A naturalização da violência nos debates sociais sobre o feminicídio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, Dayllana Gabriela Gomes Santos
Data de Publicação: 2020
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/13447
Resumo: A naturalização da violência contra a mulher passa por uma construção ao longo de anos, envolvendo diversos aspectos sociais. A mulher, vista em um papel de "coisa", é silenciada e a violência contra ela se torna justificada. Pode-se dizer que essas influências foram marcantes de tal modo que se nota ainda hoje suas influências sobre a aceitação da violência contra a mulher como algo natural. Este trabalho tem por objetivo, a partir da análise de comentários realizados em reportagens do Jornal Correio Braziliense, compreender os sentidos atribuídos socialmente à violência contra a mulher, assim como analisar como são compreendidas e interpretadas as estratégias para mitigar a ocorrência de feminicídios. A partir das análises dos comentários é possível compreender que, mesmo no século XXI, com diversas mudanças na estrutura social, ainda é possível notar diversas falas que reproduzem essa naturalização da violência. A mulher ainda é colocada em um papel de subordinação, possibilitando um lugar de invisibilidade, desqualificá-la quando vítima de violência, seja por meio da inversão da culpa, seja pela falta de cumprimento das leis enquanto garantia de direitos que foram negados durante anos e tidos nas falas como privilégios. Compreende-se a importância de se estabelecer diálogos a respeito, como forma de promover reflexões sobre a violência contra a mulher, assim como o engajamento do poder público e profissionais envolvidos, fornecendo suporte para vítima de violência e possibilitando mudanças sociais, podendo gerar rompimentos de ciclos de violência.
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Este trabalho tem por objetivo, a partir da análise de comentários realizados em reportagens do Jornal Correio Braziliense, compreender os sentidos atribuídos socialmente à violência contra a mulher, assim como analisar como são compreendidas e interpretadas as estratégias para mitigar a ocorrência de feminicídios. A partir das análises dos comentários é possível compreender que, mesmo no século XXI, com diversas mudanças na estrutura social, ainda é possível notar diversas falas que reproduzem essa naturalização da violência. A mulher ainda é colocada em um papel de subordinação, possibilitando um lugar de invisibilidade, desqualificá-la quando vítima de violência, seja por meio da inversão da culpa, seja pela falta de cumprimento das leis enquanto garantia de direitos que foram negados durante anos e tidos nas falas como privilégios. Compreende-se a importância de se estabelecer diálogos a respeito, como forma de promover reflexões sobre a violência contra a mulher, assim como o engajamento do poder público e profissionais envolvidos, fornecendo suporte para vítima de violência e possibilitando mudanças sociais, podendo gerar rompimentos de ciclos de violência.The naturalization of violence against women goes through a construction over years, involving various social aspects. The woman, seen in a role of "thing", is silenced and violence against her becomes justified. It can be said that these influences were marked in such a way that one still notices today its influences on the acceptance of violence against women as something natural. This work aims, from the analysis of comments made in reports of the Correio Braziliense Newspaper, to understand the meanings socially attributed to violence against women, as well as to analyze how strategies are understood and interpreted to mitigate the occurrence of feminicídios. From the analysis of the comments it is possible to understand that, even in the 21st century, with several changes in the social structure, it is still possible to notice several statements that reproduce this naturalization of violence. The woman is still placed in a role of subordination, enabling a place of invisibility, disqualifying her as a victim of violence, either through the inversion of guilt or by the lack of compliance with laws as a guarantee of rights that have been denied for years and taken in the speeches as privileges. It is understood the importance of establishing dialogues about it, as a way to promote reflections on violence against women, as well as the engagement ofthe public authorities and professionals involved, providing support for victims of violence and enabling social changes, which can generate disruptions of cycles of violence.Submitted by Cláudia de Fátima Moura (claudiaf@ucb.br) on 2020-08-03T16:51:56Z No. of bitstreams: 1 DayllanaGabrielaGomesSantosCoelhoTCCGraduacao2020.pdf: 2302817 bytes, checksum: d04e76147d5270ff9000af1d3be015b3 (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2020-08-07T20:07:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DayllanaGabrielaGomesSantosCoelhoTCCGraduacao2020.pdf: 2302817 bytes, checksum: d04e76147d5270ff9000af1d3be015b3 (MD5)Made available in DSpace on 2020-08-07T20:07:47Z (GMT). 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The naturalization of violence against women goes through a construction over years, involving various social aspects. The woman, seen in a role of "thing", is silenced and violence against her becomes justified. It can be said that these influences were marked in such a way that one still notices today its influences on the acceptance of violence against women as something natural. This work aims, from the analysis of comments made in reports of the Correio Braziliense Newspaper, to understand the meanings socially attributed to violence against women, as well as to analyze how strategies are understood and interpreted to mitigate the occurrence of feminicídios. From the analysis of the comments it is possible to understand that, even in the 21st century, with several changes in the social structure, it is still possible to notice several statements that reproduce this naturalization of violence. The woman is still placed in a role of subordination, enabling a place of invisibility, disqualifying her as a victim of violence, either through the inversion of guilt or by the lack of compliance with laws as a guarantee of rights that have been denied for years and taken in the speeches as privileges. It is understood the importance of establishing dialogues about it, as a way to promote reflections on violence against women, as well as the engagement ofthe public authorities and professionals involved, providing support for victims of violence and enabling social changes, which can generate disruptions of cycles of violence.
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