As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFBA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28604 |
Resumo: | O presente estudo oferece uma perspectiva atual de um lado pouco falado no mundo do trabalho contemporâneo, ao assumir o desafio de estudar as chamadas “sacoleiras” angolanas e guineenses que se deslocam a São Paulo e para demais mercados internacionais tais como: Singapura, Guangzhou, Dubai, Tailândia para comprarem artigos de consumo a serem revendidos em seus países. Entendeu-se que esta modalidade de trabalho consiste num circuito inferior da economia urbana que se constitui como um dos modos antigos de ser da informalidade, e por conta disso não pode ser tratado como um fenômeno deslocado, a-histórico. Pelo contrário, se trata de uma realidade que tem sido alternativa de reprodução social de milhares de pessoas ao redor do mundo. Por isso está inserida na história, a partir de um processo de interação entre o trabalho formal e formal. A metodologia utilizada para coleta de dados no campo baseou-se no questionário plicado às sacoleiras, buscando explorar as narrativas de suas experiências de comprar mercadorias nos mercados internacionais, para depois abastecerem os produtos comprados no guarnecimento de suas lojas e/ou fazer o negócio à pronta-entrega. Com esse percurso visei responder à pergunta central desta tese, que foi: com a sua participação nos mercados, o que diferencia a “sacoleira” africana de outros trabalhadores e/ou trabalhadoras informais (Brasileiros ou Africanos), a exemplo de quitandeiras, ou quituteiras, ou as bideras (revendedoras) de peixe, por exemplo? Esta tese se enveredou numa direção que nos permite compreender que em muitos países africanos, especialmente no caso de Guiné-Bissau e Angola, emergiu um “reencantamento comercial” de compra-venda de produtos que vêm crescendo de modo sem precedentes, e que são distribuídos em pequenas proporções em circuitos inferiores da economia. Acredito com isso, que esta tese contribui ao acrescentar novos exemplos e modos de operar da nova informalidade especialmente no que concerne ao modo próprio e autêntico de ser desse tipo de economia informal engendrada por essa “nova classe trabalhadora das sacoleiras” que cumprem a dupla função: a de manter a sua reprodução social e a de alavancar a economia contemporânea. O presente estudo oferece uma perspectiva atual de um lado pouco falado no mundo do trabalho contemporâneo, ao assumir o desafio de estudar as chamadas “sacoleiras” angolanas e guineenses que se deslocam a São Paulo e para demais mercados internacionais tais como: Singapura, Guangzhou, Dubai, Tailândia para comprarem artigos de consumo a serem revendidos em seus países. Entendeu-se que esta modalidade de trabalho consiste num circuito inferior da economia urbana que se constitui como um dos modos antigos de ser da informalidade, e por conta disso não pode ser tratado como um fenômeno deslocado, a-histórico. Pelo contrário, se trata de uma realidade que tem sido alternativa de reprodução social de milhares de pessoas ao redor do mundo. Por isso está inserida na história, a partir de um processo de interação entre o trabalho formal e formal. A metodologia utilizada para coleta de dados no campo baseou-se no questionário plicado às sacoleiras, buscando explorar as narrativas de suas experiências de comprar mercadorias nos mercados internacionais, para depois abastecerem os produtos comprados no guarnecimento de suas lojas e/ou fazer o negócio à pronta-entrega. Com esse percurso visei responder à pergunta central desta tese, que foi: com a sua participação nos mercados, o que diferencia a “sacoleira” africana de outros trabalhadores e/ou trabalhadoras informais (Brasileiros ou Africanos), a exemplo de quitandeiras, ou quituteiras, ou as bideras (revendedoras) de peixe, por exemplo? Esta tese se enveredou numa direção que nos permite compreender que em muitos países africanos, especialmente no caso de Guiné-Bissau e Angola, emergiu um “reencantamento comercial” de compra-venda de produtos que vêm crescendo de modo sem precedentes, e que são distribuídos em pequenas proporções em circuitos inferiores da economia. Acredito com isso, que esta tese contribui ao acrescentar novos exemplos e modos de operar da nova informalidade especialmente no que concerne ao modo próprio e autêntico de ser desse tipo de economia informal engendrada por essa “nova classe trabalhadora das sacoleiras” que cumprem a dupla função: a de manter a sua reprodução social e a de alavancar a economia contemporânea. |
