Raciocínio contrafactual e modelos mentais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/4929 |
Resumo: | A ideia central deste estudo é de que «... raciocinar sobre factos e raciocinar sobre possibilidades e impossibilidades, baseia-se nos mesmos tipos de representações mentais e processos cognitivos» (Byrne, 1997, p. 107). Quer dizer que as pessoas raciocinam através da construção e revisão de modelos mentais (e.g., Johnson-Laird, Byrne, 1991). As condicionais contrafactuais requerem que os raciocinadores tenham em mente não apenas o que é suposto ser verdadeiro, mas também o que é supostamente verdadeiro mas factualmente falso (Byrne, 1997, p. 117; cf. Johnson-Laird, Byrne, 1991, pp. 72- -73). E a hipótese de que a representação inicial de uma condicional contrafactual é mais explícita do que a de uma condicional factual, permite prever que as inferências Modus Tollens e Negação do Antecedente deverão ser feitas com maior frequência a partir das condicionais contrafactuais do que das factuais. Byrne e Tasso (in press) encontraram evidência para esta hipótese. No estudo que apresentamos, também procuramos replicar esses resultados encontrados por Byrne e Tasso, e acrescentamos algumas hipóteses relacionadas com as latências para compreender os dois tipos de condicionais, e para escolher a conclusão. Utilizamos condicionais neutras do tipo «Se houve um círculo, então houve um triângulo», e apresentamos aos participantes os quatro silogismos condicionais no programa SUPERLAB. |
id |
RCAP_f01a69ba418f85307cd68cb03a3d9375 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/4929 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Raciocínio contrafactual e modelos mentaisRaciocínio contrafactualModelos mentaisCounterfactual reasoningMental modelsA ideia central deste estudo é de que «... raciocinar sobre factos e raciocinar sobre possibilidades e impossibilidades, baseia-se nos mesmos tipos de representações mentais e processos cognitivos» (Byrne, 1997, p. 107). Quer dizer que as pessoas raciocinam através da construção e revisão de modelos mentais (e.g., Johnson-Laird, Byrne, 1991). As condicionais contrafactuais requerem que os raciocinadores tenham em mente não apenas o que é suposto ser verdadeiro, mas também o que é supostamente verdadeiro mas factualmente falso (Byrne, 1997, p. 117; cf. Johnson-Laird, Byrne, 1991, pp. 72- -73). E a hipótese de que a representação inicial de uma condicional contrafactual é mais explícita do que a de uma condicional factual, permite prever que as inferências Modus Tollens e Negação do Antecedente deverão ser feitas com maior frequência a partir das condicionais contrafactuais do que das factuais. Byrne e Tasso (in press) encontraram evidência para esta hipótese. No estudo que apresentamos, também procuramos replicar esses resultados encontrados por Byrne e Tasso, e acrescentamos algumas hipóteses relacionadas com as latências para compreender os dois tipos de condicionais, e para escolher a conclusão. Utilizamos condicionais neutras do tipo «Se houve um círculo, então houve um triângulo», e apresentamos aos participantes os quatro silogismos condicionais no programa SUPERLAB.The central idea in this study is that «... thinking about matters of fact and thinking about matters of possibility and impossibility are based on similar sorts of mental representations and cognitive processes» (Byrne, 1997, p. 107). That is to say that people reason by constructing and revising mental models (e.g., Johnson-Laird, & Byrne, 1991). Counterfactual conditionals require reasoners to keep in mind not only what is presupposed to be true, but also what is suppositionally true but factually false (Byrne, 1997, p. 117; cf. Johnson-Laird, & Byrne, 1991, pp. 72-73). And the hypothesis that the initial representation of a counterfactual conditional is more explicit than the initial representation of a factual conditional, allows the prediction that Modus Tollens and Denial of the Antecedent inferences would be made more frequently from the counterfactual than from the factual conditionals. Byrne and Tasso (in press) found evidence for those predictions. In the present study, we look for replication of the data found by Byrne and Tasso, and we add some hypothesis related with the latencies to understand both kinds of conditionals, and to choose a conclusion. We use neutral conditionals like «If there was a circle, then there was a triangle», and we presented to participants the four conditional syllogisms in the SUPERLAB program.Instituto Superior de Psicologia AplicadaRepositório do ISPAByrne, Ruth M. J.Quelhas, Ana Cristina2016-09-26T19:03:28Z1999-01-01T00:00:00Z1999-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/4929porAnálise Psicológica, 17, 713-721.0870-8231info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T16:40:40Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/4929Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:22:45.709651Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Raciocínio contrafactual e modelos mentais |
title |
Raciocínio contrafactual e modelos mentais |
spellingShingle |
Raciocínio contrafactual e modelos mentais Byrne, Ruth M. J. Raciocínio contrafactual Modelos mentais Counterfactual reasoning Mental models |
title_short |
Raciocínio contrafactual e modelos mentais |
title_full |
Raciocínio contrafactual e modelos mentais |
title_fullStr |
Raciocínio contrafactual e modelos mentais |
title_full_unstemmed |
Raciocínio contrafactual e modelos mentais |
title_sort |
Raciocínio contrafactual e modelos mentais |
author |
Byrne, Ruth M. J. |
author_facet |
Byrne, Ruth M. J. Quelhas, Ana Cristina |
author_role |
author |
author2 |
Quelhas, Ana Cristina |
author2_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório do ISPA |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Byrne, Ruth M. J. Quelhas, Ana Cristina |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Raciocínio contrafactual Modelos mentais Counterfactual reasoning Mental models |
topic |
Raciocínio contrafactual Modelos mentais Counterfactual reasoning Mental models |
description |
A ideia central deste estudo é de que «... raciocinar sobre factos e raciocinar sobre possibilidades e impossibilidades, baseia-se nos mesmos tipos de representações mentais e processos cognitivos» (Byrne, 1997, p. 107). Quer dizer que as pessoas raciocinam através da construção e revisão de modelos mentais (e.g., Johnson-Laird, Byrne, 1991). As condicionais contrafactuais requerem que os raciocinadores tenham em mente não apenas o que é suposto ser verdadeiro, mas também o que é supostamente verdadeiro mas factualmente falso (Byrne, 1997, p. 117; cf. Johnson-Laird, Byrne, 1991, pp. 72- -73). E a hipótese de que a representação inicial de uma condicional contrafactual é mais explícita do que a de uma condicional factual, permite prever que as inferências Modus Tollens e Negação do Antecedente deverão ser feitas com maior frequência a partir das condicionais contrafactuais do que das factuais. Byrne e Tasso (in press) encontraram evidência para esta hipótese. No estudo que apresentamos, também procuramos replicar esses resultados encontrados por Byrne e Tasso, e acrescentamos algumas hipóteses relacionadas com as latências para compreender os dois tipos de condicionais, e para escolher a conclusão. Utilizamos condicionais neutras do tipo «Se houve um círculo, então houve um triângulo», e apresentamos aos participantes os quatro silogismos condicionais no programa SUPERLAB. |
publishDate |
1999 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1999-01-01T00:00:00Z 1999-01-01T00:00:00Z 2016-09-26T19:03:28Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.12/4929 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.12/4929 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Análise Psicológica, 17, 713-721. 0870-8231 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Superior de Psicologia Aplicada |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Superior de Psicologia Aplicada |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130088272297984 |