Lampião e as representações historiográficas.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FÁTIMA, Maria do Rosário de.
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/10674
Resumo: O Cangaço configura-se, na História do Nordeste Brasileiro, como um movimento relevante deixando marcas na memória, na cultura e no imaginário popular. Esse grupo de meliantes povoaram a história do sertão nordestino com suas façanhas por um longo período de tempo, mas tendo o auge do florescimento e ganhando maior notoriedade na primeira metade do século XX. Cada representação elaborada sobre os cangaceiros vem carregada com estigmas dos interesses dos vários grupos e setores sociais. Um importante espaço de construção e de representações sobre Lampião foi a historiografia. Tendo a historiografia como suporte teórico, voltamos nossa atenção para a construção da personagem Lampião através das várias faces que lhe são atribuídas pelo discurso histórico, de Hobsbawm, Chandler e Facó. Dessa forma, pretendendo compreender como esses discursos contribuíram para a construção de sua personagem. Hobsbawm busca compreender Lampião através das condições econômicas da sociedade em que ele viveu, e o apresenta como vitima do sistema de exploração, o aponta como um Homem que não aceitava submeter-se às ordens dos coronéis, e que, consequentemente, acabou entrando para o cangaço. Já Facó faz uma análise das condições em que viviam a massa despossuída de terra, e que era explorada pelos latifundiários; assim atribui a entrada de Lampião para o cangaço às condições de desigualdades sociais. Chandler preferia acreditar que Lampião era vítima de uma sociedade desigual, numa terra onde a justiça não funcionava de forma igualitária para todos, acreditando ser Lampião, um oportunista que se aproveitara da situação em que vivia e buscava se beneficiar com isso.
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