O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Ciências em Saúde |
Texto Completo: | https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/518 |
Resumo: | Morrer, expressão fria, não inspiradora, devastadora de sonhos, de amores. Certeza única em nossa vida. Ocorre, mais cedo ou mais tarde, de forma branda ou arrebatadora, sutil ou amargurante, suave ou sofrida.Momento em que precisamos agir de determinado jeito para elaborarmos e vivermos a perda, acompanhando a despedida de quem nos é caro e para convivermos adequadamente com a fase do luto. Aí se faz importante a realização do ritual, o qual andou se perdendo na atualidade, não valorizado pela frieza asséptica da morte moderna e queprecisa ter retomado o seu valor, já que “... realizar a ação ritualsignifica conter o pensamento dentro das malhas da ação clara e significativa”.1Não se pode atribuir uma fórmula ou um valor fixo ao rito, mas é certo que não é inútil. Ele representa a nossa história: quem somos, de onde viemos, para onde vamos, porque amamos e também, porque ali, no rito de morte, estamos sofrendo. É o momento de olharmos para aquele de quem nos despedimos e nos enxergarmos nele; de repensar o valor de nossa história, a intensidade do nosso amor, os caminhos e descaminhos de nossa vida juntos.Todo rito de morte, quando esta ocorre lentamente, como no caso de doenças prolongadas, nos prepara para a vivência do luto. Isso é fundamental, pois “o rito equivale a uma ação formal prescrita para ocasiões que vão além da rotina cotidiana teológica, correspondendo uma referência à crença em seus poderes místicos”.1Nesse momento, precisamos dessas crenças, de apegarmo-nos ao Sagrado, independente da concepção que cada um faça deste. |
id |
RCS_441912c2d2c98168f1ff0fce9c89bf74 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.portalrcs.hcitajuba.org.br:article/518 |
network_acronym_str |
RCS |
network_name_str |
Revista Ciências em Saúde |
repository_id_str |
|
spelling |
O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing DeathMorrer, expressão fria, não inspiradora, devastadora de sonhos, de amores. Certeza única em nossa vida. Ocorre, mais cedo ou mais tarde, de forma branda ou arrebatadora, sutil ou amargurante, suave ou sofrida.Momento em que precisamos agir de determinado jeito para elaborarmos e vivermos a perda, acompanhando a despedida de quem nos é caro e para convivermos adequadamente com a fase do luto. Aí se faz importante a realização do ritual, o qual andou se perdendo na atualidade, não valorizado pela frieza asséptica da morte moderna e queprecisa ter retomado o seu valor, já que “... realizar a ação ritualsignifica conter o pensamento dentro das malhas da ação clara e significativa”.1Não se pode atribuir uma fórmula ou um valor fixo ao rito, mas é certo que não é inútil. Ele representa a nossa história: quem somos, de onde viemos, para onde vamos, porque amamos e também, porque ali, no rito de morte, estamos sofrendo. É o momento de olharmos para aquele de quem nos despedimos e nos enxergarmos nele; de repensar o valor de nossa história, a intensidade do nosso amor, os caminhos e descaminhos de nossa vida juntos.Todo rito de morte, quando esta ocorre lentamente, como no caso de doenças prolongadas, nos prepara para a vivência do luto. Isso é fundamental, pois “o rito equivale a uma ação formal prescrita para ocasiões que vão além da rotina cotidiana teológica, correspondendo uma referência à crença em seus poderes místicos”.1Nesse momento, precisamos dessas crenças, de apegarmo-nos ao Sagrado, independente da concepção que cada um faça deste.AISI/HCI2012-04-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionSeção Especialapplication/pdfhttps://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/51810.21876/rcsfmit.v2i2.518Revista Ciências em Saúde; v. 2 n. 2 (2012): Abril a Junho de 2012; 2-7Health Sciences Journal; Vol 2 No 2 (2012): Abril a Junho de 2012; 2-72236-378510.21876/rcsfmit.v2i2reponame:Revista Ciências em Saúdeinstname:Hospital de Clínicas de Itajubáinstacron:HCIporhttps://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/518/333Copyright (c) 2019 REVISTA CIÊNCIAS EM SAÚDEinfo:eu-repo/semantics/openAccessOliveira, João Batista Alves de2020-04-17T00:46:39Zoai:ojs.portalrcs.hcitajuba.org.br:article/518Revistahttps://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zeroPUBhttps://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/oaircs@hcitajuba.org.br||rcsfmit@medicinaitajuba.com.br2236-37852236-3785opendoar:2020-04-17T00:46:39Revista Ciências em Saúde - Hospital de Clínicas de Itajubáfalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death |
