Vestígios, “negrofuligens” e “feitiço”: rastros de africanidade na constituição de uma filosofia negro-brasileira
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Odeere |
Texto Completo: | https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/10515 |
Resumo: | Este artigo atende às provocações dos seres encantados que atuam na construção de nossa Filosofia afro-brasileira estimulando a criação de novas epistemologias através do fazer-negro centrado no mistério, na Força Vital, no diálogo com o Tambor e o Batuque e no poder da Palavra, todos estes saberes ancestrais que preenchem e conduzem nossa formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamos propor novos olhares para a(s) história(s) dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista. formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamospropor novos olhares para a(s) história(s) dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista. |
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Vestígios, “negrofuligens” e “feitiço”: rastros de africanidade na constituição de uma filosofia negro-brasileiraTraces, “black soots” and “spell”: traces of africanity in the constitution of a black-brazilian philosophyRastros, “hollines negros” y “hechizo”: rastros de africanidad en la constitución de una filosofía negro-brasileñaFilosofia Negro-brasileiraEpistemologias Afro-brasileirasFeitiçoAncestralidadeMulheres NegrasBlack-Brazilian PhilosophyAfro-Brazilian epistemologiesSpellAncestryBlack WomenFilosofía Negro-BrasileñaEpistemologías afrobrasileñasDeletrearAscendenciaMujeres negrasEste artigo atende às provocações dos seres encantados que atuam na construção de nossa Filosofia afro-brasileira estimulando a criação de novas epistemologias através do fazer-negro centrado no mistério, na Força Vital, no diálogo com o Tambor e o Batuque e no poder da Palavra, todos estes saberes ancestrais que preenchem e conduzem nossa formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamos propor novos olhares para a(s) história(s) dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista. formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamospropor novos olhares para a(s) história(s) dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista.This article responds to the provocations of the enchanted beings who work in the construction of our Afro-Brazilian Philosophy, stimulating the creation of new epistemologies through the making-black centered on the mystery, on the Vital Force, on the dialogue with the Drum and the Batuque and on the power of the Word. , all these ancestral knowledge that fill and guide our academic formation as women and black-peripheral people. We will use the terms “Afro-Brazilian Philosophy” or “Black-Brazilian Philosophy” to address these types of knowledge without any differentiation between them. We are two researchers who work on the traces of Africanity in artistic and sociocultural expressions, seeking their meanings and political impacts in contemporary times. Through studies in the social sciences, ethnic-racial relations and the artistic field, we want to identify, investigate and record the black-Brazilian philosophy, the founder of an epistemology proposed by black women, based on the African legacy and guided by the dialogue between material and immaterial. . We wish to propose new perspectives on the history(s) of the ancestors and descendants of Africans, contributing to the strengthening and re-construction of the western social imaginary in the sense of anti-racist emancipation. The proposal in question in this article points out sophisticated cultural expressions of the black community, which corroborate the resignification of this collectivity deprived of its humanity by the racist structure.Este artículo responde a las provocaciones de los seres encantados que actúan en la construcción de nuestra Filosofía Afrobrasileña, estimulando la creación de nuevas epistemologías a través del hacer-negro centrado en el misterio, en la Fuerza Vital, en el diálogo con el Tambor y el batuque y sobre el poder de la palabra, todos estos saberes ancestrales que llenan y guían nuestra formación académica como mujeres y negros-periféricos. Usaremos los términos “Filosofía afrobrasileña” o “Filosofía negra-brasileña” para abordar estos tipos de conocimiento sin diferenciación alguna entre ellos. Somos dos investigadoras que trabajamos sobre las huellas de la africanidad en las expresiones artísticas y socioculturales, buscando sus significados e impactos políticos en la contemporaneidad. A través de estudios en las ciencias sociales, las relaciones étnico-raciales y el campo artístico, queremos identificar, investigar y registrar la filosofía negro-brasileña, fundadora de una epistemología propuesta por mujeres negras, basada en el legado africano y guiada por el diálogo. entre lo material y lo inmaterial. . Deseamos proponer nuevas perspectivas sobre la(s) historia(s) de los antepasados y descendientes de africanos, contribuyendo al fortalecimiento y reconstrucción del imaginario social occidental en el sentido de la emancipación antirracista. La propuesta en cuestión en este artículo apunta a sofisticadas expresiones culturales de la comunidad negra, que corroboran la resignificación de esta colectividad despojada de su humanidad por la estructura racista.Edições UESB2022-05-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPeer-reviewed articleArtigo avaliado pelos paresArtículo revisado por paresapplication/pdfhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/1051510.22481/odeere.v7i1.10515ODEERE; Vol. 7 Núm. 1 (2022): Debates y enfrentamientos sobre las Mujeres y la Diversidad étnico-racial en los Países Africanos; 217-234ODEERE; Vol. 7 No. 1 (2022): Debates and clashes on Women and Ethnic-racial diversity in African Countries; 217-234ODEERE; v. 7 n. 1 (2022): (jan./abr.) - Debates e embates sobre as Mulheres e a Diversidade étnico-racial nos Países Africanos; 217-234ODEERE; Vol. 7 No. 1 (2022): (jan./abr.) - Debates e embates sobre as Mulheres e a Diversidade étnico-racial nos Países Africanos; 217-2342525-4715reponame:Revista Odeereinstname:Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)instacron:UESBporhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/10515/6794Copyright (c) 2022 ODEEREhttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSantos, Elisangela de Jesusde Lima, Ludmilla Lis Andrade2022-08-26T17:12:19Zoai:periodicos.periodicos2.uesb.br:article/10515Revistahttp://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/indexPUBhttps://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/oairevistaodeere@uesb.edu.br||2525-47152525-4715opendoar:2022-08-26T17:12:19Revista Odeere - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)false |
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Este artigo atende às provocações dos seres encantados que atuam na construção de nossa Filosofia afro-brasileira estimulando a criação de novas epistemologias através do fazer-negro centrado no mistério, na Força Vital, no diálogo com o Tambor e o Batuque e no poder da Palavra, todos estes saberes ancestrais que preenchem e conduzem nossa formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamos propor novos olhares para a(s) história(s) dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista. formação acadêmica como mulheres e pessoas negro-periféricas. Utilizaremos os termos “Filosofia afro-brasileira” ou ainda “Filosofia negro-brasileira” para tratar desses saberes sem que haja diferenciação entre eles. Somos duas pesquisadoras que trabalham os rastros de africanidade nas expressões artísticas e socioculturais buscando seus sentidos e impactos políticos na contemporaneidade. Através de estudos nas ciências sociais, relações étnico-raciais e do campo artístico, queremos identificar, investigar e registrar a filosofia negro-brasileira, fundante de uma epistemologia proposta por mulheres negras, com base no legado africano e pautada na dialogia entre material e imaterial. Desejamospropor novos olhares para a(s) história(s) dos antepassados e descendentes de africanos, contribuindo para o fortalecimento e re-construção do imaginário social ocidental no sentido da emancipação antirracista. A proposta em questão neste artigo aponta expressões culturais sofisticadas da comunidade preta, que corroboram para a ressignificação dessa coletividade destituída de sua humanidade pela estrutura racista. |
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