Cartografia dos espaços sentíveis: habitar a escuridão como processo inventivo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/67544 |
Resumo: | Esta escrita se faz no escuro, habitando-o e afirmando-o como processo inventivo. Encarando assim algumas problemáticas: Como olhar e criar no meio de tanta luz, de tantos excessos? Diante do esvaziamento de sentidos pelo excesso de significados, como construir então buracos negros? Como produzir um corpo não hierárquico, que atue por um sistema das sensações e da invenção, diferente de um sistema em que os órgãos assumem posições bem controladas, hierárquicas e utilitárias? Fechar os olhos não seria então um ato revolucionário? Um processo então realizado a partir de um laboratório movente e caminhante se faz força para enfrentar esses problemas. Neste processo, o principal desejo é o de investigar o ato criativo, dentro do campo da imagem, a partir da escuridão, tensionando assim as dicotomias ocidentais instituídas e buscando assim, zonas de fuga das grandes luzes da sociedade visuocêntrica apontada por Crary (2012, 2016) e Bavcar (2003, 2005), pelo corte no que se vê, pelo escuro, pela micropolítica. A cartografia, abordagem presente em Deleuze e Guattari (2011, 2012); Rolnik (2016); Costa (2020); Passos, Kastrup, Escóssia (2015) e Bauchwits (2020), surge aqui como força para essa investigação. Práticas individuais e coletivas entre os anos de 2014 até agora são trazidas e analisadas de forma a produzir cisões aos modos apenas visuais de concepção da imagem. Práticas vagalumes que, habitando a escuridão, aparecem e desaparecem, criando rasgos no tempo ao embaralhar o passado e o presente em experimentos desse laboratório; na imagem ao possibilitar sua abertura para a própria vida e nos sentidos ao construir um corpo que vê também pelo tato, que toca também pela escuta, que sente cheiros também pela visão, onde os sentidos estão em constante devir, por isso da ordem do sentível. |
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Cartografia dos espaços sentíveis: habitar a escuridão como processo inventivoCartography of sentient spaces: inhabiting the darkness as an inventive processImagemCegueiraCartografiaSentidosSentívelEsta escrita se faz no escuro, habitando-o e afirmando-o como processo inventivo. Encarando assim algumas problemáticas: Como olhar e criar no meio de tanta luz, de tantos excessos? Diante do esvaziamento de sentidos pelo excesso de significados, como construir então buracos negros? Como produzir um corpo não hierárquico, que atue por um sistema das sensações e da invenção, diferente de um sistema em que os órgãos assumem posições bem controladas, hierárquicas e utilitárias? Fechar os olhos não seria então um ato revolucionário? Um processo então realizado a partir de um laboratório movente e caminhante se faz força para enfrentar esses problemas. Neste processo, o principal desejo é o de investigar o ato criativo, dentro do campo da imagem, a partir da escuridão, tensionando assim as dicotomias ocidentais instituídas e buscando assim, zonas de fuga das grandes luzes da sociedade visuocêntrica apontada por Crary (2012, 2016) e Bavcar (2003, 2005), pelo corte no que se vê, pelo escuro, pela micropolítica. A cartografia, abordagem presente em Deleuze e Guattari (2011, 2012); Rolnik (2016); Costa (2020); Passos, Kastrup, Escóssia (2015) e Bauchwits (2020), surge aqui como força para essa investigação. Práticas individuais e coletivas entre os anos de 2014 até agora são trazidas e analisadas de forma a produzir cisões aos modos apenas visuais de concepção da imagem. Práticas vagalumes que, habitando a escuridão, aparecem e desaparecem, criando rasgos no tempo ao embaralhar o passado e o presente em experimentos desse laboratório; na imagem ao possibilitar sua abertura para a própria vida e nos sentidos ao construir um corpo que vê também pelo tato, que toca também pela escuta, que sente cheiros também pela visão, onde os sentidos estão em constante devir, por isso da ordem do sentível.Esta escritura se hace en la oscuridad, habitándola y afirmandola como proceso inventivo. Encarando así algunas cuestiones: ¿Cómo mirar y crear entre tanta luz, tantos excesos? Ante el vacio de sentidos por exceso de significados, como se contruye entonces agujeros negros? Cómo producir un cuerpo lejos de su jerarquía, que actúe a través de un sistema de sensaciones y invencion, diferente de un sistema en que Los órganos asumen posiciones bien controladas, jerárquicas y utilitarias? ¿No sería entonces un acto revolucionario cerrar los ojos? Un proceso que se lleva a cabo a través de un laboratorio en movimiento y andante es una fuerza para enfrentar estos problemas. En este proceso, el principal deseo es investigar el acto creativo, dentro del campo de la imagen, desde la oscuridad, tensionando así las dicotomías occidentales estabelecidas y buscando así, zonas de escape de las grandes luces de la sociedad visucéntrica señaladas por Crary (2012,2016) y Bavcar (2003, 2005), pelo corte en lo que se ve, por la oscuridad, por la micropolítica. La Cartografia, un enfoque presente en Deleuze y Guattari (2011, 2012); Rolnik (2016); Costa (2020); Passos, Kastrup, Escossia (2015) y Bauchwits (2020), aparece aquí como fuerza para esta investigación. Las prácticas individuales y colectivas entre los años 2014 hasta la actualidad son abordadas y analizadas con el fin de producir rupturas a los únicos modos visuales de concepción de la imagen. Prácticas de luciérnagas que, habitando la oscuridad, aparecen y desaparecen, creando rasgaduras en el tiempo barajando passado y presente en experimentos de este laboratorio; en la imagen al permitir su apertura a la vida misma y en los sentidos construyendo un cuerpo que también ve a través del tacto, que toca a través del oído, que huele también a través de la vista, donde los sentidos están en constante devenir, por lo tanto, del orden de lo “sentível”.Gorczevski, DeisimerFreitas Neto, Adriano Morais de2022-08-05T18:05:49Z2022-08-05T18:05:49Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfFREITAS NETO, Adriano Morais de. Cartografia dos espaços sentíveis: habitar a escuridão como processo inventivo. 2021. 103 f. Dissertação (Mestrado em Artes) - Instituto de Cultura e Arte, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2021http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/67544porreponame:Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)instname:Universidade Federal do Ceará (UFC)instacron:UFCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-08-05T18:05:49Zoai:repositorio.ufc.br:riufc/67544Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufc.br/ri-oai/requestbu@ufc.br || repositorio@ufc.bropendoar:2024-09-11T18:38:40.937843Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) - Universidade Federal do Ceará (UFC)false |
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