Juventudes e escola: os sentidos de transição no ensino médio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/48805 |
Resumo: | Nesta pesquisa intento trazer uma problematização sobre os sentidos de transição no ensino médio para jovens dos meios populares. Trata-se de uma discussão que tem como campo uma escola pública de ensino médio profissionalizante e uma escola pública de ensino médio regular, localizadas na cidade de Fortaleza. A imagem da juventude como um processo de diferentes transições é uma ideia partilhada por autores como Pais (2009) e Marques (2003), ao acentuarem que, na passagem para a chamada idade adulta, continua a predominar a valorização de determinados marcadores como a obtenção do primeiro emprego, o casamento e o nascimento dos filhos, embora tais rituais (Goffman 2011,McLaren, 1991), nas sociedades contemporâneas, não se apresentem sob a lógica do tempo linear. Um dos principais espaços de sociabilidade juvenil, e campo no qual se é legitimado tal rito de passagem é a escola, embora atualmente se reconheça a existência de uma crise das instituições modernas ou uma “desinstitucionalização do social” (Abad, 2003, Dubet, 2007). Esta investigação intenta captar os sentidos atribuídos pelos jovens às transições experimentadas no ensino médio visando compreender a relação existente entre esse nível de ensino e seus projetos de futuro. Através de observações, análises de perfis, grupos focais, entrevistas individuais, e do registro de duas trajetórias de escolarização, procuro analisar aspectos relativos à suas configurações familiares, lugar social, percepções sobre a escola, o ENEM, a fruição do tempo e o estágio ao final do ensino médio profissionalizante. Cotejando os achados de campo com teorias sócias antropológicas, lanço mão de conceitos como “capital cultural” (Bourdieu, 2015, Lahire, 1995), “transições para a vida adulta” (Pais, 2003, Guerreiro e Abrantes, 2005), “campo de possibilidades” e “projeto” (Velho, 1994), além de considerações significativas de autoras como Spósito (2005), Abramo (1994) e Diógenes (1998). |
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