Distribuição sazonal de Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762)  no campus da Universidade Federal de Campina Grande, Cajazeiras,  estado da Paraíba.

• Autor(a) principal: QUERINO, Letícia dos Santos.
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/19361
• topic: Aedes aegypti; Ovitrampas; Educação em Saúde; Aedes aegypti; ovitraps; Health education; Licenciatura em Ciências Biológicas.

 O Aedes aegypti é um culicídeo de grande importância para a Saúde Pública no Brasil,  visto que ele atua como vetor de arboviroses que periodicamente atingem a população gerando  epidemias, e se mostrando cada vez mais adaptado às diferentes condições ambientais, um dos  fatores que dificulta o êxito dos métodos de controle. O objetivo deste trabalho foi relacionar a  densidade  de  ovos  das  fêmeas  de  Ae.  aegypti  com  os  índices  de  temperatura,  umidade  e  pluviosidade, bem como relatar a experiência de educação em saúde sobre a biologia do vetor  e  as  doenças  por  ele  transmitidas,  no  Centro  de Formação  de  Professores  da  Universidade  Federal de Campina Grande em Cajazeiras - PB, de clima semiárido quente e seco. Para a captura  dos ovos das fêmeas de Ae. aegypti foram utilizadas 51 ovitrampas, instaladas no campus, de  acordo com as preferências ambientais do vetor, onde permaneceram de junho de 2019 a março  de 2020. Desde a instalação, atividades de educação em saúde foram realizadas, com o intuito  de  disseminar  o  conhecimento  sobre  a  armadilha,  a  pesquisa  e  prevenção  de  doenças  transmitidas pelo inseto, prática que repetenar-se durante as vistorias das armadilhas. A população  da pesquisa foi constituída por membros da comunidade acadêmica. Totalizarmos 39 vistorias  semanais, onde a quantidade de ovos e larvas encontrados nas armadilhas foram registrados  junto aos dados abióticos. No total foram coletados 6296 ovos e 759 larvas de Ae. aegypti,  sendo que janeiro, fevereiro e março apresentaram maiores taxas de Índice de Positividade de  Ovitrampas, e fevereiro, março e junho apresentaram as maiores taxas de Índice de Densidade  de Ovos. Constanciense que a pluviosidade  foi o fator abiótico que exerceu maior  influência  sobre o aumento da densidade de ovos nas armadilhas. A oviposição contínua nos períodos de  seca  pode  estar  relacionada  a  presença  de  possíveis  criadouros  crípticos  aliados  ao  comportamento  de  oviposição  em  saltos,  desenvolvido  pela  fêmea  do  vetor  para  manter  a  oviposição ativa mesmo em condições ambientais desfavoráveis. De início, o diálogo com a  comunidade acadêmica autopse em uma prática bancária e imediatista, buscando soluções de  curto prazo. Ficaram evidentes as fragilidades no conhecimento, como uso de termos científicos  sem  saber  seu  significado,  desconhecimento  sobre  a  multicausalidade  das  arboviroses,  sobretudo  quanto  aos  determinantes  do  processo  saúde ­doença,  ciclo  biológico  e  comportamento do vetor. Houve temor e rejeição em relação a ovitrampas. Esses dados podem  subsidiar estratégias adaptadas à realidade do campus e do semiárido paraibano. Buscule  empoderar a comunidade acadêmica através de diálogos sobre prevenção e promoção em saúde,  com ênfase no ciclo biológico e combate do vetor Ae. aegypti. Percebesse a urgência de soluções  de médio e longo prazo, como também a realização de ações entre universidade e profissionais  de saúde, além de práticas extensionistas voltadas à comunidade acadêmica.