Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922002000200004 |
Resumo: | OBJETIVO: Determinar a sensibilidade, a especificidade, os valores preditivos positivo e negativo e a acurácia de diferentes critérios eletrocardiográficos para vagotonia. MÉTODOS: Foram avaliados 74 atletas olímpicos brasileiros (51 homens e 23 mulheres) com idade entre 16 e 42 anos (24 ± 5 anos), tendo sido realizados, entre outros exames, um ECG de repouso de 12 derivações e uma avaliação do tônus vagal cardíaco (TVC) pelo teste de exercício sem carga de quatro segundos (T4s), cujo índice B/C (indicativo da magnitude do TVC) foi utilizado como padrão-ouro. O T4s é um teste que se baseia no mecanismo da taquicardia inicial do exercício e foi anteriormente padronizado e validado como capaz de avaliar o TVC sem influência do componente simpático. Dados de 10 atletas foram excluídos devido à presença de critérios ecocardiográficos para hipertrofia ventricular esquerda, ainda que provavelmente fisiológica. Com o auxílio de curvas ROC (receiver operating characteristic), selecionou-se o ponto de corte com a melhor combinação entre sensibilidade (Sens) e especificidade (Esp) para cada variável do ECG, calculando-se os valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) e a acurácia (AC). Foram ainda correlacionados o índice B/C e as variáveis do ECG. RESULTADOS: Há fraca associação entre o índice B/C e as variáveis do ECG, à exceção da duração do intervalo R-R (r = 0,353; P = 0,004), que também apresentou curva ROC significativa (chi2= 0,863; P = 0,002), sendo que o critério intervalo R-R > ou = 990ms apresentou os seguintes resultados: Sens - 100%; Esp - 73%; VPP 20%; VPN 100%; AC 75%. As variáveis do ECG que apresentaram pontos de corte com acurácia > 80% foram: amplitude da onda T em V5 > ou = 8,0mm; amplitude da onda T em V6 > ou = 7,0mm; amplitude da onda Q em V5 > ou = 7,0mm; amplitude da onda R em V4 > ou = 50,0mm; presença de supradesnível de ponto J em duas ou mais derivações; presença de supradesnível de segmento S-T em cinco ou mais derivações e presença de transição precordial rápida. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: O desempenho dos critérios eletrocardiográficos em termos de VPP, VPN e AC foi muito limitado, com a exceção da duração do intervalo R-R. A combinação de outros critérios como amplitude da onda T em V5 e V6, amplitude da onda R em V4 e presença de supradesnível de ponto J e do segmento S-T em várias derivações pode auxiliar na predição de vagotonia. |
id |
SBMEE-1_9b80dfb1902f8b78d22f98e0adef246f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1517-86922002000200004 |
network_acronym_str |
SBMEE-1 |
network_name_str |
Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROCCurvas ROCEletrocardiografiaTônus vagal cardíacoTeste de 4 segundosOBJETIVO: Determinar a sensibilidade, a especificidade, os valores preditivos positivo e negativo e a acurácia de diferentes critérios eletrocardiográficos para vagotonia. MÉTODOS: Foram avaliados 74 atletas olímpicos brasileiros (51 homens e 23 mulheres) com idade entre 16 e 42 anos (24 ± 5 anos), tendo sido realizados, entre outros exames, um ECG de repouso de 12 derivações e uma avaliação do tônus vagal cardíaco (TVC) pelo teste de exercício sem carga de quatro segundos (T4s), cujo índice B/C (indicativo da magnitude do TVC) foi utilizado como padrão-ouro. O T4s é um teste que se baseia no mecanismo da taquicardia inicial do exercício e foi anteriormente padronizado e validado como capaz de avaliar o TVC sem influência do componente simpático. Dados de 10 atletas foram excluídos devido à presença de critérios ecocardiográficos para hipertrofia ventricular esquerda, ainda que provavelmente fisiológica. Com o auxílio de curvas ROC (receiver operating characteristic), selecionou-se o ponto de corte com a melhor combinação entre sensibilidade (Sens) e especificidade (Esp) para cada variável do ECG, calculando-se os valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) e a acurácia (AC). Foram ainda correlacionados o índice B/C e as variáveis do ECG. RESULTADOS: Há fraca associação entre o índice B/C e as variáveis do ECG, à exceção da duração do intervalo R-R (r = 0,353; P = 0,004), que também apresentou curva ROC significativa (chi2= 0,863; P = 0,002), sendo que o critério intervalo R-R > ou = 990ms apresentou os seguintes resultados: Sens - 100%; Esp - 73%; VPP 20%; VPN 100%; AC 75%. As variáveis do ECG que apresentaram pontos de corte com acurácia > 80% foram: amplitude da onda T em V5 > ou = 8,0mm; amplitude da onda T em V6 > ou = 7,0mm; amplitude da onda Q em V5 > ou = 7,0mm; amplitude da onda R em V4 > ou = 50,0mm; presença de supradesnível de ponto J em duas ou mais derivações; presença de supradesnível de segmento S-T em cinco ou mais derivações e presença de transição precordial rápida. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: O desempenho dos critérios eletrocardiográficos em termos de VPP, VPN e AC foi muito limitado, com a exceção da duração do intervalo R-R. A combinação de outros critérios como amplitude da onda T em V5 e V6, amplitude da onda R em V4 e presença de supradesnível de ponto J e do segmento S-T em várias derivações pode auxiliar na predição de vagotonia.Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte2002-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922002000200004Revista Brasileira de Medicina do Esporte v.8 n.2 2002reponame:Revista brasileira de medicina do esporte (Online)instname:Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)instacron:SBMEE10.1590/S1517-86922002000200004info:eu-repo/semantics/openAccessLazzoli,José KawazoeCastro,Claudia Lúcia Barros deNóbrega,Antonio Claudio Lucas daAraújo,Claudio Gil Soares depor2006-05-18T00:00:00Zoai:scielo:S1517-86922002000200004Revistahttp://www.scielo.br/rbmeONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista@medicinadoesporte.org.br1806-99401517-8692opendoar:2006-05-18T00:00Revista brasileira de medicina do esporte (Online) - Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC |
title |
Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC |
spellingShingle |
Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC Lazzoli,José Kawazoe Curvas ROC Eletrocardiografia Tônus vagal cardíaco Teste de 4 segundos |
title_short |
Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC |
title_full |
Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC |
title_fullStr |
Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC |
title_full_unstemmed |
Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC |
title_sort |
Acurácia de critérios para vagotonia no eletrocardiograma de repouso de 12 derivações: uma análise com curvas ROC |
author |
Lazzoli,José Kawazoe |
author_facet |
Lazzoli,José Kawazoe Castro,Claudia Lúcia Barros de Nóbrega,Antonio Claudio Lucas da Araújo,Claudio Gil Soares de |
author_role |
author |
author2 |
Castro,Claudia Lúcia Barros de Nóbrega,Antonio Claudio Lucas da Araújo,Claudio Gil Soares de |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lazzoli,José Kawazoe Castro,Claudia Lúcia Barros de Nóbrega,Antonio Claudio Lucas da Araújo,Claudio Gil Soares de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Curvas ROC Eletrocardiografia Tônus vagal cardíaco Teste de 4 segundos |
topic |
Curvas ROC Eletrocardiografia Tônus vagal cardíaco Teste de 4 segundos |
description |
OBJETIVO: Determinar a sensibilidade, a especificidade, os valores preditivos positivo e negativo e a acurácia de diferentes critérios eletrocardiográficos para vagotonia. MÉTODOS: Foram avaliados 74 atletas olímpicos brasileiros (51 homens e 23 mulheres) com idade entre 16 e 42 anos (24 ± 5 anos), tendo sido realizados, entre outros exames, um ECG de repouso de 12 derivações e uma avaliação do tônus vagal cardíaco (TVC) pelo teste de exercício sem carga de quatro segundos (T4s), cujo índice B/C (indicativo da magnitude do TVC) foi utilizado como padrão-ouro. O T4s é um teste que se baseia no mecanismo da taquicardia inicial do exercício e foi anteriormente padronizado e validado como capaz de avaliar o TVC sem influência do componente simpático. Dados de 10 atletas foram excluídos devido à presença de critérios ecocardiográficos para hipertrofia ventricular esquerda, ainda que provavelmente fisiológica. Com o auxílio de curvas ROC (receiver operating characteristic), selecionou-se o ponto de corte com a melhor combinação entre sensibilidade (Sens) e especificidade (Esp) para cada variável do ECG, calculando-se os valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) e a acurácia (AC). Foram ainda correlacionados o índice B/C e as variáveis do ECG. RESULTADOS: Há fraca associação entre o índice B/C e as variáveis do ECG, à exceção da duração do intervalo R-R (r = 0,353; P = 0,004), que também apresentou curva ROC significativa (chi2= 0,863; P = 0,002), sendo que o critério intervalo R-R > ou = 990ms apresentou os seguintes resultados: Sens - 100%; Esp - 73%; VPP 20%; VPN 100%; AC 75%. As variáveis do ECG que apresentaram pontos de corte com acurácia > 80% foram: amplitude da onda T em V5 > ou = 8,0mm; amplitude da onda T em V6 > ou = 7,0mm; amplitude da onda Q em V5 > ou = 7,0mm; amplitude da onda R em V4 > ou = 50,0mm; presença de supradesnível de ponto J em duas ou mais derivações; presença de supradesnível de segmento S-T em cinco ou mais derivações e presença de transição precordial rápida. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: O desempenho dos critérios eletrocardiográficos em termos de VPP, VPN e AC foi muito limitado, com a exceção da duração do intervalo R-R. A combinação de outros critérios como amplitude da onda T em V5 e V6, amplitude da onda R em V4 e presença de supradesnível de ponto J e do segmento S-T em várias derivações pode auxiliar na predição de vagotonia. |
publishDate |
2002 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2002-04-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922002000200004 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922002000200004 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S1517-86922002000200004 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Medicina do Esporte v.8 n.2 2002 reponame:Revista brasileira de medicina do esporte (Online) instname:Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) instacron:SBMEE |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) |
instacron_str |
SBMEE |
institution |
SBMEE |
reponame_str |
Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
collection |
Revista brasileira de medicina do esporte (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista brasileira de medicina do esporte (Online) - Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE) |
repository.mail.fl_str_mv |
||revista@medicinadoesporte.org.br |
_version_ |
1752122230674817024 |