POTENCIAL EVOCADO AUDITIVO CORTICAL EM CRIANÇAS COM EXPOSIÇÃO PRESUMIDA AO ZIKA VÍRUS NA GESTAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Borja, Ana Lúcia Vieira de Freitas
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFBA
Texto Completo: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32808
Resumo: Introdução: Estudos recentes com crianças normocefálicas, expostas ao zika vírus no período gestacional, têm revelado comprometimentos do neurodesenvolvimento, especialmente nos domínios cognitivo e de linguagem. O desenvolvimento da fala e da linguagem depende da integridade do sistema auditivo periférico e central. Alterações auditivas não identificadas na infância, congênitas ou adquiridas, podem trazer grande impacto à comunicação, à cognição, bem como interferir no neurodesenvolvimento da criança. Objetivo: Investigar a associação entre a latência e a amplitude dos potenciais evocados auditivos corticais e o neurodesenvolvimento, dados gestacionais, clínicos e sociodemográficos em crianças com exposição presumida ao Zika vírus. Metodologia: Estudo transversal e prospectivo, de caráter exploratório, analítico, baseado em uma amostra aleatória simples, representativa de uma coorte observacional do Estudo internacional de coorte prospectivo observacional do zika em crianças e gestantes (Estudo ZIP), aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa CAEE n. 56673616.3.1001.5269. A população do estudo foi composta por 237 crianças ouvintes, com e sem exposição presumida ao zika vírus. A média de idade foi 15+/-2,1 meses. Avaliações auditivas prévias, com emissões otoacústicas e potencial auditivo evocado de curta latência, confirmaram os critérios de inclusão. Para avaliação do potencial auditivo cortical, aplicaram-se 150 estímulos acústicos tone burst, monoauralmente a uma taxa de 1,2 estímulos/segundo, que diferiram quanto à frequência (estímulo padrão: 1000 Hertz e raro de 2000 Hertz). Para avaliação do neurodesenvolvimento, aplicou-se a escala Bayley Infant Neurodevelopmental Screener. Resultados: Os componentes do potencial cortical estiveram presentes em todas as crianças, com diferença significante entre as médias das latências para crianças com exposição presumida ao zika vírus, com nível de significância estatística para P1 e N1. As médias das latências dos componentes P1-N1-P2-N2 foram maiores em crianças com risco para atraso do neurodesenvolvimento, em todos os domínios avaliados. Os domínios cognitivos e de linguagem expressiva tiveram significância estatística para as latências médias de todos os componentes do potencial cortical. Observou-se também associação entre a classificação de risco e sexo para os domínios cognitivo (p=0,025) e de linguagem (p=0,050), com vantagem de desempenho para as meninas. As médias dos escores brutos foram maiores para o sexo feminino em todos os domínios do Bayley, com significância estatística para linguagem receptiva (p=0,008) e expressiva (p=0,041). Conclusão: Crianças com exposição presumida ao zika vírus apresentaram latências médias maiores para as respostas corticais de P1-N1, sugerindo um pior processamento do sinal acústico em relação a crianças não expostas. A exposição presumida ao vírus zika na gestação pode estar associada a maiores latências do complexo P1-N1, menores escores em domínios do neurodesenvolvimento, sugerindo comprometimento das vias auditivas corticais e do neurodesenvolvimento, principalmente da linguagem expressiva.
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Objetivo: Investigar a associação entre a latência e a amplitude dos potenciais evocados auditivos corticais e o neurodesenvolvimento, dados gestacionais, clínicos e sociodemográficos em crianças com exposição presumida ao Zika vírus. Metodologia: Estudo transversal e prospectivo, de caráter exploratório, analítico, baseado em uma amostra aleatória simples, representativa de uma coorte observacional do Estudo internacional de coorte prospectivo observacional do zika em crianças e gestantes (Estudo ZIP), aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa CAEE n. 56673616.3.1001.5269. A população do estudo foi composta por 237 crianças ouvintes, com e sem exposição presumida ao zika vírus. A média de idade foi 15+/-2,1 meses. Avaliações auditivas prévias, com emissões otoacústicas e potencial auditivo evocado de curta latência, confirmaram os critérios de inclusão. 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