Perspectivas póscoloniais em O cortiço.

• Autor(a) principal: ALVES, Ana Paula Macário.
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9002
• topic: Crítica literária; O cortiço análise - literária; Poscolonialismo; Literatura; Literary criticism; The Analysis Tenement - Literary; Postcolonialism; Literature; Letras.

O objetivo deste trabalho é analisar as perspectivas póscoloniais no romance O Cortiço (1890), do escritor Aluísio Azevedo. A validade desta pesquisa se justifica uma vez que ainda não são comuns estudos aprofundados sobre a literatura brasileira à luz das discussões propostas pelo viés crítico-teórico em foco, sobretudo o corpus desta pesquis. Para melhor fundamentar o debate acerta de tais questões, serão utilizadas discussões de Said (2003), Loomba (1998), Bonnici (2000 e 2005), por exemplo, visto que este trabalho traçará um percurso histórico acerca dos termos colonialismo, imperialismo, raça, classe e discurso de forma mais ampla, exemplificando tais aspectos e suas representações em obras do acervo cultural e literário tanto internacional quanto nacional, estabelecendo paralelos significativos para a ilustração de padrões de semelhanças entre vozes da metrópole e da margem, ambas advogando em causa própria dialogando também, algumas vezes, com o campo de estudo das teorias feministas. Este estudo mostrará também obras subversivas sobre o novo espaço, isto é, o Brasil, produzidas no Brasil, por escritores portugueses e brasileiros, destacando estratégias discursivas para a denúncia de horrores impostos pelos invasores ao povo subjugado, no caso, negros e índios. No caso do romance de Azevedo, ele possui um caráter subversivo, no sentido de que criticar a inferiorização de povos colocados à margem e a suposta superioridade da raça branca, o que resultou em inúmeras formas de preconceito, assim como apresenta uma postura contrária aos horrores da escravidão.