Sensações internas e evitamento de dano: variáveis transdiagnósticas relevantes para a perturbação da ansiedade social?

• Autor(a) principal: Gore, Valeria
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/17823
• topic: Experiências não completamente corretas; Incompletude; Evitamento de dano; Processamento pós-evento; Ansiedade Social; Transdiagnóstico; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

O objetivo da presente investigação foi estudar os fenómenos sensoriais (Incompletude e Experiências Não Completamente Corretas) e o Evitamento do Dano, tradicionalmente associados às compulsões, como potenciais variáveis transdiagnósticas para a Ansiedade social e o Evitamento das situações sociais. Adicionalmente, verificar se os mesmos fenómenos sensoriais e o Evitamento de Dano, poderão constar como potenciais moderadores da relação entre o Processamento Pós-Evento e a Ansiedade e o Evitamento em situações sociais. Foi recolhida uma amostra por conveniência da população geral portuguesa, que resultou num total de 203 indivíduos que preencheram uma bateria de questionários, com idades compreendidas entre os 18 e 69 anos (M=35,34; DP= 11,18). Os resultados indicam a existência de uma relação positiva e significativa entre, tanto a Ansiedade como o Evitamento de situações sociais, com as variáveis em estudo, nomeadamente as Experiências Não Completamente Corretas, a Incompletude e o Evitamento de Dano. O efeito moderador dos fenómenos sensoriais mostrou-se não significativo face ao Processamento Pós-Evento e à Ansiedade social, mas existente no que concerne o peso do Evitamento de Dano na variação conjunta do Processamento Pós-Evento e o Evitamento de situações sociais. Conclui-se que existem indícios da relevância das Sensações Internas e do Evitamento de Dano para a Ansiedade e Evitamento Social, assim como para o Processamento Pós-Evento. No entanto, a variabilidade do Processamento Pós-Evento e a existência de correlações mais fortes em determinados itens dos instrumentos sugere que o PPE poderá se expressar num espetro funcional/disfuncional e a natureza dos instrumentos tem de ser adaptada ao estudo de dimensões e não sintomas, dois pontos determinantes em futuras investigações.