A queda do céu como uma autobiografia menor

• Autor(a) principal: Fernandes, Francisco Felipe Paiva
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2710
• topic: Crítica literária. Teoria Literária. Narrativa autobiográfia; CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS

A queda do céu como uma autobiografia menor tem como objetivo realizar uma análise teórica da obra A queda do céu (2015), de Davi Kopenawa e Bruce Albert. De forma específica, optou-se por contrapor o cânone teórico, que versa sobre as escritas do eu, ao texto supracitado, visando propor novos conceitos que subsidiem uma interpretação renovada de tal escritura literária. Dessa maneira, os problemas apontados visibilizam os limites heurísticos que as próprias teorias subsidiam quando deparadas com a textualidade, visto que, em nossas análises, consideramos que as teorias não favorecem um campo profícuo e valoroso para a interpretação de A queda do Céu. Diante dessa constatação, delimitamos o percurso metodológico que se segue: realizamos uma arqueologia foucaultiana das teorias, determinando, com isso, as condições de possibilidade da emergência desses saberes. Como resultado parcial, conseguimos realizar um diagnóstico em torno dos principais problemas epistêmicos, bem como das mais importantes linhas compreensivas que as epistemes apresentam. Posteriormente, propusemos novas formas interpretativas, bem como novas abordagens em torno de A queda do céu. Construirmos o conceito de autobiografia menor para definir a maneira tal qual apreendemos a obra. Nosso trabalho renova a noção de real e representacional, que orienta boa parte da teoria literária, assim como uma nova maneira de entendermos a função do narrador em narrativas autobiográficas. Assim, para a fundamentação teórica deste trabalho, foram utilizados autores de orientações diversas, como: Michel Foucault (2008), Jacques Derrida (2009), Judith Butler (1997), Philipe Lejuene (2008), Paul De Man (1996), Leonor Arfuch (2010), Jacques Lacan (1999), Roy Wagner (2010), Eduardo Viveiros de Castro (2015) e Deleuze & Guattari (2014).