Da festa indo-europeia à festa transmontana: o uso da máscara na comemoração do solstício de inverno
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/8098 |
Resumo: | Sobrevivem ainda em Trás-os-Montes determinados comportamentos festivos coincidentes com os finais do ano. Uma observação atenta revela- -nos que, entre as diferentes leituras possíveis sobre esses comportamentos, ressaha a da conotação remota com as festas de Invemo dos antigos povos de origem indo-europeia, onde claramente, apesar de todo um sistema evolutivo de transformações, se enconfra a sua origem. As características que actualmente ainda se manifestam nas mascaradas transmontanas permitem- -nos recuar até ao tempo desses povos, num processo paralelo aquele que seguimos para o estudo da língua, dos costumes, da religião, da arquitectura e da arte em geral. Não se pretende, pois, estudar aqui propriamente a festa transmontana, mas tão só destacar, através da referência aos comportamentos que da remota Antigüidade lhe deram origem, a sua ancestralidade e o processo de cristianização que, singularmente, permitiu a sua sobrevivência. A comemoração de um novo ano com rituais próprios remonta à pré- -história. Na civilização dita ocidental, é-nos já descrita na Grécia no contexto dos rituais dionisíacos. Dioniso era o deus da vitalidade, em honra do qual as Bacantes, no Invemo, subiam dançando às montanhas, devorando animais selvagens. |
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