Reconstrução de grandes defeitos de couro cabeludo e fronte em oncologia: tática pessoal e experiência - análise de 25 casos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752012000200011 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Neoplasias malignas extensas em couro cabeludo e fronte tornam-se um desafio para o cirurgião plástico, em decorrência das particularidades anatômicas da região. Apesar da existência de muitas técnicas para o reparo dos defeitos, a reconstrução ideal depende da avaliação criteriosa de cada caso clínico e tem por finalidade alcançar o melhor resultado, tanto funcional como estético, com mínima morbidade no sítio doador. O objetivo deste estudo é avaliar uma série de pacientes submetidos a reconstrução imediata após ressecção oncológica em couro cabeludo e fronte, demonstrando tática pessoal e experiência do autor. MÉTODO: Trata-se de análise retrospectiva de 25 pacientes operados no período de junho de 2009 a junho de 2011, submetidos a reconstrução de couro cabeludo e da fronte após tratamento de câncer de pele avançado dessa região. Foram estudados os seguintes parâmetros: sexo, idade, diagnóstico, estadiamento clínico, localização e dimensão do defeito, tática de reparo, complicações e estado clínico atual. RESULTADOS: Amostra composta de 25 pacientes, sendo 60% homens, com média de idade de 64,8 anos. O estádio clínico III foi o mais frequente (88%), o diagnóstico de maior incidência foi o de carcinoma espinocelular (84%) e a região biparietal foi a localização mais atingida (20%). O tamanho dos defeitos variou de 3,8 cm x 3,5 cm a 22,9 cm x 15 cm. A técnica de reparo mais utilizada (80%) foi a confecção de retalho local. Ocorreram 2 (8%) casos de necrose parcial do retalho e 1 (4%) caso de perda parcial do enxerto. Todos os pacientes estão vivos, dos quais apenas um apresenta sinais de neoplasia maligna em atividade (recidiva tumoral e fora de possibilidade terapêutica). Quanto aos aspectos funcional e estético, tanto o autor como os pacientes consideram o resultado bom. CONCLUSÕES: Na literatura internacional, são descritas várias técnicas de reconstrução do couro cabeludo. Na maioria dos casos com grande perda de tecidos moles, os retalhos microcirúrgicos são as opções mais aceitas. A reconstrução com retalhos locais de avanço constitui opção bastante segura e apresenta resultados favoráveis, com realização técnica mais simples e taticamente ideal para aqueles casos limítrofes de operabilidade. |
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Reconstrução de grandes defeitos de couro cabeludo e fronte em oncologia: tática pessoal e experiência - análise de 25 casosRetalhos cirúrgicosCirurgia plásticaCouro cabeludo/cirurgiaNeoplasias de cabeça e pescoçoProcedimentos cirúrgicos reconstrutivosINTRODUÇÃO: Neoplasias malignas extensas em couro cabeludo e fronte tornam-se um desafio para o cirurgião plástico, em decorrência das particularidades anatômicas da região. Apesar da existência de muitas técnicas para o reparo dos defeitos, a reconstrução ideal depende da avaliação criteriosa de cada caso clínico e tem por finalidade alcançar o melhor resultado, tanto funcional como estético, com mínima morbidade no sítio doador. O objetivo deste estudo é avaliar uma série de pacientes submetidos a reconstrução imediata após ressecção oncológica em couro cabeludo e fronte, demonstrando tática pessoal e experiência do autor. MÉTODO: Trata-se de análise retrospectiva de 25 pacientes operados no período de junho de 2009 a junho de 2011, submetidos a reconstrução de couro cabeludo e da fronte após tratamento de câncer de pele avançado dessa região. Foram estudados os seguintes parâmetros: sexo, idade, diagnóstico, estadiamento clínico, localização e dimensão do defeito, tática de reparo, complicações e estado clínico atual. RESULTADOS: Amostra composta de 25 pacientes, sendo 60% homens, com média de idade de 64,8 anos. O estádio clínico III foi o mais frequente (88%), o diagnóstico de maior incidência foi o de carcinoma espinocelular (84%) e a região biparietal foi a localização mais atingida (20%). O tamanho dos defeitos variou de 3,8 cm x 3,5 cm a 22,9 cm x 15 cm. A técnica de reparo mais utilizada (80%) foi a confecção de retalho local. Ocorreram 2 (8%) casos de necrose parcial do retalho e 1 (4%) caso de perda parcial do enxerto. Todos os pacientes estão vivos, dos quais apenas um apresenta sinais de neoplasia maligna em atividade (recidiva tumoral e fora de possibilidade terapêutica). Quanto aos aspectos funcional e estético, tanto o autor como os pacientes consideram o resultado bom. CONCLUSÕES: Na literatura internacional, são descritas várias técnicas de reconstrução do couro cabeludo. Na maioria dos casos com grande perda de tecidos moles, os retalhos microcirúrgicos são as opções mais aceitas. A reconstrução com retalhos locais de avanço constitui opção bastante segura e apresenta resultados favoráveis, com realização técnica mais simples e taticamente ideal para aqueles casos limítrofes de operabilidade.Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica2012-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-51752012000200011Revista Brasileira de Cirurgia Plástica v.27 n.2 2012reponame:Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online)instname:Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)instacron:SBCP10.1590/S1983-51752012000200011info:eu-repo/semantics/openAccessSouza,Cleyton Diaspor2012-09-06T00:00:00Zoai:scielo:S1983-51752012000200011Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1983-5175&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||rbcp@cirurgiaplastica.org.br2177-12351983-5175opendoar:2012-09-06T00:00Revista Brasileira de Cirurgia Plástica (Online) - Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)false |
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