Variabilidade da frequência cardíaca em pré-púberes : reprodutibilidade e efeitos do treinamento e destreinamento físico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carla Cristiane da Silva
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
Texto Completo: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000198104
Resumo: As propostas do presente trabalho foram: 1) realizar uma revisão sistemática com meta-análise para determinar a influência do treinamento físico sobre a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em crianças saudáveis; 2) padronizar e analisar a reprodutibilidade interdias para as medidas de VFC de repouso; e 3) verificar os efeitos do treinamento aeróbio de 10 semanas sobre o desempenho aeróbio e a função autonômica cardíaca em repouso. Para realização da revisão sistemática foram realizadas buscas em 10 bases de dados. Dos 6164 registros identificados apenas 2 foram elegíveis e incluídos na meta-análise. A meta-análise não identificou diferenças entre os grupos experimental e controle, em nenhum dos índices de VFC. No segundo estudo, a padronização da medida de VFC em repouso foi testada em três posições: deitada, sentada e em pé. As avaliações da VFC foram realizadas em crianças de sete a nove anos de ambos os sexos em dois momentos separados por sete dias. A confiabilidade foi analisada por meio do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e o coeficiente de variação (CV). Os resultados demonstraram que a posição supina foi mais reprodutível, com excelente confiabilidade (CCI>0,90) para os intervalos RR, o SDNN, RMSSD e SD1. Assim, esta postura foi a mais indicada para avaliação da VFC interdias em crianças saudáveis.O terceiro estudo foi conduzido seguindo as normas do Consort–Statement. Cento e sessenta crianças de sete a nove anos pré-púberes foram aleatorizados para participar no grupo experimental ou controle. O grupo experimental realizou treinamento contínuo e intervalado de alta intensidade durante 10 semanas. Um teste progressivo de campo foi realizado para avaliação do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e determinação da máxima velocidade aeróbia (MVA). A VFC de repouso foi registrada nos momentos Pré, Pós 5 semanas, Pós 10 semanas e follow-up. Os resultados demonstraram aumento nos índices parassimpáticos (RMSSD e SD1) e no VO2max no grupo experimental Pós 10 semanas. O destreinamento ocasionou redução tanto nos índices da VFC como nos relacionados a aptidão aeróbia. Conclui-se que a partir dos dados disponíveis dos ensaios clínicos aleatórios não são fortes o suficiente para confirmar que o treinamento físico influencia sobre a VFC. No entanto, o terceiro estudo demonstrou que treinamento aeróbio misto (intervalado e contínuo) em crianças saudáveis durante 10 semanas respondem positivamente aumentando a modulação autonômica cardíaca de repouso e o desempenho aeróbio (VO2max e MVA).
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisVariabilidade da frequência cardíaca em pré-púberes : reprodutibilidade e efeitos do treinamento e destreinamento físicoHeart rate variability in prepubertal children: reproducibility and effects of physical training and detraining2014-10-13Fábio Yuzo Nakamura . Bruno Moreira Silva Felipe Fossati Reichert Marli Cardoso Martins Pinge Fabiana Andrade MachadoCarla Cristiane da SilvaUniversidade Estadual de Londrina, Universidade Estadual de Maringá. Centro de Educação Física e Esporte. Programa de Pós-Graduação em Educação Física.URLBRAs propostas do presente trabalho foram: 1) realizar uma revisão sistemática com meta-análise para determinar a influência do treinamento físico sobre a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) em crianças saudáveis; 2) padronizar e analisar a reprodutibilidade interdias para as medidas de VFC de repouso; e 3) verificar os efeitos do treinamento aeróbio de 10 semanas sobre o desempenho aeróbio e a função autonômica cardíaca em repouso. Para realização da revisão sistemática foram realizadas buscas em 10 bases de dados. Dos 6164 registros identificados apenas 2 foram elegíveis e incluídos na meta-análise. A meta-análise não identificou diferenças entre os grupos experimental e controle, em nenhum dos índices de VFC. No segundo estudo, a padronização da medida de VFC em repouso foi testada em três posições: deitada, sentada e em pé. As avaliações da VFC foram realizadas em crianças de sete a nove anos de ambos os sexos em dois momentos