Mistura de magmas e a formação do Batólito Rio Jacaré: evidências de manto litosférico enriquecido no sistema orogênico sergipano, NE-Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Carlos Santana
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37057
Resumo: O Batólito Rio Jacaré (BRJ; 617 ± 4 Ma) é uma intrusão do Domínio Poço Redondo, Sistema Orogênico Sergipano. O batólito é formado por quartzo monzonitos, monzogranitos e granodioritos, dispostos nas fácies inequigranular (FI) e porfirítica (FP). Enclaves microgranulares (EM) ocorrem de forma abundante no BRJ e preservam feições de mixing e mingling. Os EM têm cores que variam de cinza claro a cinza escuro e possuem formas globulares a alongadas. Seus contatos são retos, crenulados e cúspides, ou mais raramente, difusos. Os EM são dioritos, monzodioritos, quartzo monzodioritos e monzonitos. Os EM representam o rompimento e resfriamento de magma inicialmente máfico injetado na câmara magmática félsica mais fria. A colocação desse magma máfico ocorreu em etapas diferentes da cristalização da câmara magmática do BRJ. O grau máximo de hibridização desses EM é de 57%. O magma máfico dos EM possui afinidade com a série shoshonítica e foi gerado por taxa de fusão parcial de aproximadamente 3% de fonte de manto litosférico enriquecida em elementos incompatíveis. Os cristais de plagioclásio das rochas do BRJ exibem zoneamentos composicionais, patchy zoning, textura boxy cellular, núcleos de cristais embaiados, núcleos com composição homogênea, zonas de inclusões de minerais máficos e synneusis. A composição do plagioclásio na FI varia de albita a andesina (An7- 33), na FP é albita e oligoclásio (An5-23) e nos EM varia de albita a labradorita (An6-51). As composições albíticas nesses cristais são limitadas às suas periferias e sugerem ação de fluidos hidrotermais, ou seja, não resultaram da cristalização do magma. As texturas identificadas nos cristais de plagioclásio permitem inferir um período de condições magmáticas estáveis, seguido por período com instabilidades marcadas por injeções de magma máfico, que modificaram as condições (temperatura, pressão e atividade de H2O) do sistema magmático e estimularam mixing entre magmas durante a evolução do BRJ. As injeções do magma máfico geraram, provavelmente, correntes de convecção na câmara magmática do BRJ. Os cristais com núcleos embaiados sugerem pelo menos cinco episódios de reabsorção nesses cristais. Nas rochas do BRJ são encontrados cristais de Mg-biotita primários e reequilibrados. Os cristais primários ocorrem principalmente como inclusões em cristais de plagioclásio, enquanto os reequilibrados não ocorrem como inclusões e contêm cristais anédricos de titanita em suas clivagens. A temperatura de cristalização da Mg-biotita primária (FI: 683 a 713 °C; FP: 678 a 704 °C; EM: 685 a 745 °C) é consistente com a temperatura de cristalização de biotita em sistemas graníticos. A pressão de cristalização da Mg-biotita primária foi de 1,8 a 2,7 kbar na FI, de 1,2 a 2,2 kbar na FP e de 1,2 a 2,9 kbar nos EM. As composições dos cristais primários da FI e FP indicam que foram formados por magmas com conteúdo de H2O entre 5 a 7%. A fO2 (ΔNNO) durante a formação dos cristais primários variou de -16,3 a -15,0 na FI, de -15,9 a -15,4 na FP e de -15,6 a -13,9 nos EM. O reequilíbrio dos cristais estudados resultou provavelmente da exsolução de Ti, que junto com fluidos hidrotermais contendo Ca2+, formou cristais anédricos de titanita em seus planos de clivagem e bordas.
