Bem-estar em estudantes do ensino superior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha, Madalena
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.29352/mill0202e.02
Resumo: Introdução: O bem-estar está relacionado com o modo como a pessoa caracteriza, de forma geral, a sua vida pelo lado positivo, isto é, a satisfação que a pessoa refere em relação à sua vida. Com a entrada no ensino superior, o estudante é exposto a diversas alterações, tendo em conta ao que, até então estava habituado a viver. Essas alterações podem, por um lado, contribuir para o seu processo de desenvolvimento, independência e autonomia e, por outro, constituir sensações inadequadas e/ou perturbadoras. Deste modo, o processo de adaptação ao ensino superior é complexo e potencialmente pode gerar situações indutoras de stress, em diversos momentos da vida académica. Objetivos: Avaliar o bem-estar nos estudantes do ensino superior; Determinar o efeito do coping no bem-estar dos estudantes. Métodos: Estudo de natureza descritivo com foco transversal. A amostra é composta por 174 estudantes do ensino superior, sendo 82,8 % do sexo feminino. A colheita de dados foi obtida pelo preenchimento on line dos seguintes instrumentos: Escala de Afeto Positivo e Negativo / Positive and Negative Afect Schedule (PANAS), versão portuguesa de Galinha & Pais Ribeiro (2005), Escala de Brief – Cope versão portuguesa de Pais Ribeiro & Rodrigues (2004). Resultados: Os estudantes do ensino superior manifestam mais afeto positivo apurando-se um mínimo de 13 e um máximo de 50, sendo o valor médio de M=30.79, sugestivo de bem-estar subjetivo. Para o afeto negativo, o mínimo é de -10 e o máximo de 35, com a M= 15,68. No que se refere ao Bem-estar subjetivo global, o mínimo é -8,00 e o máximo 38, com a (M= 15,11±9,058), o que indica que os estudantes do ensino superior manifestam mais afeto positivo. A variável preditor do afeto positivo foi a reinterpretação positiva, explicando 15,5% da variação, sendo a variância explicada ajustada de 15,0%. Os estudantes mais velhos (≥23 anos) manifestam mais afeto positivo, inferindo-se que a idade interfere no bem-estar subjetivo dos participantes. Conclusões: Os estudantes do ensino superior, apresentam mais afeto positivo. A reinterpretação positiva é preditor do afeto positivo, enquanto que o desinvestimento comportamental, a negação e o uso de substâncias são preditores do afeto negativo. Os preditores do Bem-estar subjetivo são o coping ativo, o desinvestimento comportamental, a auto-culpabilização, a reinterpretação positiva e a auto-distração, sugerindo-se assim que o coping prediz o bem-estar nos estudantes do ensino superior, pelo que estas variáveis deverão ser consideradas aquando do planeamento pedagógico das ações que lhe são dirigidas.
id RCAP_f19407f1abb0b211bd075affa54ca6a7
oai_identifier_str oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/12098
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Bem-estar em estudantes do ensino superiorBienestar en estudiantes de la educación superiorBem-estar em estudantes do ensino superiorEducation and Social Development SciencesIntrodução: O bem-estar está relacionado com o modo como a pessoa caracteriza, de forma geral, a sua vida pelo lado positivo, isto é, a satisfação que a pessoa refere em relação à sua vida. Com a entrada no ensino superior, o estudante é exposto a diversas alterações, tendo em conta ao que, até então estava habituado a viver. Essas alterações podem, por um lado, contribuir para o seu processo de desenvolvimento, independência e autonomia e, por outro, constituir sensações inadequadas e/ou perturbadoras. Deste modo, o processo de adaptação ao ensino superior é complexo e potencialmente pode gerar situações indutoras de stress, em diversos momentos da vida académica. Objetivos: Avaliar o bem-estar nos estudantes do ensino superior; Determinar o efeito do coping no bem-estar dos estudantes. Métodos: Estudo de natureza descritivo com foco transversal. A amostra é composta por 174 estudantes do ensino superior, sendo 82,8 % do sexo feminino. A colheita de dados foi obtida pelo preenchimento on line dos seguintes instrumentos: Escala de Afeto Positivo e Negativo / Positive and Negative Afect Schedule (PANAS), versão portuguesa de Galinha & Pais Ribeiro (2005), Escala de Brief – Cope versão portuguesa de Pais Ribeiro & Rodrigues (2004). Resultados: Os estudantes do ensino superior manifestam mais afeto positivo apurando-se um mínimo de 13 e um máximo de 50, sendo o valor médio de M=30.79, sugestivo de bem-estar subjetivo. Para o afeto negativo, o mínimo é de -10 e o máximo de 35, com a M= 15,68. No que se refere ao Bem-estar subjetivo global, o mínimo é -8,00 e o máximo 38, com a (M= 15,11±9,058), o que indica que os estudantes do ensino superior manifestam mais afeto positivo. A variável preditor do afeto positivo foi a reinterpretação positiva, explicando 15,5% da variação, sendo a variância explicada ajustada de 15,0%. Os estudantes mais velhos (≥23 anos) manifestam mais afeto