Notas de Análise Combinatória na Matemática Islâmica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim Cearense de Educação e História da Matemática (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.uece.br/index.php/BOCEHM/article/view/4949 |
Resumo: | Estudos apontam para uma escassez de pesquisas sobre a História da Matemática Islâmica em Língua Portuguesa, não sendo diferente se olharmos para o conteúdo de Análise combinatória. Quando, no Brasil, é retratado o raciocínio combinatório, a discussão normalmente fica restrita à Europa. Nesse sentido, o objetivo deste relato é apresentar notas históricas do pensamento combinatório não eurocêntricas, especificamente, islâmicas. Para isto, fizemos um estudo bibliográfico baseado em fontes secundárias dos principais pesquisadores internacionais da área. Destacamos que eles seguem uma linha historiográfica tradicional ao olhar para os textos originais com olhos do presente. São apresentadas neste estudo notas sobre três estudiosos islâmicos de períodos distintos, mas que estão, de certo modo, conectados uns aos outros. O primeiro deles, Ibn al-Banna (1256 – 1321), que viveu em Maraquexe, afirma em sua obra que se baseou no trabalho de al-Muncin (? – 1228), também dessa cidade. Esse é o segundo estudioso a quem dedicamos alguns parágrafos para comentar sobre a seção XI de seu principal manuscrito, na qual descrevia métodos e problemas de Análise combinatória, sendo uma ampliação do trabalho de al-Khalil (718 – 798), linguista e lexicógrafo que viveu em Baçorá, atual Iraque. Além de ser considerado o autor do primeiro dicionário de Língua Árabe, al-Khalil fez uso do pensamento combinatório para calcular o número de palavras que se poderia escrever com até cinco letras. Por meio dessas notas históricas podemos perceber como a Análise combinatória foi utilizada por estudiosos de matemática e linguistas no medievo islâmico, reunindo informações úteis a professores e pesquisadores. Esperamos que o caráter não eurocêntrico, especialmente no que diz respeito à perspectiva islâmica, possa ter sido levantado nessas curtas notas históricas. Ressaltamos a possibilidade e a necessidade de pesquisas mais profundas sobre o tema em Língua Portuguesa e baseadas em textos originais. Palavras-chave: Análise combinatória; Matemática Islâmica; Não-eurocentrismo. |
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