PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ACIDENTES OFÍDICOS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NO PERÍODO DE 2001 A 2012

• Autor(a) principal: Carniatto, Caio Henrique de Oliveira
• Data de Publicação: 2018
• Outros Autores: Schultz, Cristiany, Pombo, Ana Paula Miranda Mundim
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista de Ciência Veterinária e Saúde Pública
• Texto Completo: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevCiVet/article/view/37272
• topic: Bothrops; Crotalus; Epidemiologia; Ofidismo

O objetivo deste estudo foi analisar o perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos no município de São Paulo, nos anos de 2001 a 2012. Foram utilizados dados secundários provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN. Nos anos estudados, foram notificados 738 acidentes ofídicos no município de São Paulo, com maior frequência nos meses mais quentes, de outubro a abril. A maioria dos casos envolveu vítimas predominantemente do sexo masculino, com idade entre 20 e 59 anos. As serpentes responsáveis pelas notificações foram representadas pelo gênero: Bothrops, Crotalus, Micrurus e Lachesis. Acidentes com Bothrops representaram 61,65% dos casos notificados, seguidos por notificações com Crotalus (2,71%). Acidentes com Micrurus e Lachesis foram raros, enquanto que 197 casos ocorreram com serpentes não peçonhentas. A classificação final dos acidentes foi estratificada em leve, moderado e grave. A maioria dos acidentes foi classificada como leve, e não foram notificados óbitos, tampouco de quadros decorrentes ao envenenamento, como infecções. Os resultados deste estudo corroboram com a epidemiologia de acidentes ofídicos em outras regiões do Brasil, sendo mais frequentes em meses quentes, quando as serpentes estão mais ativas e em período reprodutivo, e as vítimas são predominantemente a população masculina adulta.