Aplicações do Método de Rietveld na petrografia de rochas kimberlíticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Matheus Andrade
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34757
Resumo: A análise qualitativa através da difração de raios X se iniciou a partir de estudos de William H.Bragg, que observou que este fenômeno, causado quando um feixe de raios X monocromáticos incide sobre um material cristalino, ocorre o fenômeno da difração que pode ser utilizado para a identificação mineralógica. Assim, para analisar as fases cristalinas que estão presentes em um material pulverizado analisado, é feito um difratograma, que é um gráfico de intensidade observada em relação ao ângulo de espalhamento. Com o difratograma são calculados os picos de máxima intensidade. O método de Rietveld foi criado em 1969 por Hugo M. Rietveld, foi inicialmente idealizado por Hugo. M Rietveld, foi inicialmente idealizado para o refinamento da interpretação de dados dos difratogramas gerados a partir da difração de nêutrons e posteriormente aplicado a difração de raios X. O método permite calcular o difratograma ponto a ponto de uma determinada amostra através de um algoritmo com um padrão difratométrico adequado à fase que se pretende estudar, aplicando para isto o método matemático dos mínimos quadrados. Assim, comparando os picos experimentais obtidos na amostra desconhecida e o padrão de pontos calculados é possível se identificar e obter os valores das dimensões da célula unitária. Alguns destes valores podem ser encontrados em artigos que reportam estruturas similares. O estudo petrográfico clássico em kimberlitos é dificultado pela presença da mineralogia exótica, xenólitos, xenocristais, e minerais de origem mantélica pouco conhecidos. Além disto a geoquímica destas rochas, com riqueza de voláteis, favorece os processos tardios de serpentinização, carbonatização e oxidação, transformando as rochas expostas em superfície e impossibilitando muitas vezes a correta identificação das fases minerais presentes na amostra. Por estes motivos, o refinamento das análises por difratometria de raios X através do método de Rietveld é uma poderosa ferramenta na interpretação petrográfica de rochas de mineralogia exótica e alterada. Tais informações são essenciais para uma melhor compreensão da natureza e gênese deste importante prospecto mineral. Este estudo tem o objetivo de aplicar o método de quantificação de Rietveld através de análises por difratometria de raios X no método do pó-total para ampliar o entendimento sobre a petrografia do Lamproíto Aroeira. Para isso foi utilizado o software que DIFRAC.TOPPAS no laboratório de tecnologia mineral de raios X (LAPAG- UFBA). A metodologia de trabalho desenvolvida neste estudo focou na seleção de duas amostras representativas do Lamproíto Aroeira. Estas duas amostras foram laminadas em três direções ortogonais, obtendo-se assim 6 lâminas polido-delgadas e 6 tabletes destas mesmas frações, os quais foram moídos e geraram o pó analisado por DRX. Assim, o estudo da petrografia juntamente com o a aplicação do método de Rietveld no seu respectivo pó trouxe uma confiabilidade maior as descrições petrograficas e a identificação de fases exóticas e serpentinizadas.
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spelling 2022-02-11T20:18:08Z2022-02-112022-02-11T20:18:08Z2021-10-15NASCIMENTO, Matheus Andrade. Aplicações do método de rietveld na petrografia de rochas kimberlíticaqs. 2021. 96 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia, 2021.https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34757A análise qualitativa através da difração de raios X se iniciou a partir de estudos de William H.Bragg, que observou que este fenômeno, causado quando um feixe de raios X monocromáticos incide sobre um material cristalino, ocorre o fenômeno da difração que pode ser utilizado para a identificação mineralógica. Assim, para analisar as fases cristalinas que estão presentes em um material pulverizado analisado, é feito um difratograma, que é um gráfico de intensidade observada em relação ao ângulo de espalhamento. Com o difratograma são calculados os picos de máxima intensidade. O método de Rietveld foi criado em 1969 por Hugo M. Rietveld, foi inicialmente idealizado por Hugo. M Rietveld, foi inicialmente idealizado para o refinamento da interpretação de dados dos difratogramas gerados a partir da difração de nêutrons e posteriormente aplicado a difração de raios X. O método permite calcular o difratograma ponto a ponto de uma determinada amostra através de um algoritmo com um padrão difratométrico adequado à fase que se pretende estudar, aplicando para isto o método matemático dos mínimos quadrados. Assim, comparando os picos experimentais obtidos na amostra desconhecida e o padrão de pontos calculados é possível se identificar e obter os valores das dimensões da célula unitária. Alguns destes valores podem ser encontrados em artigos que reportam estruturas similares. O estudo petrográfico clássico em kimberlitos é dificultado pela presença da mineralogia exótica, xenólitos, xenocristais, e minerais de origem mantélica pouco conhecidos. Além disto a geoquímica destas rochas, com riqueza de voláteis, favorece os processos tardios de serpentinização, carbonatização e oxidação, transformando as rochas expostas em superfície e impossibilitando muitas vezes a correta identificação das fases minerais presentes na amostra. Por estes motivos, o refinamento das análises por difratometria de raios X através do método de Rietveld é uma poderosa ferramenta na interpretação petrográfica de rochas de mineralogia exótica e alterada. Tais informações são essenciais para uma melhor compreensão da natureza e gênese deste importante prospecto mineral. Este estudo tem o objetivo de aplicar o método de quantificação de Rietveld através de análises por difratometria de raios X no método do pó-total para ampliar o entendimento sobre a petrografia do Lamproíto Aroeira. Para isso foi utilizado o software que DIFRAC.TOPPAS