Perfil alimentar de uma comunidade de catadores de material reciclado e a relação com as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT)

• Autor(a) principal: Badiali, Andréia Suylan de Oliveira Lopes
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/8630
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO; Catadores; Escolaridade; Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT; Consumo alimentar; Hábitos alimentares

O estudo sobre o consumo alimentar de uma população é capaz de gerar uma série de informações que, de certa forma, refletem a sua organização social, uma vez que a alimentação constitui necessidade prioritária em qualquer. O presente trabalho é um estudo transversal, onde foi realizada uma pesquisa de campo em uma comunidade de catadores de material reciclado, localizada na região administrativa do DF, denominada Reciclo. Métodos: Foi aplicado um questionário em 35 adultos residentes nesta comunidade. O questionário foi composto por dados pessoais (sexo, data de nascimento, idade, escolaridade, estado civil), patologias, uso de medicamento contínuo, consumo de álcool, tabagismo, prática de atividade física, histórico familiar de doenças crônicas não transmissíveis, frequência que realiza as refeições, onde as realiza as refeições, frequência semanal do consumo de frutas, hortaliças, carnes, leite e derivados, ovos, leguminosas, suco natural de frutas, frituras, manteiga, massas, doces, sucos industrializados e refrigerantes. As pessoas da Comunidade Reciclo foram entrevistadas pelos estudantes do projeto de extensão Reciclo da Universidade Católica de Brasília, com o objetivo de correlacionar o perfil do consumo alimentar da comunidade ao fator de risco de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e hipertensão para indivíduos maiores de 18 anos. Resultados: A análise do consumo alimentar dessa comunidade permite sugerir que esses indivíduos estão mais sujeitos ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, tanto pelos dados realtivos aos hábitos de vida como também aos hábitos alimentares não saudáveis como o alto consumo de açúcar e baixo consumo de alimentos reguladores. Conclusão: Os achados deste trabalho apontam para a necessidade urgente de enfrentar os desafios e implementar medidas e políticas compensatórias para amenizar os efeitos danosos da desigualdade social. É preciso um esforço coletivo para modificar esta situação desastrosa que está sendo experimentada por grande parcela da população que não esta inserida no mercado formal de trabalho e afetando gravemente as suas próprias chances de sobrevivência.