title |
O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death |
spellingShingle |
O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death Oliveira, João Batista Alves de |
title_short |
O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death |
title_full |
O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death |
title_fullStr |
O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death |
title_full_unstemmed |
O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death |
title_sort |
O Sagrado e a Ritualidade Diante da Morte / The Sacred and the Rituality When Facing Death |
author |
Oliveira, João Batista Alves de |
author_facet |
Oliveira, João Batista Alves de |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, João Batista Alves de |
description |
Morrer, expressão fria, não inspiradora, devastadora de sonhos, de amores. Certeza única em nossa vida. Ocorre, mais cedo ou mais tarde, de forma branda ou arrebatadora, sutil ou amargurante, suave ou sofrida.Momento em que precisamos agir de determinado jeito para elaborarmos e vivermos a perda, acompanhando a despedida de quem nos é caro e para convivermos adequadamente com a fase do luto. Aí se faz importante a realização do ritual, o qual andou se perdendo na atualidade, não valorizado pela frieza asséptica da morte moderna e queprecisa ter retomado o seu valor, já que “... realizar a ação ritualsignifica conter o pensamento dentro das malhas da ação clara e significativa”.1Não se pode atribuir uma fórmula ou um valor fixo ao rito, mas é certo que não é inútil. Ele representa a nossa história: quem somos, de onde viemos, para onde vamos, porque amamos e também, porque ali, no rito de morte, estamos sofrendo. É o momento de olharmos para aquele de quem nos despedimos e nos enxergarmos nele; de repensar o valor de nossa história, a intensidade do nosso amor, os caminhos e descaminhos de nossa vida juntos.Todo rito de morte, quando esta ocorre lentamente, como no caso de doenças prolongadas, nos prepara para a vivência do luto. Isso é fundamental, pois “o rito equivale a uma ação formal prescrita para ocasiões que vão além da rotina cotidiana teológica, correspondendo uma referência à crença em seus poderes místicos”.1Nesse momento, precisamos dessas crenças, de apegarmo-nos ao Sagrado, independente da concepção que cada um faça deste. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-04-27 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Seção Especial |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/518 10.21876/rcsfmit.v2i2.518 |
url |
https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/518 |
identifier_str_mv |
10.21876/rcsfmit.v2i2.518 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://portalrcs.hcitajuba.org.br/index.php/rcsfmit_zero/article/view/518/333 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 REVISTA CIÊNCIAS EM SAÚDE info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 REVISTA CIÊNCIAS EM SAÚDE |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
AISI/HCI |
publisher.none.fl_str_mv |
AISI/HCI |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Ciências em Saúde; v. 2 n. 2 (2012): Abril a Junho de 2012; 2-7 Health Sciences Journal; Vol 2 No 2 (2012): Abril a Junho de 2012; 2-7 2236-3785 10.21876/rcsfmit.v2i2 reponame:Revista Ciências em Saúde instname:Hospital de Clínicas de Itajubá instacron:HCI |
instname_str |
Hospital de Clínicas de Itajubá |
instacron_str |
HCI |
institution |
HCI |
reponame_str |
Revista Ciências em Saúde |
collection |
Revista Ciências em Saúde |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Ciências em Saúde - Hospital de Clínicas de Itajubá |
repository.mail.fl_str_mv |
rcs@hcitajuba.org.br||rcsfmit@medicinaitajuba.com.br |
_version_ |
1797068962059517952 |