no laboratório de tecnologia mineral de raios X (LAPAG- UFBA). A metodologia de trabalho desenvolvida neste estudo focou na seleção de duas amostras representativas do Lamproíto Aroeira. Estas duas amostras foram laminadas em três direções ortogonais, obtendo-se assim 6 lâminas polido-delgadas e 6 tabletes destas mesmas frações, os quais foram moídos e geraram o pó analisado por DRX. Assim, o estudo da petrografia juntamente com o a aplicação do método de Rietveld no seu respectivo pó trouxe uma confiabilidade maior as descrições petrograficas e a identificação de fases exóticas e serpentinizadas.The use of X-rays began in 1895, by Wilhelm Conrad Roentgen. Initially it was used for medical studies, until in 1912 Max Von Laue applied the technique on crystals, discovering X-ray diffraction. Soon a powerful tool for scientific studies was obtained, which guided the discoveries of all structures known to date. Qualitative analysis by X-ray diffraction started from Bragg's studies, where it was determined that when a monochromatic X-ray beam falls on a crystalline material, the phenomenon of diffraction occurs. Thus, to analyze the crystalline phases that are present in an analyzed powder, a diffractogram is made, which is a graph of observed intensity. With the diffractogram the peaks of maximum intensity are calculated. The Rietveld method was created in 1969 by Hugo. M Rietveld, was initially designed to refine the interpretation of diffractogram data generated from neutron diffraction. The method allows the calculation of the standard diffractogram of a given sample through an algorithm with a diffraction pattern suitable for the phase to be studied, applying for this the method of least squares. Thus, comparing the experimental peaks obtained in the unknown sample and the pattern of calculated points, it is possible to identify the unit cell of the crystallographic structure. Some of these values can be found in articles that report similar structures. The classical petrographic study of kimberlites is hampered by the presence of exotic mineralogy, xenoliths, xenocrystals, and little-known minerals of mantle origin. Furthermore, the geochemistry of these volatile rocks favors the late processes of serpentinization, carbonatization and oxidation, transforming the exposed rocks on the surface and often making it impossible to correctly identify the mineral phases present in the sample. For these reasons, the refinement of X-ray diffraction analysis using the Rietveld method is a powerful tool in the petrographic interpretation of exotic and altered mineralogy rocks. Such information is essential for a better understanding of the nature and genesis of this important mineral prospect. This study aims to apply the Rietveld quantification method through X-ray diffraction analysis in the total-powder method to broaden the understanding of the petrography of Lamproíto Aroeira. For this, the software that DIFRAC.TOPPAS will be used in the laboratory of X-ray mineral technology (LAPAG). The work methodology developed in this study focused on the selection of two representative samples of Lamproíto Aroeira, these two samples were laminated in three orthogonal directions, thus obtaining 6 thin-polished blades and 6 tablets of these same fractions, which were ground and generated the powder analyzed by DRX. Thus, the study of petrography together with the application of the Rietveld method in its respective powder gave a greater reliability to petrographic descriptions and thus help the identification of exotic and serpentinized phases.Submitted by Ismael Souza (ismael.souza@ufba.br) on 2022-02-10T19:09:12Z No. of bitstreams: 1 Matheus Andrade.pdf: 5988833 bytes, checksum: f5ba8ac7dc7dae8838472b7aeec2ddaa (MD5)Approved for entry into archive by Solange Rocha (soluny@gmail.com) on 2022-02-11T20:18:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Matheus Andrade.pdf: 5988833 bytes, checksum: f5ba8ac7dc7dae8838472b7aeec2ddaa (MD5)Made available in DSpace on 2022-02-11T20:18:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Matheus Andrade.pdf: 5988833 bytes, checksum: f5ba8ac7dc7dae8838472b7aeec2ddaa (MD5) Previous issue date: 2021-10-15CAPESporUniversidade Federal da BahiaPrograma de Pós-Graduação em Geologia (PGGEOLOGIA) UFBABrasilInstituto de GeociênciasCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::METALOGENIACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PROSPECCAO MINERALRietveld, Método deDifratometria de raios XRochas kimberlitoRochas ígneasRietveld, Method ofX-ray diffractometryKimberlite rocksIgneous rocksAplicações do Método de Rietveld na petrografia de rochas kimberlíticasApplications of the Rietveld method in the petrography of kimberlitic rocksinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisRios, Débora Correiahttp://lattes.cnpq.br/0325448574246824Atêncio, Daniel0000-0002-6943-5227http://lattes.cnpq.br/3083598884160278Sasaki, José Marcos0000-0003-2305-6114http://lattes.cnpq.br/0145929965828271Garcia, Pedro Maciel de Paula0000-0002-7986-7218http://lattes.cnpq.br/2252130433642593http://lattes.cnpq.br/9505846089621650Nascimento, Matheus Andradeinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBAORIGINALMatheus Andrade.pdfMatheus Andrade.pdfapplication/pdf5988833https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34757/1/Matheus%20Andrade.pdff5ba8ac7dc7dae8838472b7aeec2ddaaMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1866https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34757/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52TEXTMatheus Andrade.pdf.txtMatheus Andrade.pdf.txtExtracted texttext/plain177390https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/34757/3/Matheus%20Andrade.pdf.txt2711ac09c6bbde8cf7dcab9053f41b0bMD53ri/347572022-02-12 06:31:37.695oai:repositorio.ufba.br:ri/34757TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-02-12T09:31:37Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
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