positivo, inferindo-se que a idade interfere no bem-estar subjetivo dos participantes. Conclusões: Os estudantes do ensino superior, apresentam mais afeto positivo. A reinterpretação positiva é preditor do afeto positivo, enquanto que o desinvestimento comportamental, a negação e o uso de substâncias são preditores do afeto negativo. Os preditores do Bem-estar subjetivo são o coping ativo, o desinvestimento comportamental, a auto-culpabilização, a reinterpretação positiva e a auto-distração, sugerindo-se assim que o coping prediz o bem-estar nos estudantes do ensino superior, pelo que estas variáveis deverão ser consideradas aquando do planeamento pedagógico das ações que lhe são dirigidas.Introduction: The well-being is related with the way a person, generally, describes his/her life positively, in other words, the satisfaction a person shows regarding his/her life. When joining university, the student is exposed to several changes regarding what he/she was used to experience before. Those changes can contribute for his/her development, independence and autonomy process, and, in other way, represent inadequate and/or disturbing sensations. So, the university fitting process is complex and might potentially generate stress induction situations in several academic life’s moments. Objectives: To evaluate university students well-being; Determine the effect of coping in students’ well-being. Methods: Descriptive study with transversal focus. The sample is composed by 174 university students, being 82,8% feminine gender. The data gathering was obtained by the online filling of the following instruments: Positive and Negative Afect Schedule (PANAS), portuguese version from Galinha & Pais Ribeiro (2005), Scale de Brief – Cope Portuguese version from Pais Ribeiro & Rodrigues (2004). Results: University students show more positive affection being by a minimum of 13 and a maximum of 50, with the mean value of M = 30.79, suggestive of subjective well-being. For negative affection, the minimum is -10 and the maximum of 35, being M=15,68. Regarding global subjective well-being, minimum is -8 and maximum 38, with (M= 15,11±9,058) which indicates that university students show more positive affection. The positive affection predictor variable was the positive reinterpretation, explaining 15,5% of the variation, being the explained adjusted variance of 15,0%. The older students (≥23 years old) show more positive aspects, showing that age interferes in the subjective well-being of the sample. Conclusions: University students show more positive affection. The positive reinterpretation is a predictor in positive affection, the behavioral divestment; denial and substance abuse are negative affection predictors. The subjective well-being predictors are: active coping, behavioral divestment, self-blaming, positive reinterpretation and self-distraction, suggesting that coping predicts university students’ well-being, so these variables should be considered when planning pedagogical actions directed to themIntrodución: El bienestar está relacionado con el modo en que la persona caracteriza, de forma general, su vida por el lado positivo, es decir, la satisfacción que la persona refiere en relación a su vida. Con la entrada en la enseñanza superior, el estudiante está expuesto a diversas alteraciones, teniendo en cuenta lo que, hasta entonces, estaba acostumbrado a vivir. Estas modificaciones, por una parte, pueden contribuir a su proceso de desarrollo, independencia y autonomía y, por otra, constituir sensaciones inadecuadas y / o perturbadoras. De este modo, el proceso de adaptación a la enseñanza superior es complejo y potencialmente puede generar situaciones inductoras de estrés, en diversos momentos de la vida académica. Objetivos: Evaluar el bienestar en los estudiantes de enseñanza superior; Determinar el efecto del coping en el bienestar de los estudiantes. Métodos: Estudio de naturaleza descriptiva con foco transversal. La muestra está compuesta por 174 estudiantes de la enseñanza superior, siendo 82,8% del sexo femenino. La recolección de datos fue obtenida por el llenado en línea de los siguientes instrumentos: Positivo y Negative Afect Schedule (PANAS), versión portuguesa de Galinha & Pais Ribeiro (2005), Escala de Brief - Cope versión portuguesa de Pais Ribeiro & Rodrigues (2004). Resultados: Los estudiantes de enseñanza superior manifiestan más afectos positivos, se constató un mínimo de 13 para el afecto positivo y un máximo de 50, siendo el valor medio (M = 30.79), sugestivo de bienestar subjetivo. Para el afecto negativo, el mínimo es de -10 y el máximo de 35, con la M = 15,68. En lo que se refiere al Bienestar subjetivo global, el mínimo es -8,00 y el máximo 38, con la (M = 15,11 ± 9,058), lo que indica que los estudiantes de enseñanza superior manifiestan más afectos positivos. La variable predictor del afecto positivo fue la reinterpretación positiva, explicando el 15,5% de la variación, siendo la varianza explicada ajustada del 15,0%. Los estudiantes mayores (≥23 años) manifiestan