Angola pernambucana? Os governos angolanos de João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, e seus interesses na Capitania de Pernambuco, 1658 a 1666

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Leandro Nascimento de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Texto Completo: http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/42974
Resumo: No inicio da ocupação portuguesa na África, a estratégia era usar o máximo de exploração econômica com o mínimo de ocupação territorial, com feitorias e fortalezas localizadas em pontos importantes na costa africana. Portugal manteve seu negocio negreiro, no século XVI e primeira metade do século XVII, negociando com os chefes tribais, através dos Pumbeiros, realizando várias alianças comerciais com tribos africanas. Com a união Ibérica iniciada em 1580, esse tipo de negociação não sofreu muitas mudanças, como explica Eduardo de Oliveira França “A exploração do Império pela burguesia portuguesa se fez, sobretudo, clandestinamente, graças ao tráfico de escravos que por meio dos asientos e das licenças lhe concedia a Coroa espanhola” (FRANÇA, 1997, p. 384). Nessas condições, o trato negreiro era feito de forma indireta, o tráfico de escravos dependia de terceiros para que o sistema continuasse ativo, inclusive dos próprios africanos fornecedores de escravos para os asientistas. Essa situação “confortável” se modificou com as invasões holandesas no Norte brasileiro em 1630, controlando a produção açucareira, e posteriormente a invasão da costa africana iniciada em 1637, controlando o fornecimento de escravos. A perda das colônias foi um dos motivos para a restauração portuguesa de 1640. As colônias portuguesas foram reconquistadas com iniciativas dos próprios colonos, tanto no Brasil quanto em Angola.[...]
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