internacional após a queda do muro de Berlim e consequentemente a queda do regime comunista da União das Repúblicas Soviéticas Socialistas. Porém é após o 11 de Setembro de 2001, retratado nos ataques terroristas aos símbolos económicos e militares dos Estados Unidos que as Empresas Militares Privadas solidificam a sua posição, no que concerne aos conflitos contemporâneos. A Guerra do Iraque revelou-se também preponderante na proliferação das empresas militares privadas. A Blackwater, a Triple Canopy, a Aegis Defense Services, entre outras de importante relevo são algumas das Empresas Militares Privadas, que ali actuam, tendo como objectivo a rentabilidade económica num mercado em que a procura de segurança se apresentou promissora com a privatização da violência. Verificou-se também as implicações que, a interacção destas com os Estados, produzem no âmbito jurídico e no sistema internacional. Como conclusão há a referir que sobre as Empresas Militares Privadas se podem fazer duas leituras e em dimensões opostas, isto é, podem ser extremamente importantes ou prejudiciais, dependendo de um conjunto de variáveis. Estas vão desde o objectivo da missão, tipo de conflito, teatro de operações, tipo de contrato, controlo exercido pelos contratantes, bem como todo o ambiente envolvente da sua actuação. Em suma, cabe aos Estados e entidades interessadas realizar estudos quer de mercado, quer de objectivos, que permitam conhecer indicadores mais precisos relativamente à utilização destas empresas em complementaridade aos ExércitosAbstract The Private Military Companies mark international modern society as a main character in what concerns to the application of force. Choosing this theme had as base its present time, the controversy that generates and the fact that it is still a growing phenomenon. Fact that the search of answers is still a constant and have as a main goal, to analyze the possibility of complementing itself with conventional Armies and verify it’s efficiency. Pressure made by public opinion and by the media have conditioned and enhanced this problematic where we watch a game of interests and where we verify a balance between offer and demand of this type of services in the present context. A goal was to make an approach and a study of the roots of what is in the base of this problem, and a synapse since early times, until the post Cold War period, time when we registered the biggest exponential growth of Private Military Companies. In this context, we try to explain the phenomenon and its place in the change of the international system after the fall of the Berlin Wall and the consequent fall of the Communist Regime of the former USSR. However it is after September 11, 2001, pictured in the terrorist attacks to the military and economic symbols of the United States, that Private Military Companies have solidified their position in what concerns to modern conflicts. The Iraq War has revealed itself also as an important step in the proliferation of Private Military Companies. Blackwater, Triple Canopy, Aegis Defense Services, among others, are some of the private military companies’ that are in Iraq, and have as a goal the economic profitability in a market where the search of safety as presented itself promising with the privatization of violence. The interaction of Private Military Companies with the governments was studied and also its implications produced in the international and judicial system. As a major conclusion, we find that in what concerns the Private Military Companies two kinds of readings cand be done, both in opposite dimensions. They can be extremely important or harmful, depending of a set of variables. These variables can go from themission goal, conflict type, operation scenario, contracts type, control made by the contractors, as well as the entire environment involved in its operation. As a summary, it is responsibility of the governments and entities interested in Private Military Companies, to perform market studies, as well as goal studies that may allow to know more precise indicators that relate to the use of these companies as a complement to the Armies.Academia Militar. Direção de EnsinoRepositório ComumNeto, Guilherme2014-10-30T15:05:20Z2010-08-01T00:00:00Z2010-08-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/6909porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-21T08:54:51Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/6909Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:53:37.379834Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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