Segurança e eficácia da cateterização cardíaca direita e esquerda pelo acesso transradial comparado ao transfemoral: experiência inicial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Tebet,Marden Andre
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Andrade,Pedro Beraldo de, Andrade,Mônica Vieira Athanazio de, Gentile,Milena, Mattos,Luiz Alberto Piva e, Labrunie,André
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972008000300013
Resumo: INTRODUÇÃO: A cateterização cardíaca direita e esquerda (CDE) é um limitante ao emprego da técnica transradial (TTR). Estudos recentes, porém, demonstram que o procedimento pode ser realizado de forma segura e eficaz com o uso de um acesso venoso periférico do antebraço. Avaliamos o uso da nova técnica comparando-a à técnica transfemoral (TTF). MÉTODO: Entre janeiro de 2006 e junho de 2008, 70 pacientes foram submetidos a CDE, sendo a TTR adotada a partir de setembro de 2007. O acesso venoso na TTR foi obtido na região antecubital através de cateter Jelco® 20. O objetivo do estudo foi avaliar a segurança e a eficácia da TTR comparada à TTF, por meio das taxas de sucesso do procedimento, da ocorrência de complicações intra-hospitalares relacionadas ao sítio de punção, e dos tempos de procedimento e fluoroscopia. RESULTADOS: Dentre os 70 pacientes analisados, 35 foram incluídos na TTR e 35, na TTF. Não houve diferença quanto às características clínicas entre os grupos, exceto pela maior porcentagem de pacientes em uso de anticoagulante oral na TTR (p = 0,005). Sucesso do procedimento foi obtido em 97,1% na TTR e em 100% na TTF (p > 0,99). O único insucesso da TTR resultou da não progressão do introdutor pelo acesso venoso, sendo convertido para TTF. A duração do procedimento foi menor na TTR comparativamente à TTF (28,28 ± 10,21 min vs. 42,85 ± 20,33 min; p = 0,0004). O tempo de fluoroscopia foi de 6,17 ± 2,42 min na TTR e de 8,39 ± 6,38 min na TTF (p = 0,060). Quanto às complicações vasculares no sítio de punção, houve 6 sangramentos menores na TTF e nenhum na TTR (p = 0,024). CONCLUSÃO: A realização de CDE pela TTR mostrou-se segura e eficaz, sendo uma alternativa real ao emprego da TTF, reduzindo o tempo do exame, as complicações vasculares e, possivelmente, os custos do procedimento.
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