Utilização do acesso radial elimina a ocorrência de sangramento grave relacionado ao sítio de punção após intervenção coronária percutânea primária
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972010000400006 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O acesso radial associa-se a baixa ocorrência de complicações vasculares. Essa característica o torna vantajoso nas síndromes coronárias agudas, em que é frequente o uso agressivo de terapias antiplaquetária e antitrombótica. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e a segurança do acesso radial na realização de intervenção percutânea primária, em que atrasos na reperfusão advindos de maior dificuldade técnica representariam um fator limitante. MÉTODO: Registro envolvendo pacientes submetidos a intervenção percutânea primária pelo acesso radial. Os desfechos de eficácia constituíram-se em mortalidade hospitalar, tempo porta-balão, obtenção de fluxo final TIMI III e conclusão do procedimento sem troca da via de acesso. A segurança foi avaliada por meio de taxa de sangramento grave e ocorrência de complicações relacionadas ao sítio de punção. RESULTADOS: Entre fevereiro de 2007 e novembro de 2009, 211 pacientes foram submetidos a intervenção percutânea primária, 201 por meio de aces-so radial. A média de idade foi de 59 anos, sendo 27,4% do sexo feminino e 22,4% portadores de diabetes melito. Foram obtidos fluxo final TIMI III em 91,5% dos pacientes e resolução do segmento ST > 50% em 88,5%, com taxa de crossover de 1,5%. A mortalidade hospitalar foi de 4,5% e a taxa de sangramento grave foi de 1%, sendo um episódio de hemorragia digestiva alta e uma queda de hemoglobina de 5 g/dl. As complicações vasculares relacionadas ao sítio de punção limitaram-se a três casos de hematoma tipo II e a dois casos de hematoma tipo III, sem repercussão clínica e com resolução espontânea. CONCLUSÃO: O acesso radial representa uma via eficaz e segura para a realização de intervenção coronária percutânea primária por operadores habituados ao emprego da técnica, com ocorrência virtualmente nula de complicações vasculares graves relacionadas ao sítio de punção. |
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Utilização do acesso radial elimina a ocorrência de sangramento grave relacionado ao sítio de punção após intervenção coronária percutânea primáriaArtéria radialAngioplastia transluminal percutânea coronáriaHemorragiaINTRODUÇÃO: O acesso radial associa-se a baixa ocorrência de complicações vasculares. Essa característica o torna vantajoso nas síndromes coronárias agudas, em que é frequente o uso agressivo de terapias antiplaquetária e antitrombótica. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e a segurança do acesso radial na realização de intervenção percutânea primária, em que atrasos na reperfusão advindos de maior dificuldade técnica representariam um fator limitante. MÉTODO: Registro envolvendo pacientes submetidos a intervenção percutânea primária pelo acesso radial. Os desfechos de eficácia constituíram-se em mortalidade hospitalar, tempo porta-balão, obtenção de fluxo final TIMI III e conclusão do procedimento sem troca da via de acesso. A segurança foi avaliada por meio de taxa de sangramento grave e ocorrência de complicações relacionadas ao sítio de punção. RESULTADOS: Entre fevereiro de 2007 e novembro de 2009, 211 pacientes foram submetidos a intervenção percutânea primária, 201 por meio de aces-so radial. A média de idade foi de 59 anos, sendo 27,4% do sexo feminino e 22,4% portadores de diabetes melito. Foram obtidos fluxo final TIMI III em 91,5% dos pacientes e resolução do segmento ST > 50% em 88,5%, com taxa de crossover de 1,5%. A mortalidade hospitalar foi de 4,5% e a taxa de sangramento grave foi de 1%, sendo um episódio de hemorragia digestiva alta e uma queda de hemoglobina de 5 g/dl. As complicações vasculares relacionadas ao sítio de punção limitaram-se a três casos de hematoma tipo II e a dois casos de hematoma tipo III, sem repercussão clínica e com resolução espontânea. CONCLUSÃO: O acesso radial representa uma via eficaz e segura para a realização de intervenção coronária percutânea primária por operadores habituados ao emprego da técnica, com ocorrência virtualmente nula de complicações vasculares graves relacionadas ao sítio de punção.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2010-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972010000400006Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.18 n.4 2010reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972010000400006info:eu-repo/semantics/openAccessAndrade,Pedro Beraldo deTebet,Marden AndréSilva,Felipe Souza Maia daAndrade,Mônica Vieira Athanazio deMattos,Luiz AlbertoLabrunie,Andrépor2012-08-06T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972010000400006Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-06T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
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