más afecto positivo, inferiendo que la edad interfiere en el bienestar subjetivo de los participantes. Conclusiones: Los estudiantes de enseñanza superior, presentan más afectos positivos. La reinterpretación positiva es predictor del afecto positivo, mientras que la desinversión conductual, la negación y el uso de sustancias son predictores del afecto negativo. Los predicadores del Bienestar subjetivo son el coping activo, la desinversión conductual, la auto-culpabilización, la reinterpretación positiva y la auto-distracción, sugiriendo así que el coping predice el bienestar en los estudiantes de la enseñanza superior, por lo que Estas variables deben considerarse en el momento de la planificación pedagógica de las acciones que se le dirigen.Polytechnic Institute of Viseu (IPV)2017-07-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.29352/mill0202e.02por1647-662X0873-3015Cunha, Madalenainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-06-15T15:01:38Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/12098Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:29:19.859120Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Bem-estar em estudantes do ensino superior
Bienestar en estudiantes de la educación superior
Bem-estar em estudantes do ensino superior
title Bem-estar em estudantes do ensino superior
spellingShingle Bem-estar em estudantes do ensino superior
Cunha, Madalena
Education and Social Development Sciences
title_short Bem-estar em estudantes do ensino superior
title_full Bem-estar em estudantes do ensino superior
title_fullStr Bem-estar em estudantes do ensino superior
title_full_unstemmed Bem-estar em estudantes do ensino superior
title_sort Bem-estar em estudantes do ensino superior
author Cunha, Madalena
author_facet Cunha, Madalena
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cunha, Madalena
dc.subject.por.fl_str_mv Education and Social Development Sciences
topic Education and Social Development Sciences
description Introdução: O bem-estar está relacionado com o modo como a pessoa caracteriza, de forma geral, a sua vida pelo lado positivo, isto é, a satisfação que a pessoa refere em relação à sua vida. Com a entrada no ensino superior, o estudante é exposto a diversas alterações, tendo em conta ao que, até então estava habituado a viver. Essas alterações podem, por um lado, contribuir para o seu processo de desenvolvimento, independência e autonomia e, por outro, constituir sensações inadequadas e/ou perturbadoras. Deste modo, o processo de adaptação ao ensino superior é complexo e potencialmente pode gerar situações indutoras de stress, em diversos momentos da vida académica. Objetivos: Avaliar o bem-estar nos estudantes do ensino superior; Determinar o efeito do coping no bem-estar dos estudantes. Métodos: Estudo de natureza descritivo com foco transversal. A amostra é composta por 174 estudantes do ensino superior, sendo 82,8 % do sexo feminino. A colheita de dados foi obtida pelo preenchimento on line dos seguintes instrumentos: Escala de Afeto Positivo e Negativo / Positive and Negative Afect Schedule (PANAS), versão portuguesa de Galinha & Pais Ribeiro (2005), Escala de Brief – Cope versão portuguesa de Pais Ribeiro & Rodrigues (2004). Resultados: Os estudantes do ensino superior manifestam mais afeto positivo apurando-se um mínimo de 13 e um máximo de 50, sendo o valor médio de M=30.79, sugestivo de bem-estar subjetivo. Para o afeto negativo, o mínimo é de -10 e o máximo de 35, com a M= 15,68. No que se refere ao Bem-estar subjetivo global, o mínimo é -8,00 e o máximo 38, com a (M= 15,11±9,058), o que indica que os estudantes do ensino superior manifestam mais afeto positivo. A variável preditor do afeto positivo foi a reinterpretação positiva, explicando 15,5% da variação, sendo a variância explicada ajustada de 15,0%. Os estudantes mais velhos (≥23 anos) manifestam mais afeto positivo, inferindo-se que a idade interfere no bem-estar subjetivo dos participantes. Conclusões: Os estudantes do ensino superior, apresentam mais afeto positivo. A reinterpretação positiva é preditor do afeto positivo, enquanto que o desinvestimento comportamental, a negação e o uso de substâncias são preditores do afeto negativo. Os preditores do Bem-estar subjetivo são o coping ativo, o desinvestimento comportamental, a auto-culpabilização, a reinterpretação positiva e a auto-distração, sugerindo-se assim que o coping prediz o bem-estar nos estudantes do ensino superior, pelo que estas variáveis deverão ser consideradas aquando do planeamento pedagógico das ações que lhe são dirigidas.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-07-14
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.29352/mill0202e.02
url https://doi.org/10.29352/mill0202e.02
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 1647-662X
0873-3015
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Polytechnic Institute of Viseu (IPV)
publisher.none.fl_str_mv Polytechnic Institute of Viseu (IPV)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130162044862464