id |
UFBA-2_5574e379a6e004520309329763d669db |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufba.br:ri/28604 |
network_acronym_str |
UFBA-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFBA |
repository_id_str |
1932 |
spelling |
Vaz, Paulo GomesHita, Maria GabrielaGledhil, JohnCâmara, Antônio da SilvaSerrano, Carlos Moreira HenriquesZimmermann, Clóvis RobertoSlenes, Robert Wayne Andrew2019-02-14T13:52:46Z2019-02-14T13:52:46Z2019-02-142018-06-28Tesehttp://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28604O presente estudo oferece uma perspectiva atual de um lado pouco falado no mundo do trabalho contemporâneo, ao assumir o desafio de estudar as chamadas “sacoleiras” angolanas e guineenses que se deslocam a São Paulo e para demais mercados internacionais tais como: Singapura, Guangzhou, Dubai, Tailândia para comprarem artigos de consumo a serem revendidos em seus países. Entendeu-se que esta modalidade de trabalho consiste num circuito inferior da economia urbana que se constitui como um dos modos antigos de ser da informalidade, e por conta disso não pode ser tratado como um fenômeno deslocado, a-histórico. Pelo contrário, se trata de uma realidade que tem sido alternativa de reprodução social de milhares de pessoas ao redor do mundo. Por isso está inserida na história, a partir de um processo de interação entre o trabalho formal e formal. A metodologia utilizada para coleta de dados no campo baseou-se no questionário plicado às sacoleiras, buscando explorar as narrativas de suas experiências de comprar mercadorias nos mercados internacionais, para depois abastecerem os produtos comprados no guarnecimento de suas lojas e/ou fazer o negócio à pronta-entrega. Com esse percurso visei responder à pergunta central desta tese, que foi: com a sua participação nos mercados, o que diferencia a “sacoleira” africana de outros trabalhadores e/ou trabalhadoras informais (Brasileiros ou Africanos), a exemplo de quitandeiras, ou quituteiras, ou as bideras (revendedoras) de peixe, por exemplo? Esta tese se enveredou numa direção que nos permite compreender que em muitos países africanos, especialmente no caso de Guiné-Bissau e Angola, emergiu um “reencantamento comercial” de compra-venda de produtos que vêm crescendo de modo sem precedentes, e que são distribuídos em pequenas proporções em circuitos inferiores da economia. Acredito com isso, que esta tese contribui ao acrescentar novos exemplos e modos de operar da nova informalidade especialmente no que concerne ao modo próprio e autêntico de ser desse tipo de economia informal engendrada por essa “nova classe trabalhadora das sacoleiras” que cumprem a dupla função: a de manter a sua reprodução social e a de alavancar a economia contemporânea. O presente estudo oferece uma perspectiva atual de um lado pouco falado no mundo do trabalho contemporâneo, ao assumir o desafio de estudar as chamadas “sacoleiras” angolanas e guineenses que se deslocam a São Paulo e para demais mercados internacionais tais como: Singapura, Guangzhou, Dubai, Tailândia para comprarem artigos de consumo a serem revendidos em seus países. Entendeu-se que esta modalidade de trabalho consiste num circuito inferior da economia urbana que se constitui como um dos modos antigos de ser da informalidade, e por conta disso não pode ser tratado como um fenômeno deslocado, a-histórico. Pelo contrário, se trata de uma realidade que tem sido alternativa de reprodução social de milhares de pessoas ao redor do mundo. Por isso está inserida na história, a partir de um processo de interação entre o trabalho formal e formal. A metodologia utilizada para coleta de dados no campo baseou-se no questionário plicado às sacoleiras, buscando explorar as narrativas de suas experiências de comprar mercadorias nos mercados internacionais, para depois abastecerem os produtos comprados no guarnecimento de suas lojas e/ou fazer o negócio à pronta-entrega. Com