Atividade biológica in vitro de própolis e óleos essenciais sobre o fungo Colletotrichum musae isolado de bananeira (Musa spp.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BARBOSA,M.S.
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: VIEIRA,G.H.C., TEIXEIRA,A.V.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de plantas medicinais (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722015000200254
Resumo: RESUMO:No Brasil existem várias doenças fúngicas que acometem a bananeira. Destas, pode-se citar a antracnose, responsável por grandes prejuízos à cultura, cujo agente causal é o fungo Colletotrichum musae. A principal forma de controle dessa enfermidade é através da aplicação de fungicidas a base de tiabendazol ou tiofanato metílico. Esse manejo, embora eficiente, favorece o desenvolvimento de resistência do patógeno, causa danos ao ambiente e ao produtor, deixando ainda resíduos nos frutos. Esses fatores têm favorecido a busca por substâncias alternativas com capacidade de controlar o fungo e que não sejam nocivas ao ambiente e, principalmente, que sejam seguras ao consumidor final. Dentre as opções, surge o interesse pelo uso de certos óleos essenciais e da própolis, ambos conhecidos por possuírem propriedades fungicidas. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar o potencial fungitóxico "in vitro" da própolis e dos óleos essenciais de palmarosa (Cymbopogon martinii), de teatree(Melaleuca alternifolia), de cravo (Eugenia caryophyllata), e de eucalipto (Corymbia citriodora), sobre Colletotrichum musae. O desenvolvimento experimental consistiu em adicionar inóculos fúngicos de 5 mm, obtidos a partir de colônias puras, ao meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar) acrescido das referidas substâncias em diferentes concentrações (0, 25, 50, 75, 100 e 125 µL/L). Paralelo aos tratamentos realizou-se teste com o fungicida padrão para comparações das médias. A eficiência das substâncias sobre o fungo foi determinada através das avaliações do crescimento micelial das colônias (média de duas medidas diametralmente opostas). Os valores de crescimento micelial obtidos foram utilizados também para o cálculo do índice de velocidade de crescimento micelial. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 x 6 + 1, (cinco substâncias em seis concentrações + fungicida), com cinco repetições. Os óleos de tea tree, cravo e palmarosa foram eficientes no controle do fungo Colletotrichum musae não diferindo do fungicida a partir da dose de 50 µL/L em todas as avaliações, apresentando potencial para controle em cultivos orgânicos ou em sistemas de manejo integrado.
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