Os Sistemas de Classificação em Psiquiatria em Fase de Crise? Foco no DSM-5
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25752/psi.14736 |
Resumo: | A história das classificações psiquiátricas norte-americanas ilustra o percurso classificatório que se iniciou nos anos 60 a partir do caos em que estava imersa a questão do diagnóstico. Os dois primeiros sistemas (DSM-I e DSM-II) estavam influenciados pela escola psicoanalítica. Após a introdução do DSM-III em 1980 emergiu o paradigma neo-Kraepeliniano e o modelo médico de doença. Apesar de ter introduzido um maior rigor na definição e descrição das entidades nosológicas, revelou as suas limitações em termos da validade. As criticas a este paradigma levaram à argumentação de que o sistema classificativo mostrava sintomas de crise num sentido Kuhniano e, por este motivo poderia ter chegado o momento de uma revolução paradigmática. A revisão do DSM-IV e a implementação do DSM-5 em 2013 mostraram que este objectivo é, por enquanto, inalcançável. O resultado final é um sistema “híbrido” que já demonstrou a sua vulnerabilidade tal o nível de crítica e refutação em curso. |
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Os Sistemas de Classificação em Psiquiatria em Fase de Crise? Foco no DSM-5Os Sistemas de Classificação em Psiquiatria em Fase de Crise? Foco no DSM-5ActasA história das classificações psiquiátricas norte-americanas ilustra o percurso classificatório que se iniciou nos anos 60 a partir do caos em que estava imersa a questão do diagnóstico. Os dois primeiros sistemas (DSM-I e DSM-II) estavam influenciados pela escola psicoanalítica. Após a introdução do DSM-III em 1980 emergiu o paradigma neo-Kraepeliniano e o modelo médico de doença. Apesar de ter introduzido um maior rigor na definição e descrição das entidades nosológicas, revelou as suas limitações em termos da validade. As criticas a este paradigma levaram à argumentação de que o sistema classificativo mostrava sintomas de crise num sentido Kuhniano e, por este motivo poderia ter chegado o momento de uma revolução paradigmática. A revisão do DSM-IV e a implementação do DSM-5 em 2013 mostraram que este objectivo é, por enquanto, inalcançável. O resultado final é um sistema “híbrido” que já demonstrou a sua vulnerabilidade tal o nível de crítica e refutação em curso.Since the chaotic atmosphere of psychiatric diagnosis of the sixties, psychiatric classification systems followed several theoretical models. The first two systems – DSM-I and DSM-II – were influenced by psychoanalysis, predominant in USA hospitals. With the implementation of DSM-III, published in 1980, there was a shift towards a neo-Krapelinian paradigm with an emphasis in the medical model, defining psychiatric disorders as medical diseases. The ongoing criticism regarding the poor validity of diagnostic categories and the failure to identify neurobiological markers led to the idea that classification showed symptoms of crisis in the Kuhnian sense. The assumption that the moment had arrived for a scientific revolution in psychiatric classification led to a revision of DSM–IV and the development of a new system – the DSM-5. The final result showed a failure in this unrealistic and overambitious objective and the new system is an “hybrid” one with empirical similarities with the previous one.Departamento de Saúde Mental | Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE2018-07-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25752/psi.14736por2182-31461646-091XFigueira, Maria Luísainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-16T14:12:01Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/14736Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T14:57:15.190839Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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