esse percurso visei responder à pergunta central desta tese, que foi: com a sua participação nos mercados, o que diferencia a “sacoleira” africana de outros trabalhadores e/ou trabalhadoras informais (Brasileiros ou Africanos), a exemplo de quitandeiras, ou quituteiras, ou as bideras (revendedoras) de peixe, por exemplo? Esta tese se enveredou numa direção que nos permite compreender que em muitos países africanos, especialmente no caso de Guiné-Bissau e Angola, emergiu um “reencantamento comercial” de compra-venda de produtos que vêm crescendo de modo sem precedentes, e que são distribuídos em pequenas proporções em circuitos inferiores da economia. Acredito com isso, que esta tese contribui ao acrescentar novos exemplos e modos de operar da nova informalidade especialmente no que concerne ao modo próprio e autêntico de ser desse tipo de economia informal engendrada por essa “nova classe trabalhadora das sacoleiras” que cumprem a dupla função: a de manter a sua reprodução social e a de alavancar a economia contemporânea.The present study offers a current perspective of a little talked about side in the world of contemporary work, as it takes on the challenge of studying the so-called Angolan and Guinean bagtraders that move to São Paulo and to other international markets such as Singapore, Dubai, Thailand to buy consumer goods to be resold in their countries. It was understood that this modality of work consists of a lower circuit of the urban economy that constitutes one of the old ways of being of informality, and because of this it can not be treated as a dislocated, a-historical phenomenon. On the contrary, it is a reality that has been an alternative social reproduction of thousands of people around the world. This is why it is inserted in history, starting from a process of interaction between formal and formal work. The methodology used for data collection in the field was based on the questionnaire about the bagtraders, seeking to explore the narratives of their experiences of buying merchandise in the international markets, later to supply the products bought in the furnishing of their stores and / or do the business to the prompt delivery. With this path, I aimed to answer the central question of this thesis, which was: with its participation in the markets, what differentiates the African "bagtraders" from other workers and / or informal workers (Brazilians or Africans), such as grocers, , or fish bending (reselling), for example? This thesis was set in a direction that allows us to understand that in many African countries, especially in the case of Guinea-Bissau and Angola, a "commercial re-enchantment" of buying and selling of products that have been growing unprecedentedly in small proportions in lower circuits of the economy. I believe that this thesis contributes by adding new examples and modes of operation of the new informality especially with regard to the proper and authentic way of being of this kind of informal economy engendered by this "new working class of the bagtraders" that fulfills the double function : to maintain its social reproduction and to leverage the contemporary economy. The present study offers a current perspective of a little talked about side in the world of contemporary work, as it takes on the challenge of studying the so-called Angolan and Guinean bagtraders that move to São Paulo and to other international markets such as Singapore, Dubai, Thailand to buy consumer goods to be resold in their countries. It was understood that this modality of work consists of a lower circuit of the urban economy that constitutes one of the old ways of being of informality, and because of this it can not be treated as a dislocated, a-historical phenomenon. On the contrary, it is a reality that has been an alternative social reproduction of thousands of people around the world. This is why it is inserted in history, starting from a process of interaction between formal and formal work. The methodology used for data collection in the field was based on the questionnaire about the bagtraders, seeking to explore the narratives of their experiences of buying merchandise in the international markets, later to supply the products bought in