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spelling 2023-05-25T14:09:49Z2023-05-25T14:09:49Z2022-09-15SOUSA, Carlos Santana. Mistura de magmas e a formação do batólito Rio Jacaré: evidências de manto litosférico enriquecido no sistema orogênico sergipano NE-Brasil. 2022. 218 f. Tese (Doutorado em Geologia) Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, 2022.https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37057O Batólito Rio Jacaré (BRJ; 617 ± 4 Ma) é uma intrusão do Domínio Poço Redondo, Sistema Orogênico Sergipano. O batólito é formado por quartzo monzonitos, monzogranitos e granodioritos, dispostos nas fácies inequigranular (FI) e porfirítica (FP). Enclaves microgranulares (EM) ocorrem de forma abundante no BRJ e preservam feições de mixing e mingling. Os EM têm cores que variam de cinza claro a cinza escuro e possuem formas globulares a alongadas. Seus contatos são retos, crenulados e cúspides, ou mais raramente, difusos. Os EM são dioritos, monzodioritos, quartzo monzodioritos e monzonitos. Os EM representam o rompimento e resfriamento de magma inicialmente máfico injetado na câmara magmática félsica mais fria. A colocação desse magma máfico ocorreu em etapas diferentes da cristalização da câmara magmática do BRJ. O grau máximo de hibridização desses EM é de 57%. O magma máfico dos EM possui afinidade com a série shoshonítica e foi gerado por taxa de fusão parcial de aproximadamente 3% de fonte de manto litosférico enriquecida em elementos incompatíveis. Os cristais de plagioclásio das rochas do BRJ exibem zoneamentos composicionais, patchy zoning, textura boxy cellular, núcleos de cristais embaiados, núcleos com composição homogênea, zonas de inclusões de minerais máficos e synneusis. A composição do plagioclásio na FI varia de albita a andesina (An7- 33), na FP é albita e oligoclásio (An5-23) e nos EM varia de albita a labradorita (An6-51). 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O reequilíbrio dos cristais estudados resultou provavelmente da exsolução de Ti, que junto com fluidos hidrotermais contendo Ca2+, formou cristais anédricos de titanita em seus planos de clivagem e bordas.The Rio Jacaré Batholith (RJB; 617 ± 4 Ma) is an intrusion of the Poço Redondo Domain, Sergipe Orogenic System. The batholith is formed of quartz monzonites, monzogranites, and granodiorites, which are arranged in inequigranular (IF) and porphyritic (PF) facies. Microgranular enclaves (ME) occur abundantly in the BRJ and preserve mixing and mingling features. MEs range in color from light gray to dark gray and have globular to elongated shapes. Their contacts are clear-cut, crenulated and cuspate, or, more rarely, diffuse. The ME are diorites, monzodiorites, quartz monzodiorites and monzonites. MEs represent the breakdown and cooling of initially mafic magma that has been injected into a cooler felsic magma chamber. The emplacement of mafic magma occurred at different stages of the crystallization of the BRJ magma chamber. The maximum degree of hybridization of these MEs is 57%. ME mafic magma has an affinity with shoshonitic series and was generated by the partial melting of approximately 3% of a lithospheric mantle source enriched in incompatible elements. The plagioclase crystals of the RJB rocks exhibit compositional zoning, patchy zoning, boxy cellular texture, embayed crystal cores, cores with homogeneous composition, inclusions zones of mafic minerals, and synneusis. The composition of plagioclase in FI varies from albite to andesine (An7-33), in PF it is albite and oligoclase (An5-23) and in ME it varies from albite to labradorite (An6-51). The albite compositions in these crystals are limited to their periphery and suggest the action of hydrothermal fluids, that is, they did not result from magma crystallization. The textures identified in the plagioclase crystals allow to infer a period of stable magmatic conditions followed by a period with instabilities marked by mafic magma injections, which modified the conditions (temperature, pressure, and H2O activity) of the magmatic system and stimulated mixing between magmas during the evolution of the RJB. The mafic magma injections probably generated convection currents in the RJB magma chamber. Crystals with embayed cores suggest at least five episodes of resorption in these crystals. Primary and reequilibrated Mg-biotite crystals are found in the RJB rocks. Primary crystals mainly occur as inclusions in plagioclase crystals, while reequilibrated crystals do not occur as inclusions and contain anhedral titanite crystals in their cleavages. The crystallization temperature of primary Mg-biotite (IF: 683 to 713 °C; FP: 678 