Aspectos epidemiológicos dos acidentes ofídicos ocorridos no estado do Piauí, Nordeste do Brasil, entre os anos de 2003 e 2017
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Data de Publicação: | 2019 |
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Título da fonte: | Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza |
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Resumo: | Resumo: A região Nordeste possui o terceiro maior coeficiente médio de acidentes ofídicos do país, contudo, os perfis epidemiológicos e clínicos dos casos são ainda bastante escassos. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar os aspectos epidemiológicos e o coeficiente de incidência dos acidentes com serpentes ocorridos no Estado do Piauí, no período de 2003 a 2017. As informações sobre as ocorrências dos acidentes ofídicos nos municípios do Piauí e as variáveis epidemiológicas foram coletadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, tendo como base de busca os anos de 2003 a 2017. As informações demográficas para calcular o coeficiente de incidência de cada município foram coletadas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram notificados um total de 3.337 casos de acidentes ofídicos, dos quais 2.334 ocorreram com serpentes peçonhentas. A ocorrência de casos foi maior com o sexo masculino e a faixa etária de maior envolvimento foi de 20 a 39 anos. A maioria dos casos apresentou sintomatologia leve evoluindo para a cura completa, com o período de atendimento após o acidente de até três horas. As serpentes que mais causaram acidentes foram as do gênero Bothrops. Dos municípios piauienses, os que apresentaram maiores coeficientes médios de incidência foram Lagoa do Barro do Piauí, Dom Inocêncio e Capitão Gervásio Oliveira, todos localizados na região sudeste do estado. O levantamento desses dados mostra a escassez de estudos sobre esses acidentes no estado do Piauí e a importância do preenchimento correto das fichas de notificação para o desenvolvimento de ações efetivas por parte das autoridades competentes.Palavras chave: Acidentes ofídicos, SINAN, Bothrops, IBGE |
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Aspectos epidemiológicos dos acidentes ofídicos ocorridos no estado do Piauí, Nordeste do Brasil, entre os anos de 2003 e 2017Resumo: A região Nordeste possui o terceiro maior coeficiente médio de acidentes ofídicos do país, contudo, os perfis epidemiológicos e clínicos dos casos são ainda bastante escassos. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar os aspectos epidemiológicos e o coeficiente de incidência dos acidentes com serpentes ocorridos no Estado do Piauí, no período de 2003 a 2017. As informações sobre as ocorrências dos acidentes ofídicos nos municípios do Piauí e as variáveis epidemiológicas foram coletadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, tendo como base de busca os anos de 2003 a 2017. As informações demográficas para calcular o coeficiente de incidência de cada município foram coletadas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram notificados um total de 3.337 casos de acidentes ofídicos, dos quais 2.334 ocorreram com serpentes peçonhentas. A ocorrência de casos foi maior com o sexo masculino e a faixa etária de maior envolvimento foi de 20 a 39 anos. A maioria dos casos apresentou sintomatologia leve evoluindo para a cura completa, com o período de atendimento após o acidente de até três horas. As serpentes que mais causaram acidentes foram as do gênero Bothrops. Dos municípios piauienses, os que apresentaram maiores coeficientes médios de incidência foram Lagoa do Barro do Piauí, Dom Inocêncio e Capitão Gervásio Oliveira, todos localizados na região sudeste do estado. O levantamento desses dados mostra a escassez de estudos sobre esses acidentes no estado do Piauí e a importância do preenchimento correto das fichas de notificação para o desenvolvimento de ações efetivas por parte das autoridades competentes.Palavras chave: Acidentes ofídicos, SINAN, Bothrops, IBGEUnidade Acadêmica de Ciências Exatas e da Natureza/CFP/UFCGAraújo, Sâmia Caroline MeloAndrade, Etielle Barroso de2019-10-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://cfp.revistas.ufcg.edu.br/cfp/index.php/RPECEN/article/view/126510.29215/pecen.v3i2.1265Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza; v. 3, n. 2 (2019): Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Natureza2526-823610.29215/pecen.v3i2reponame:Pesquisa e Ensino em Ciências Exatas e da Naturezainstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCGporhttps://cfp.revistas.ufcg.edu.br/cfp/index.php/RPECEN/article/view/1265/504/*ref*/Albuquerque H.N., Costa T.B.G. & Cavalcante M.L.F. 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