the furnishing of their stores and / or do the business to the prompt delivery. With this path, I aimed to answer the central question of this thesis, which was: with its participation in the markets, what differentiates the African "bagtraders" from other workers and / or informal workers (Brazilians or Africans), such as grocers, , or fish bending (reselling), for example? This thesis was set in a direction that allows us to understand that in many African countries, especially in the case of Guinea-Bissau and Angola, a "commercial re-enchantment" of buying and selling of products that have been growing unprecedentedly in small proportions in lower circuits of the economy. I believe that this thesis contributes by adding new examples and modes of operation of the new informality especially with regard to the proper and authentic way of being of this kind of informal economy engendered by this "new working class of the bagtraders" that fulfills the double function : to maintain its social reproduction and to leverage the contemporary economy.Submitted by Paulo Gomes Vaz (pagovaz10@yahoo.com.br) on 2019-02-12T20:37:07Z No. of bitstreams: 1 Paulo Gomes VAZ Tese DOUTORADO.pdf: 12046842 bytes, checksum: 614f5a19003a5f925ccaf4868428e5dd (MD5)Approved for entry into archive by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2019-02-14T13:52:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Paulo Gomes VAZ Tese DOUTORADO.pdf: 12046842 bytes, checksum: 614f5a19003a5f925ccaf4868428e5dd (MD5)Made available in DSpace on 2019-02-14T13:52:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Paulo Gomes VAZ Tese DOUTORADO.pdf: 12046842 bytes, checksum: 614f5a19003a5f925ccaf4868428e5dd (MD5)CAPESCiências SociaisTrabalho informalMulheres africanasSacoleirasGlobalização e pequenos circuitos da economia.African womenBagtradersGlobalization and smallEconomy circuitsAs “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadoriasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisFaculdade de Filosofia e Ciências HumanasPrograma de Pós-Graduação em Ciências SociaisFFCH-PPGCISObrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALPaulo Gomes VAZ Tese DOUTORADO.pdfPaulo Gomes VAZ Tese DOUTORADO.pdf Artigo principalapplication/pdf12046842https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28604/1/Paulo%20Gomes%20VAZ%20Tese%20%20DOUTORADO.pdf614f5a19003a5f925ccaf4868428e5ddMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28604/2/license.txt0d4b811ef71182510d2015daa7c8a900MD52TEXTPaulo Gomes VAZ Tese DOUTORADO.pdf.txtPaulo Gomes VAZ Tese DOUTORADO.pdf.txtExtracted texttext/plain520666https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28604/3/Paulo%20Gomes%20VAZ%20Tese%20%20DOUTORADO.pdf.txt029bae4c9ad5777e53d1f0c354a40448MD53ri/286042022-07-01 10:46:44.02oai:repositorio.ufba.br:ri/28604VGVybW8gZGUgTGljZW4/YSwgbj9vIGV4Y2x1c2l2bywgcGFyYSBvIGRlcD9zaXRvIG5vIFJlcG9zaXQ/cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZCQS4KCiBQZWxvIHByb2Nlc3NvIGRlIHN1Ym1pc3M/byBkZSBkb2N1bWVudG9zLCBvIGF1dG9yIG91IHNldSByZXByZXNlbnRhbnRlIGxlZ2FsLCBhbyBhY2VpdGFyIAplc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuP2EsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdD9yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkYSBCYWhpYSAKbyBkaXJlaXRvIGRlIG1hbnRlciB1bWEgYz9waWEgZW0gc2V1IHJlcG9zaXQ/cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2YT8/by4gCkVzc2VzIHRlcm1vcywgbj9vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnQ/bSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvci9jb3B5cmlnaHQsIG1hcyBlbnRlbmRlIG8gZG9jdW1lbnRvIApjb21vIHBhcnRlIGRvIGFjZXJ2byBpbnRlbGVjdHVhbCBkZXNzYSBVbml2ZXJzaWRhZGUuCgogUGFyYSBvcyBkb2N1bWVudG9zIHB1YmxpY2Fkb3MgY29tIHJlcGFzc2UgZGUgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzdHJpYnVpPz9vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2VuP2EgCmVudGVuZGUgcXVlOgoKIE1hbnRlbmRvIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCByZXBhc3NhZG9zIGEgdGVyY2Vpcm9zLCBlbSBjYXNvIGRlIHB1YmxpY2E/P2VzLCBvIHJlcG9zaXQ/cmlvCnBvZGUgcmVzdHJpbmdpciBvIGFjZXNzbyBhbyB0ZXh0byBpbnRlZ3JhbCwgbWFzIGxpYmVyYSBhcyBpbmZvcm1hPz9lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHU/P28gY2llbnQ/ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3RyaT