Estudo sociodemográfico e gineco-obstétrico de mulheres hospitalizadas por abortamento em uma maternidade do Ceará
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará (UFC) |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/37723 |
Resumo: | O abortamento é a interrupção da gravidez até a 20ª ou 22ª semana, com o produto da concepção com peso menor que 500g. Trata-se de um tema muito complexo, pois este ainda é estigma, e possui discussões em que várias questões estão associadas, como ética, política, religião e aspectos jurídicos. Além disso, o abortamento representa um grave problema de saúde pública, com incidência em países em desenvolvimento, sendo umas das principais causas de mortalidade materna no mundo, inclusive no Brasil. A pesquisa tem como objetivo analisar o perfil sociodemográfico e gineco-obstétrico das mulheres em situação de abortamento provocado ou espontâneo atendidas em uma maternidade pública de Fortaleza-CE. Trata-se de um estudo quantitativo, de delineamento transversal. O estudo foi desenvolvido na Maternidade Escola Assis Chateubriand nos meses de maio e junho de 2018, com mulheres hospitalizadas no período da coleta de dados e que tiverem como causa da internação o abortamento. Os critérios de inclusão foram: mulheres com idade igual ou maior de 18 anos e que estavam hemodinamicamente e psicologicamente estáveis para responder as perguntas. Foram excluídas as mulheres no pós-operatório imediato de curetagem uterina, e portadoras de doenças mentais. A coleta de dados ocorreu mediante uma entrevista individual, por meio de um formulário previamente elaborado, contendo informações sociodemográficas e gineco-obstétricas. Os dados foram analisados pelo programa SPSSS versão 22.0. O estudo passou pela apreciação do comitê de ética do Hospital escolhido para a realização do estudo. A idade média encontrada foi de 28,80, a maior concentração de abortamento aconteceu em mulheres com baixa renda e que se autodeclararam pardas. A maioria das mulheres que possuíam o ensino médio completo, e 51% possuíam atividade remunerada. Evidenciou-se que o ínicio da vida sexual se deu na adolescência. Observou-se um percentual elevado de gestações não planejadas e da falta de uso de métodos contraceptivos. Sendo necessária a promoção de medidas educativas de planejamento familiar adequadas a realidade dessas mulheres. |
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