Vacina contra poliomielite: um novo paradigma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bricks,Lucia Ferro
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Paulista de Pediatria (Ed. Português. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822007000200013
Resumo: OBJETIVO: Analisar as estratégias propostas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para controle da poliomielite. FONTES DE DADOS: Levantamento das publicações sobre poliomielite indexadas no Medline, Lilacs e sites da OMS e Ministério da Saúde de janeiro de 2000 a dezembro de 2006. SÍNTESEDOS DADOS: O reconhecimento da paralisia associada aos vírus vacinais e por vírus circulantes derivados da vacina oral não deixa dúvidas de que, em breve, será necessário interromper o uso da vacina oral para poliomielite. Após os vírus selvagens serem erradicados, a vacina oral para poliomielite deverá ser interrompida, de preferência de forma sincronizada em todos os países. Após a interrupção da vacinação, as populações voltarão a ser suscetíveis à poliomielite, podendo ocorrer surtos da doença por vírus selvagens (escape dos laboratórios de forma acidental ou por bioterrorismo). Nos países que já utilizam a vacina para poliomielite com vírus inativado é pouco provável que haja interrupção da vacinação. Países que atualmente utilizam exclusivamente a vacina oral ficarão na dependência da vigilância epidemiológica e dos estoques de vacina oral para controlar eventuais surtos de pólio. Se a vacina oral para poliomielite for reintroduzida nessas populações, haverá novamente o risco de paralisia associada aos vírus vacinais e por vírus circulantes derivados da vacina oral, que podem se disseminar rapidamente para outras regiões e países vizinhos. CONCLUSÕES: É necessário planejar a introdução da vacina para poliomielite com vírus inativado no calendário de rotina brasileiro, assim como adquirir tecnologia para sua produção, que atualmente é insuficiente para as necessidades globais.
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