8/ZXMgaW1wb3N0YXMgcGVsb3MgZWRpdG9yZXMgZGUgcGVyaT9kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2E/P2VzIHNlbSBpbmljaWF0aXZhcyBxdWUgc2VndWVtIGEgcG9sP3RpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVwP3NpdG9zIApjb21wdWxzP3Jpb3MgbmVzc2UgcmVwb3NpdD9yaW8gbWFudD9tIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBtYXMgbWFudD9tIGFjZXNzbyBpcnJlc3RyaXRvIAphbyBtZXRhZGFkb3MgZSB0ZXh0byBjb21wbGV0by4gQXNzaW0sIGEgYWNlaXRhPz9vIGRlc3NlIHRlcm1vIG4/byBuZWNlc3NpdGEgZGUgY29uc2VudGltZW50bwogcG9yIHBhcnRlIGRlIGF1dG9yZXMvZGV0ZW50b3JlcyBkb3MgZGlyZWl0b3MsIHBvciBlc3RhcmVtIGVtIGluaWNpYXRpdmFzIGRlIGFjZXNzbyBhYmVydG8uCg==Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-01T13:46:44Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias |
title |
As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias |
spellingShingle |
As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias Vaz, Paulo Gomes Ciências Sociais Trabalho informal Mulheres africanas Sacoleiras Globalização e pequenos circuitos da economia. African women Bagtraders Globalization and small Economy circuits |
title_short |
As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias |
title_full |
As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias |
title_fullStr |
As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias |
title_full_unstemmed |
As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias |
title_sort |
As “Sacoleiras” a Serviço do Capital:um estudo sobre as Africanas nos Circuitos Globais de Mercadorias |
author |
Vaz, Paulo Gomes |
author_facet |
Vaz, Paulo Gomes |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vaz, Paulo Gomes |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Hita, Maria Gabriela |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Gledhil, John |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Câmara, Antônio da Silva Serrano, Carlos Moreira Henriques Zimmermann, Clóvis Roberto Slenes, Robert Wayne Andrew |
contributor_str_mv |
Hita, Maria Gabriela Gledhil, John Câmara, Antônio da Silva Serrano, Carlos Moreira Henriques Zimmermann, Clóvis Roberto Slenes, Robert Wayne Andrew |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Ciências Sociais |
topic |
Ciências Sociais Trabalho informal Mulheres africanas Sacoleiras Globalização e pequenos circuitos da economia. African women Bagtraders Globalization and small Economy circuits |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Trabalho informal Mulheres africanas Sacoleiras Globalização e pequenos circuitos da economia. African women Bagtraders Globalization and small Economy circuits |
description |
O presente estudo oferece uma perspectiva atual de um lado pouco falado no mundo do trabalho contemporâneo, ao assumir o desafio de estudar as chamadas “sacoleiras” angolanas e guineenses que se deslocam a São Paulo e para demais mercados internacionais tais como: Singapura, Guangzhou, Dubai, Tailândia para comprarem artigos de consumo a serem revendidos em seus países. Entendeu-se que esta modalidade de trabalho consiste num circuito inferior da economia urbana que se constitui como um dos modos antigos de ser da informalidade, e por conta disso não pode ser tratado como um fenômeno deslocado, a-histórico. Pelo contrário, se trata de uma realidade que tem sido alternativa de reprodução social de milhares de pessoas ao redor do mundo. Por isso está inserida na história, a partir de um processo de interação entre o trabalho formal e formal. A metodologia utilizada para coleta de dados no campo baseou-se no questionário plicado às sacoleiras, buscando explorar as narrativas de suas experiências de comprar mercadorias nos mercados internacionais, para depois abastecerem os produtos comprados no guarnecimento de suas lojas e/ou fazer o negócio à pronta-entrega. Com esse percurso visei responder à pergunta central desta tese, que foi: com a sua participação nos mercados, o que diferencia a “sacoleira” africana de outros trabalhadores e/ou trabalhadoras informais (Brasileiros ou Africanos), a exemplo de quitandeiras, ou quituteiras, ou as bideras (revendedoras) de peixe, por exemplo? Esta tese se enveredou numa direção que nos permite compreender que em muitos países africanos, especialmente no caso de