Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000200013 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Estudos prévios demonstram que há diferenças entre homens e mulheres em relação aos resultados clínicos pós-intervenção coronária percutânea (ICP). Buscamos avaliar as diferenças entre os gêneros na apresentação tanto clínica como angiográfica e nos resultados hospitalares de pacientes submetidos a ICP contemporânea. MÉTODOS: No período de 2002 a 2009, 6.067 pacientes consecutivos foram submetidos a ICP, dos quais 2.021 (33,3%) eram do sexo feminino. A técnica e a escolha do material durante o procedimento ficaram a cargo dos operadores. RESULTADOS: O sexo feminino mostrou ser mais idoso e com maior ocorrência de fatores de risco para aterosclerose, à exceção do tabagismo. Prevaleceu nas mulheres o quadro clínico de síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST. As mulheres apresentaram maior prevalência de doença uniarterial e menor prevalência de lesões B2/C, trombos, lesões em bifurcações, e disfunção ventricular moderada a grave. Os pacientes foram tratados predominantemente com stents não-farmacológicos e não foram observadas diferenças quanto ao diâmetro e à extensão dos stents. Não foram observadas diferenças na incidência hospitalar de eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores (1,5% vs. 1,4%; P = 0,76), óbito (0,9% vs. 0,6%; P = 0,15), acidente vascular cerebral (0,05% vs. 0,05%; P > 0,99), infarto agudo do miocárdio (0,7% vs. 1,1%; P = 0,16) e cirurgia de revascularização miocárdica de emergência (0,1% vs. 0; P = 0,62). Diabetes, coronariopatia multiarterial, lesões tipo B2/C e oclusões totais foram as variáveis que melhor explicaram a ocorrência de eventos hospitalares. CONCLUSÕES: As mulheres, que representam um terço dos pacientes submetidos a ICP em nosso serviço, têm perfil clínico mais grave, mas menor complexidade anatômica que os homens. Neste estudo, o sexo feminino não foi preditor de eventos clínicos adversos hospitalares. |
id |
SBHCI-1_ac277db109142b35c2124f906bcf2114 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S2179-83972011000200013 |
network_acronym_str |
SBHCI-1 |
network_name_str |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporâneaAngioplastiaStentsMulheresDoença das coronáriasINTRODUÇÃO: Estudos prévios demonstram que há diferenças entre homens e mulheres em relação aos resultados clínicos pós-intervenção coronária percutânea (ICP). Buscamos avaliar as diferenças entre os gêneros na apresentação tanto clínica como angiográfica e nos resultados hospitalares de pacientes submetidos a ICP contemporânea. MÉTODOS: No período de 2002 a 2009, 6.067 pacientes consecutivos foram submetidos a ICP, dos quais 2.021 (33,3%) eram do sexo feminino. A técnica e a escolha do material durante o procedimento ficaram a cargo dos operadores. RESULTADOS: O sexo feminino mostrou ser mais idoso e com maior ocorrência de fatores de risco para aterosclerose, à exceção do tabagismo. Prevaleceu nas mulheres o quadro clínico de síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST. As mulheres apresentaram maior prevalência de doença uniarterial e menor prevalência de lesões B2/C, trombos, lesões em bifurcações, e disfunção ventricular moderada a grave. Os pacientes foram tratados predominantemente com stents não-farmacológicos e não foram observadas diferenças quanto ao diâmetro e à extensão dos stents. Não foram observadas diferenças na incidência hospitalar de eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores (1,5% vs. 1,4%; P = 0,76), óbito (0,9% vs. 0,6%; P = 0,15), acidente vascular cerebral (0,05% vs. 0,05%; P > 0,99), infarto agudo do miocárdio (0,7% vs. 1,1%; P = 0,16) e cirurgia de revascularização miocárdica de emergência (0,1% vs. 0; P = 0,62). Diabetes, coronariopatia multiarterial, lesões tipo B2/C e oclusões totais foram as variáveis que melhor explicaram a ocorrência de eventos hospitalares. CONCLUSÕES: As mulheres, que representam um terço dos pacientes submetidos a ICP em nosso serviço, têm perfil clínico mais grave, mas menor complexidade anatômica que os homens. Neste estudo, o sexo feminino não foi preditor de eventos clínicos adversos hospitalares.Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI2011-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000200013Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.19 n.2 2011reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)instacron:SBHCI10.1590/S2179-83972011000200013info:eu-repo/semantics/openAccessGasperi,Ricardo deCantarelli,Marcelo José de CarvalhoCastello Jr.,Hélio JoséGonçalves,RosalyGioppato,SilvioGuimarães,João Batista de FreitasRibeiro,Evandro Karlo PracchiaVardi,Júlio César FranciscoSilva,Patrícia Teixeira daBarreto,RodrigoAlmeida,Leonardo Cao Cambra depor2012-08-03T00:00:00Zoai:scielo:S2179-83972011000200013Revistahttp://www.rbci.org.brONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||sbhci@sbhci.org.br2179-83970104-1843opendoar:2012-08-03T00:00Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea |
title |
Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea |
spellingShingle |
Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea Gasperi,Ricardo de Angioplastia Stents Mulheres Doença das coronárias |
title_short |
Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea |
title_full |
Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea |
title_fullStr |
Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea |
title_full_unstemmed |
Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea |
title_sort |
Impacto do sexo feminino nos resultados da intervenção coronária percutânea contemporânea |
author |
Gasperi,Ricardo de |
author_facet |
Gasperi,Ricardo de Cantarelli,Marcelo José de Carvalho Castello Jr.,Hélio José Gonçalves,Rosaly Gioppato,Silvio Guimarães,João Batista de Freitas Ribeiro,Evandro Karlo Pracchia Vardi,Júlio César Francisco Silva,Patrícia Teixeira da Barreto,Rodrigo Almeida,Leonardo Cao Cambra de |
author_role |
author |
author2 |
Cantarelli,Marcelo José de Carvalho Castello Jr.,Hélio José Gonçalves,Rosaly Gioppato,Silvio Guimarães,João Batista de Freitas Ribeiro,Evandro Karlo Pracchia Vardi,Júlio César Francisco Silva,Patrícia Teixeira da Barreto,Rodrigo Almeida,Leonardo Cao Cambra de |
author2_role |
author author author author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gasperi,Ricardo de Cantarelli,Marcelo José de Carvalho Castello Jr.,Hélio José Gonçalves,Rosaly Gioppato,Silvio Guimarães,João Batista de Freitas Ribeiro,Evandro Karlo Pracchia Vardi,Júlio César Francisco Silva,Patrícia Teixeira da Barreto,Rodrigo Almeida,Leonardo Cao Cambra de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Angioplastia Stents Mulheres Doença das coronárias |
topic |
Angioplastia Stents Mulheres Doença das coronárias |
description |
INTRODUÇÃO: Estudos prévios demonstram que há diferenças entre homens e mulheres em relação aos resultados clínicos pós-intervenção coronária percutânea (ICP). Buscamos avaliar as diferenças entre os gêneros na apresentação tanto clínica como angiográfica e nos resultados hospitalares de pacientes submetidos a ICP contemporânea. MÉTODOS: No período de 2002 a 2009, 6.067 pacientes consecutivos foram submetidos a ICP, dos quais 2.021 (33,3%) eram do sexo feminino. A técnica e a escolha do material durante o procedimento ficaram a cargo dos operadores. RESULTADOS: O sexo feminino mostrou ser mais idoso e com maior ocorrência de fatores de risco para aterosclerose, à exceção do tabagismo. Prevaleceu nas mulheres o quadro clínico de síndrome coronária aguda sem supradesnivelamento do segmento ST. As mulheres apresentaram maior prevalência de doença uniarterial e menor prevalência de lesões B2/C, trombos, lesões em bifurcações, e disfunção ventricular moderada a grave. Os pacientes foram tratados predominantemente com stents não-farmacológicos e não foram observadas diferenças quanto ao diâmetro e à extensão dos stents. Não foram observadas diferenças na incidência hospitalar de eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores (1,5% vs. 1,4%; P = 0,76), óbito (0,9% vs. 0,6%; P = 0,15), acidente vascular cerebral (0,05% vs. 0,05%; P > 0,99), infarto agudo do miocárdio (0,7% vs. 1,1%; P = 0,16) e cirurgia de revascularização miocárdica de emergência (0,1% vs. 0; P = 0,62). Diabetes, coronariopatia multiarterial, lesões tipo B2/C e oclusões totais foram as variáveis que melhor explicaram a ocorrência de eventos hospitalares. CONCLUSÕES: As mulheres, que representam um terço dos pacientes submetidos a ICP em nosso serviço, têm perfil clínico mais grave, mas menor complexidade anatômica que os homens. Neste estudo, o sexo feminino não foi preditor de eventos clínicos adversos hospitalares. |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-06-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000200013 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000200013 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S2179-83972011000200013 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.19 n.2 2011 reponame:Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) instname:Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) instacron:SBHCI |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) |
instacron_str |
SBHCI |
institution |
SBHCI |
reponame_str |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
collection |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online) - Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI) |
repository.mail.fl_str_mv |
||sbhci@sbhci.org.br |
_version_ |
1752122252374048768 |