separados por sete dias. A confiabilidade foi analisada por meio do coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e o coeficiente de variação (CV). Os resultados demonstraram que a posição supina foi mais reprodutível, com excelente confiabilidade (CCI>0,90) para os intervalos RR, o SDNN, RMSSD e SD1. Assim, esta postura foi a mais indicada para avaliação da VFC interdias em crianças saudáveis.O terceiro estudo foi conduzido seguindo as normas do Consort–Statement. Cento e sessenta crianças de sete a nove anos pré-púberes foram aleatorizados para participar no grupo experimental ou controle. O grupo experimental realizou treinamento contínuo e intervalado de alta intensidade durante 10 semanas. Um teste progressivo de campo foi realizado para avaliação do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e determinação da máxima velocidade aeróbia (MVA). A VFC de repouso foi registrada nos momentos Pré, Pós 5 semanas, Pós 10 semanas e follow-up. Os resultados demonstraram aumento nos índices parassimpáticos (RMSSD e SD1) e no VO2max no grupo experimental Pós 10 semanas. O destreinamento ocasionou redução tanto nos índices da VFC como nos relacionados a aptidão aeróbia. Conclui-se que a partir dos dados disponíveis dos ensaios clínicos aleatórios não são fortes o suficiente para confirmar que o treinamento físico influencia sobre a VFC. No entanto, o terceiro estudo demonstrou que treinamento aeróbio misto (intervalado e contínuo) em crianças saudáveis durante 10 semanas respondem positivamente aumentando a modulação autonômica cardíaca de repouso e o desempenho aeróbio (VO2max e MVA).The purposes of the present study were: 1) to perform a systematic review with meta-analysis to determine the influence of physical training on heart rate variability (HRV) in healthy children; 2) to perform inter-day stardardization and reproducibility for measuring resting HRV; 3) to verify the effects of 10 weeks of aerobic training on aerobic performance and cardiac autonomic function at rest. In order to perform the systematic review, searches were conducted in 10 databases. Of the 6,164 records identified, only two were eligible and included in the meta-analysis. The meta-analysis did not identify differences between the experimental and control groups for any of the HRV indices. In the second stage of the study, we performed the standardization for measurements of resting HRV in three different positions: lying, sitting and standing was performed. Two HRV assessments, separated by seven days, were carried out in children aged seven-nine years of both sexes. Reliability was assessed by the coefficient of intra-class correlation (ICC) and the coefficient of variation (CV %). The results showed that the supine position is more reproducible, with excellent reliability (ICC> 0.90) for the RR, SDNN, RMSSD and SD1 intervals. Thus, this approach was indicated for assessment of HRV inter-days in children. The third stage of the study was conducted following the guidelines of the Consort-Statement. One hundred and sixty, healthy prepubertal children from seven-nine years old were randomized to participate in either an experimental or control group. The experimental group performed continuous and interval training at high intensity for 10 weeks. A progressive field test for the assessment of VO2max and determination of maximal aerobic speed (MVA) was performed. The HRV was recorded at rest at 4 moments: Pre, 5 weeks post, 10 weeks post and follow-up. The results demonstrated an increase in the parasympathetic indices (RMSSD and SD1) and VO2max in the experimental group Post 10 weeks The detraining caused a reduction in both the HRV indices and those related to aerobic fitness. It is concluded that the available data from randomized clinical trials are not strong enough to confirm the influences of physical training on HRV. However, the third stage of the study showed that combined aerobic training (interval and continuous) for 10 weeks in healthy children generated a positive response; increasing the cardiac autonomic modulation at rest and aerobic performance (VO2max and MVA).http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000198104porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-11T09:30:40Zoai:uel.br:vtls000198104Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2015-05-11T11:33:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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