Unamuno e a poiesis educativa: as técnicas de ensino e aprendizagem analisadas a partir dos elementos do triângulo pedagógico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Emanuel José Maroco dos
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Conjectura: filosofia e educação
Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/3332
Resumo: O presente artigo procura determinar a poiesis educativa unamuniana, ou seja, as técnicas de ensino e de aprendizagem propostas por Unamuno para o ensino espanhol das primeiras décadas do século XX. Num primeiro momento, centrar-se-á no eixo professor-aluno. Para o autor, o decisivo é que a relação que une professor e aluno não seja austera como na escolástica, na qual os referidos elementos permaneciam afastados entre si, mas que fosse estruturada numa espécie de amor filial. A sua proposta pedagógica consiste, portanto, na substituição do velho paradigma educativo escolástico por um personalismo educacional que fosse capaz de conceber professor e aluno como pai e filho em espírito. Num segundo momento, valoraremos as suas propostas pedagógicas para o eixo professor-saber, que, na sua perspetiva, deveria deixar de ser pensado como um templo do saber para passar a ser concebido como um mediador das aprendizagens, como o demonstra a sua famosa definição como agitador de espíritos. Depois, e em relação direta com os resultados anteriores, analisaremos a forma como o autor estrutura o eixo aluno-saber. Unamuno, ao recusar a conceção escolástica de discente como recipiente vazio, considera que este deveria aprender mais procedimentos que conteúdos, de tal forma que fosse capaz de procurar por si mesmo o saber que necessita, com constância, esforço e trabalho. E, num último momento, deslindaremos as suas sui generis conceções epistemológicas de saber e verdade céticas.  
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O presente artigo procura determinar a poiesis educativa unamuniana, ou seja, as técnicas de ensino e de aprendizagem propostas por Unamuno para o ensino espanhol das primeiras décadas do século XX. Num primeiro momento, centrar-se-á no eixo professor-aluno. Para o autor, o decisivo é que a relação que une professor e aluno não seja austera como na escolástica, na qual os referidos elementos permaneciam afastados entre si, mas que fosse estruturada numa espécie de amor filial. A sua proposta pedagógica consiste, portanto, na substituição do velho paradigma educativo escolástico por um personalismo educacional que fosse capaz de conceber professor e aluno como pai e filho em espírito. Num segundo momento, valoraremos as suas propostas pedagógicas para o eixo professor-saber, que, na sua perspetiva, deveria deixar de ser pensado como um templo do saber para passar a ser concebido como um mediador das aprendizagens, como o demonstra a sua famosa definição como agitador de espíritos. Depois, e em relação direta com os resultados anteriores, analisaremos a forma como o autor estrutura o eixo aluno-saber. Unamuno, ao recusar a conceção escolástica de discente como recipiente vazio, considera que este deveria aprender mais procedimentos que conteúdos, de tal forma que fosse capaz de procurar por si mesmo o saber que necessita, com constância, esforço e trabalho. E, num último momento, deslindaremos as suas sui generis conceções epistemológicas de saber e verdade céticas.Palavras-chave: Pedagogia. Professor. Aluno. Saber.
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