Saccharomyces cerevisiae como modelo para o estudo da radiação ultravioleta

• Autor(a) principal: Vilaça, Joana Daniela Neto
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/15381
• topic: Radiação ultravioleta; DNA; Viabilidade celular; Ultraviolet radiation; Saccharomyces cerevisiae; Cellular viability

A radiação ionizante tem energia suficiente para remover os eletrões de valência de um átomo. As partículas alfa, beta, raios x, raios gama e energias de alto espectro ultravioleta são tipos de radiação ionizante. Esta radiação consegue provocar danos no ácido desoxirribonucleico (DNA, do inglês Deoxyribonucleic Acid) por via direta e indireta. Na via direta, as partículas carregadas causam diretamente danos no DNA; na via indireta, a radiação ioniza outras moléculas e estas causam danos celulares. A radiação ultravioleta (UV, do inglês ultraviolet) está dividida em três tipos: UVA (320-400nm), UVB (280-320nm) e UVC (100-280nm). A UVC é completamente absorvida pela camada de ozono, mas é a que provoca mais danos celulares. A levedura Saccharomyces cerevisae é um microrganismo eucariota unicelular amplamente utilizado como modelo de estudo, devido às suas características se encontrarem bem estudadas. O principal objetivo deste trabalho é avaliar os efeitos da radiação UV no modelo biológico – S. cerevisiae. As culturas de S. cerevisiae foram irradiadas com luz ultravioleta (264nm e 365nm), foram medidas as densidades óticas de cada cultura em determinados intervalos de tempos (1 hora, 3 horas, 6 horas e 24 horas) e a viabilidade celular de cada cultura foi acompanhada pelo método da gota em placa. Realizou-se, ainda, a técnica de RAPD-PCR (do inglês Random Amplification of Polymorphic DNA – Polymerase Chain Reaction) seguida de uma eletroforese em gel de agarose para as amostras recolhidas nos intervalos de tempo acima indicados. Os resultados mostram que as densidades óticas e a viabilidade celular não apresentam diferenças estatisticamente significativas, o que sugere que a radiação ultravioleta pode não afetar o crescimento e a viabilidade celular do modelo em estudo. A eletroforese das amostras após RAPD-PCR mostra, também, que não existem diferenças nos no perfil de bandas de DNA, no tempo 0, entre o controlo e amostra, no entanto verificam-se alterações no perfil de bandas de DNA, no tempo 24, entre o controlo e amostra. Palavras-chaves: radiação ultravioleta; viabilidade celular; alterações no DNA; Saccharomyces cerevisiae