Doar ou não doar, eis a questão: impasses subjetivos no processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cajado, Maria Constança Velloso
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCSAL
Texto Completo: http://ri.ucsal.br:8080/jspui/handle/prefix/1500
Resumo: A negativa familiar para doação é um dos principais entraves do processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes no Estado da Bahia. A família é a principal responsável pela decisão sobre a doação. Consideramos a falta de informação da população como um fator relevante. Entretanto, o profissional que conduz a entrevista familiar para doação de órgãos tem um papel fundamental nesse momento de decisão. O objetivo deste trabalho é revelar os impasses subjetivos intervenientes em familiares e profissionais que participam do referido processo. Especificamente, buscamos identificar a percepção dos profissionais sobre o afeto, sentimento e emoção na experiência vivida pelos familiares, como também a sua própria experiência durante a entrevista familiar para doação. Interrogamos se os profissionais identificam e manejam os impasses subjetivos quando do acompanhamento a familiares de pacientes potenciais doadores de um hospital geral da cidade de Salvador. Questionamos se as condições de realização da entrevista familiar para doação são favoráveis para a decisão. Interrogamos se a família apresenta demanda para ser assistida em suas questões subjetivas desde um momento anterior à referida entrevista. O estudo tem como base a teoria psicanalítica e foi orientado por uma abordagem qualitativa baseada em Turato (2010) e Minayo (2010). Utilizamos três estratégias de coleta de dados: diários de campo; entrevista familiar e entrevista profissional. Foram acompanhadas dez famílias durante a realização da entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos. Posteriormente, realizamos entrevistas individuais com um membro da família e com o profissional que conduziu a entrevista da doação. Os dez casos foram elaborados a partir dos três instrumentos acima referidos e de articulações teóricas com a psicanálise. A angústia foi o afeto mais presente nos casos analisados. Os profissionais apresentam dificuldades para lidar com os aspectos subjetivos que envolvem o processo. Outro fator significativo revelado no presente estudo foi o curto espaço de tempo oferecido à família entre a comunicação da morte encefálica e a decisão sobre a doação. Nesse sentido, a partir da teoria psicanalítica no que se refere ao tempo lógico, consideramos que a família passa do instante de ver a possibilidade da morte para o momento de concluir sobre a doação sem passar pelo tempo de compreender o real da morte. Nesse estudo houve negativa familiar em setenta por cento dos casos. Consideramos que a família, além de ser acolhida, ela precisa ser escutada em sua demanda subjetiva desde a abertura do protocolo de morte encefálica, até o momento da entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos para transplantes.
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Interrogamos se os profissionais identificam e manejam os impasses subjetivos quando do acompanhamento a familiares de pacientes potenciais doadores de um hospital geral da cidade de Salvador. Questionamos se as condições de realização da entrevista familiar para doação são favoráveis para a decisão. Interrogamos se a família apresenta demanda para ser assistida em suas questões subjetivas desde um momento anterior à referida entrevista. O estudo tem como base a teoria psicanalítica e foi orientado por uma abordagem qualitativa baseada em Turato (2010) e Minayo (2010). Utilizamos três estratégias de coleta de dados: diários de campo; entrevista familiar e entrevista profissional. Foram acompanhadas dez famílias durante a realização da entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos. Posteriormente, realizamos entrevistas individuais com um membro da família e com o profissional que conduziu a entrevista da doação. Os dez casos foram elaborados a partir dos três instrumentos acima referidos e de articulações teóricas com a psicanálise. A angústia foi o afeto mais presente nos casos analisados. Os profissionais apresentam dificuldades para lidar com os aspectos subjetivos que envolvem o processo. Outro fator significativo revelado no presente estudo foi o curto espaço de tempo oferecido à família entre a comunicação da morte encefálica e a decisão sobre a doação. Nesse sentido, a partir da teoria psicanalítica no que se refere ao tempo lógico, consideramos que a família passa do instante de ver a possibilidade da morte para o momento de concluir sobre a doação sem passar pelo tempo de compreender o real da morte. Nesse estudo houve negativa familiar em setenta por cento dos casos. Consideramos que a família, além de ser acolhida, ela precisa ser escutada em sua demanda subjetiva desde a abertura do protocolo de morte encefálica, até o momento da entrevista familiar para doação de órgãos e tecidos para transplantes.Family's negative answer about donation is a major constraint in the process of donating organs and tissue for transplants in the state of Bahia. The family is the primarily responsible for the decision about donation. We consider the lack of information of the population as a factor. However, the professional who conducts the interview family for organ donation has a key role in this moment of decision.The objective of this study is to reveal the subjective deadlocks of family and professional who participate in this process. Specifically, we sought to identify the professionals' perception, feeling and emotion in the family experience, as well as his own experience during the family interview for donation. We had to question the professionals if they could identify and handle the deadlocks subjective when they are monitoring the potential donor family members of patients in a general hospital of Salvador. We question whether the conditions of the interview family for donation are favorable for the decision. Was questioned if the family has demand to be assisted in their subjective questions from a time prior to that interview. The study is based on psychoanalytic theory and was guided by a qualitative approach based on Turato (2010) and Minayo (2010). We used three data collection strategies, field diaries, family interview and job interview. Ten families were accompanied during the interview family for the donation of organs and tissues. Subsequently, we conducted individual interviews with a family member and a person who conducted the interview of the donation. The ten cases were drawn from the three instruments mentioned above and theoretical articulations with psychoanalysis. The anguish was the affection more present in the cases analyzed. Professionals have difficulty dealing with the subjective aspects that involve the process. Another significant factor revealed in the present study was the short time given to the family of communication between brain death and the decision about donation. In this sense, from the psychoanalytic theory in relation to logical time, we believe that the family spends the time to see the possibility of death for the moment to conclude about giving without spending the time to understand the real death. In this study there was a negative family in seventy percent of cases. We consider the family, and be accepted, it must be heard in their subjective demand since the opening of brain death protocol, until the moment of family interview for donation of organs and tissues for transplantation.Submitted by Rosemary Magalhães (rosemary.magalhaes@ucsal.br) on 2020-04-20T22:53:02Z No. of bitstreams: 1 DISSERTACAOMARIACAJADO.pdf: 1463255 bytes, checksum: 2c047ac0ac92559ae498507a22e61e83 (MD5)Approved for entry into archive by Rosemary Magalhães (rosemary.magalhaes@ucsal.br) on 2020-04-20T22:53:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTACAOMARIACAJADO.pdf: 1463255 bytes, checksum: 2c047ac0ac92559ae498507a22e61e83 (MD5)Made available in DSpace on 2020-04-20T22:53:59Z (GMT). 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