Marca Amazônia: diferencial publicitário e mercadológico de produtos biocosméticos em uma indústria brasileira

• Autor(a) principal: Brito, Tiago Sampaio
• Data de Publicação: 2020
• Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/8837129036478002
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFAM
• Texto Completo: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8689
• topic: Cosméticos - Indústria - Amazônia; Cosméticos - Mercado; OUTROS; Sustentabilidade; Marca Amazônia; Biocosméticos; Consumo Sustentável

A preocupação da sociedade com o meio ambiente cresceu notoriamente nas últimas décadas. Graças a fenômenos que impactaram o dia a dia das pessoas em diversas regiões do planeta ligados a poluição, destinação incorreta dos resíduos gerados, consumo exacerbado e uma indústria cada vez mais agressiva, emergiu uma demanda por políticas e iniciativas públicas e privadas quanto a esse aspecto. Para atender a esse novo consumidor ligado as questões ambientais, diversas empresas passaram a associá-las a seus produtos e serviços visando agregar valor a eles. Entre essa corrente a associação da Amazônia foi um dos principais expoentes, devido a sua importância, dimensão e grau de preservação. Uma das empresas brasileiras que melhor utiliza esse discurso pró-ambiental é a Natura S/A, a maior empresa do setor de cosméticos nacional, que possui uma linha que utiliza insumos da flora nacional na produção de produtos com diversas finalidades cosméticas, a linha Ekos. O objetivo desta pesquisa foi entender como a marca Amazônia, com valor de sustentabilidade, é usada como diferencial publicitário e mercadológico, de produtos biocosméticos em uma indústria brasileira. Trata-se de uma pesquisa descrita-exploratória com abordagem multimétodos. Os instrumentos empregados foram: entrevista semiestruturada e escala social. Participaram deste estudo 90 pessoas (30 revendedoras da empresa e 60 consumidores da linha Ekos), moradores de Manaus e acima de 18 anos de idade. Foi realizado um inventário dos catálogos de 2019 da empresa, bem como outras peças publicitárias como o seu site e vídeos para analisar como ela apresenta seu discurso aos seus clientes. Posteriormente, os dados gerados pela entrevista foram submetidos a Análise de Conteúdo, após categorização foi feita a Análise Descritiva; as escalas sociais foram trabalhadas a partir da Análise Fatorial Exploratória e Análise Descritiva Simples. Todas as análises quantitativas foram trabalhadas usando o programa SPSS (Social Package for Social Sciences). Os resultados revelaram que o perfil do grupo dos revendedores foi composto majoritariamente por mulheres (97%) com ensino médio completo e que tem na sua renda oriunda da venda desses produtos uma forma de complementação de renda e independência financeira. Os consumidores da linha apresentam noções de sustentabilidade e preocupação com o meio ambiente, tal fato pode ser explicado pelo alto nível de escolaridade apresentado, onde 75% dos entrevistados possuem nível superior ou mais. Porém, quando analisamos os motivos que influenciam a compra dos produtos da linha 88,44% referem-se a fatores financeiros, as características dos produtos e seus efeitos e apenas 7,01% a fatores ligados ao meio-ambiente, mostrando que ainda que conhecedores das causas ambientais, os consumidores não os consideram como motivos determinantes na sua decisão de compra.