O porto e a cidade: Intercâmbios musicais na cidade da Horta no final do século XIX

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Henriques, Luís
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/34276
Resumo: A Horta tornou-se numa cidade portuária central às rotas comerciais do Atlântico durante o século XIX, acentuando-se esta posição estratégica com a construção do porto artificial durante a segunda metade de oitocentos. Estes melhoramentos permitiram um desenvolvimento na prestação de serviços aos navios que atravessavam o Oceano Atlântico, nomeadamente através do fornecimento de carvão e víveres. Desta forma, as últimas décadas do século XIX viram um crescente fluxo de navios de várias nacionalidades ao Porto da Horta, incluindo as grandes potências industriais como a Inglaterra, Alemanha e os Estados Unidos da América. Estas faziam-se representar sobretudo através das esquadras das respectivas marinhas de guerra, que paravam frequentemente na Horta em trânsito para os mais remotos destinos do globo a fim de projectarem a sua influência estratégica. O centro de sociabilidade musical popular da cidade da Horta nas últimas décadas era o Largo D. Carlos I (actualmente Jardim da República), uma espécie de passeio público para a sociedade hortense que possuía um coreto ao centro, havendo regularmente actuações pelas filarmónicas não só da cidade, como também de outras localidades da ilha. Esta dinâmica musical não passava despercebida aos navios do porto – sobretudo os vasos de guerra, que nesse período possuíam uma banda de música embarcada – surgindo na imprensa local inúmeras notícias de interecção entre esses agrupamentos musicais e agrupamentos ou músicos locais. Partindo destas referências, esta comunicação estuda os intercâmbios musicais entre os navios (sobretudo os navios de guerra) que demandaram o Porto da Horta nas últimas décadas do século XIX e os agentes musicais locais, analisando o tipo de relações e influências mútuas localizando também pontos de confluência e sociabilidade no respeitante a uma cultura musical cosmopolita, que tinha o porto artificial como elo de ligação cujo elo de ligação entre o mar e a cidade.
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