to 704 °C; ME: 685 to 745 °C) is consistent with the crystallization temperature of biotite in granitic systems. The crystallization pressure of primary Mg-biotite was 1.8 to 2.7 kbar in IF, 1.2 to 2.2 kbar in PF, and 1.2 to 2.9 kbar in ME. The compositions of the primary crystals of IF and PF indicate that they were formed by magmas with H2O content between 5 and 7%. The fO2 (ΔNNO) during the formation of primary crystals ranged from -16.3 to -15.0 in IF, from -15.9 to -15.4 in PF, and from -15.6 to -13.9 in ME. The reequilibrating of the studied crystals probably resulted from the exsolution of Ti, which together with hydrothermal fluids containing Ca2+, formed anhedral titanite crystals in their cleavage planes and edges.Submitted by Secretaria Pós-Geologia (posgeologia@ufba.br) on 2023-05-24T14:24:23Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) 2022_TESE)CarlosSSousa.pdf: 39124885 bytes, checksum: 063e4bcd7ee74b7f53f023278eeded1b (MD5)Approved for entry into archive by Solange Rocha (soluny@gmail.com) on 2023-05-25T14:09:49Z (GMT) No. of bitstreams: 2 2022_TESE)CarlosSSousa.pdf: 39124885 bytes, checksum: 063e4bcd7ee74b7f53f023278eeded1b (MD5) license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5)Made available in DSpace on 2023-05-25T14:09:49Z (GMT). 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Geology
Magmatism
description O Batólito Rio Jacaré (BRJ; 617 ± 4 Ma) é uma intrusão do Domínio Poço Redondo, Sistema Orogênico Sergipano. O batólito é formado por quartzo monzonitos, monzogranitos e granodioritos, dispostos nas fácies inequigranular (FI) e porfirítica (FP). Enclaves microgranulares (EM) ocorrem de forma abundante no BRJ e preservam feições de mixing e mingling. Os EM têm cores que variam de cinza claro a cinza escuro e possuem formas globulares a alongadas. Seus contatos são retos, crenulados e cúspides, ou mais raramente, difusos. Os EM são dioritos, monzodioritos, quartzo monzodioritos e monzonitos. Os EM representam o rompimento e resfriamento de magma inicialmente máfico injetado na câmara magmática félsica mais fria. A colocação desse magma máfico ocorreu em etapas diferentes da cristalização da câmara magmática do BRJ. O grau máximo de hibridização desses EM é de 57%. O magma máfico dos EM possui afinidade com a série shoshonítica e foi gerado por taxa de fusão parcial de aproximadamente 3% de fonte de manto litosférico enriquecida em elementos incompatíveis. Os cristais de plagioclásio das rochas do BRJ exibem zoneamentos composicionais, patchy zoning, textura boxy cellular, núcleos de cristais embaiados, núcleos com composição homogênea, zonas de inclusões de minerais máficos e synneusis. A composição do plagioclásio na FI varia de albita a andesina (An7- 33), na FP é albita e oligoclásio (An5-23) e nos EM varia de albita a labradorita (An6-51). As composições albíticas nesses cristais são limitadas às suas periferias e sugerem ação de fluidos hidrotermais, ou seja, não resultaram da cristalização do magma. As texturas identificadas nos cristais de plagioclásio permitem inferir um período de condições magmáticas estáveis, seguido por período com instabilidades marcadas por injeções de magma máfico, que modificaram as condições (temperatura, pressão e atividade de H2O) do sistema magmático e estimularam mixing entre magmas durante a evolução do BRJ. As injeções do magma máfico geraram, provavelmente, correntes de convecção na câmara magmática do BRJ. Os cristais com núcleos embaiados sugerem pelo menos cinco episódios de reabsorção nesses cristais. Nas rochas do BRJ são encontrados cristais de Mg-biotita primários e reequilibrados. Os cristais primários ocorrem principalmente como inclusões em cristais de plagioclásio, enquanto os reequilibrados não ocorrem como inclusões e contêm cristais anédricos de titanita em suas clivagens. A temperatura de cristalização da Mg-biotita primária (FI: 683 a 713 °C; FP: 678 a 704 °C; EM: 685 a 745 °C) é consistente com a temperatura de cristalização de biotita em sistemas graníticos. A pressão de cristalização da Mg-biotita primária foi de 1,8 a 2,7 kbar na FI, de 1,2 a 2,2 kbar na FP e de 1,2 a 2,9 kbar nos EM. As composições dos cristais primários da FI e FP indicam que foram formados por magmas com conteúdo de H2O entre 5 a 7%. A fO2 (ΔNNO) durante a formação dos cristais primários variou de -16,3 a -15,0 na FI, de -15,9 a -15,4 na FP e de -15,6 a -13,9 nos EM. O reequilíbrio dos cristais estudados resultou provavelmente da exsolução de Ti, que junto com fluidos hidrotermais contendo Ca2+, formou cristais anédricos de titanita em seus planos de clivagem e bordas.
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