Guiné-Bissau e Angola, emergiu um “reencantamento comercial” de compra-venda de produtos que vêm crescendo de modo sem precedentes, e que são distribuídos em pequenas proporções em circuitos inferiores da economia. Acredito com isso, que esta tese contribui ao acrescentar novos exemplos e modos de operar da nova informalidade especialmente no que concerne ao modo próprio e autêntico de ser desse tipo de economia informal engendrada por essa “nova classe trabalhadora das sacoleiras” que cumprem a dupla função: a de manter a sua reprodução social e a de alavancar a economia contemporânea. O presente estudo oferece uma perspectiva atual de um lado pouco falado no mundo do trabalho contemporâneo, ao assumir o desafio de estudar as chamadas “sacoleiras” angolanas e guineenses que se deslocam a São Paulo e para demais mercados internacionais tais como: Singapura, Guangzhou, Dubai, Tailândia para comprarem artigos de consumo a serem revendidos em seus países. Entendeu-se que esta modalidade de trabalho consiste num circuito inferior da economia urbana que se constitui como um dos modos antigos de ser da informalidade, e por conta disso não pode ser tratado como um fenômeno deslocado, a-histórico. Pelo contrário, se trata de uma realidade que tem sido alternativa de reprodução social de milhares de pessoas ao redor do mundo. Por isso está inserida na história, a partir de um processo de interação entre o trabalho formal e formal. A metodologia utilizada para coleta de dados no campo baseou-se no questionário plicado às sacoleiras, buscando explorar as narrativas de suas experiências de comprar mercadorias nos mercados internacionais, para depois abastecerem os produtos comprados no guarnecimento de suas lojas e/ou fazer o negócio à pronta-entrega. Com esse percurso visei responder à pergunta central desta tese, que foi: com a sua participação nos mercados, o que diferencia a “sacoleira” africana de outros trabalhadores e/ou trabalhadoras informais (Brasileiros ou Africanos), a exemplo de quitandeiras, ou quituteiras, ou as bideras (revendedoras) de peixe, por exemplo? Esta tese se enveredou numa direção que nos permite compreender que em muitos países africanos, especialmente no caso de Guiné-Bissau e Angola, emergiu um “reencantamento comercial” de compra-venda de produtos que vêm crescendo de modo sem precedentes, e que são distribuídos em pequenas proporções em circuitos inferiores da economia. Acredito com isso, que esta tese contribui ao acrescentar novos exemplos e modos de operar da nova informalidade especialmente no que concerne ao modo próprio e autêntico de ser desse tipo de economia informal engendrada por essa “nova classe trabalhadora das sacoleiras” que cumprem a dupla função: a de manter a sua reprodução social e a de alavancar a economia contemporânea. |
publishDate |
2018 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2018-06-28 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-02-14T13:52:46Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-02-14T13:52:46Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-02-14 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28604 |
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv |
Tese |
identifier_str_mv |
Tese |
url |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28604 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
FFCH-PPGCISO |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFBA instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA) instacron:UFBA |
instname_str |
Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
instacron_str |
UFBA |
institution |
UFBA |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFBA |
collection |
Repositório Institucional da UFBA |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28604/1/Paulo%20Gomes%20VAZ%20Tese%20%20DOUTORADO.pdf https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28604/2/license.txt https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/28604/3/Paulo%20Gomes%20VAZ%20Tese%20%20DOUTORADO.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
614f5a19003a5f925ccaf4868428e5dd 0d4b811ef71182510d2015daa7c8a900 029bae4c9ad5777e53d1f0c354a40448 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1808459583570575360 |